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Notícias de Bonito MS

A Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico de Mato Grosso do Sul e representantes do trade turístico do Estado estiveram reunidos ontem, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, para troca de informações do ZEE-MS.

Segundo o superintendente das Cidades e coordenador Estadual do ZEE-MS, Sérgio Yonamine, a reunião com representantes do turismo é de suma importância por ser um setor voltado para as potencialidades ecológico-econômicas do Estado. "A reunião será uma troca de informações para saber o que existe de fato, e o que está sendo realizado sobre o Zoneamento", disse coordenador.

As reuniões setoriais têm por objetivo trocar e coletar informações que possam subsidiar a formulação do ZEE-MS, nesta primeira etapa, e de identificar, junto aos respectivos setores, representantes da sociedade civil e do governo para o acompanhamento contínuo dos trabalhos formulados sobre o ZEE.

O trabalho do ZEE-MS visa organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.

Segundo a Comissão Coordenadora do ZEE-MS, esta primeira aproximação será baseada em dados secundários e na sistematização dos diversos estudos já realizados no Estado de Mato Grosso do Sul.

A presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Brun, também participa do evento, com empresários e representantes das operadoras de turismo do Estado.

Ministério da Integração

De acordo com Yonamine, no próximo dia 14, às 14 horas, no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), no Parque dos Poderes, haverá uma reunião com representantes do governo do Estado e do Ministério da Integração Nacional para tratar de assuntos sobre o Projeto Observatório da Sustentabilidade do Pantanal; Plano Estratégico de Desenvolvimento do Centro-Oeste e a idéia do observatório; apresentação do estudo sobre o Observatório da Sustentabilidade do Pantanal, dentre outros assuntos.

Há 2 meses a superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul deu inicio a Operação Rastro Negro Pantanal, que conseguiu desarticular um grupo que comercializava carvão vegetal, resultado de desmatamento irregular.

O grupo agia em Aquidauana, fraudava o sistema de gestão do DOF (Documento de Origem Florestal) e assim conseguia abastecer siderúrgicas do Estado. A ação gerou 13 multas e R$ 4,7 milhões em punição contra fornecedores e os compradores.

O esquema foi descoberto após processo iniciado em 2006, com a criação do DOF. Desde então os fiscais do Ibama deixaram de priorizar fiscalizações em loco e passaram a intensificar o trabalho de inteligência, com base em dados do sistema sobre movimentação de cargas, compra e venda de carvão.

Auditorias, feitas nas próprias siderúrgicas, também são parte do trabalho que a partir de agora entra na fase de repressão. Para a próxima semana, são esperadas autuações de outras dez carvoarias que atuam de forma irregular no Estado. Além de multas, todos serão proibidos de continua na atividade.

O Ibama checou todas as licenças de carvoarias, relacionou os principais consumidores, monitora o mercado há dois anos e agora conseguiu traçar o real universo desses crimes ambientais.

A operação em Mato Grosso do Sul envolve quatro divisões do Ibama, durante as investigações foi constatado que grandes siderúrgicas continuam comprando carvão irregular e também foram descobertas a existência de carvoarias em nome de laranjas e oficialmente funcionando em endereços fantasmas.

Quase metade do carvão que transita no Brasil, sai de MS, cerca de 44% da produção nacional. Esse total é o que passa pelo sistema DOF, mas os interessados em faturamento extra, as custas de desmatamentos não permitidos, usam artifícios na rotina da atividade.

Uma das estratégias, a mais conhecida segundo o Ibama, é informar no Documento uma quantidade de carvão e na verdade transportar mais. Um transporte formiguinha que, conforme estimativa, chega a 600 metros cúbicos de carvão ilegal ao dia, e representa 30 campos de futebol de mata nativa devastados sem qualquer controle no Estado.

Outros dado que assusta é o número de carvoarias clandestinas em funcionamento. Todas as semanas a Polícia Militar Ambiental divulga fechamentos e apreensões. Não há como quantificar, mas a experiência faz o Ibama acreditar que o mesmo número de empresas registradas, cerca de 500, também funciona na clandestinidade.

As auditorias, confronto de dados e levantamentos no sistema DOF, foram a saída para regular o mercado diante da falta de fiscais no órgão, mas a segunda estratégia para tentar reverter o problema é a busca de parceria com as cinco maiores siderúrgicas em Mato Grosso do Sul, que só funcionam movidas a carvão vegetal nativo.

Metade do carvão produzido aqui vai para Minas Gerais, mas a ajuda do mercado interno é considerada fundamental para regular. Além de também multar quem compra, o Ibama apela para a conscientização dos empresários.

Devastação - As principais regiões afetadas ambientalmente com o comércio ilegal, segundo apontam as investigações do Ibama, é o Pantanal, a Serra da Bodoquena e a Bacia do Alto Taquari.

Mato Grosso do Sul produziu no ano passado cerca de 4,4 milhões de metros cúbicos de carvão. O impacto dessa atividade de extração de lenha e posterior produção de carvão é de uma área de mais de duzentos mil hectares anuais.

As ações de combate prosseguem com auditorias ambientais e fiscalizações em propriedades rurais, carvoarias, escritórios de compra e venda de carvão e indústrias siderúrgicas, e a participação da Policia Federal.

O governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Turismo (Fundtur), vai divulgar o Estado em "Road Shows" de turismo na Alemanha, Itália, Espanha e Portugal pela primeira vez com o uso de recursos próprios. A iniciativa foi apresentada em uma coletiva para a imprensa ontem (8) na governadoria pela secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, e pela diretora-presidente da Fundtur, Nilde Brun.

"Participamos outras vezes com a parceria da Embratur e do Ministério do Turismo; dessa vez, estamos levando apenas Mato Grosso do Sul com sua música, cultura, gastronomia e produtos turísticos. O principal objetivo é vender o Estado e aumentar o fluxo de turistas internacionais", disse Nilde.

"Essa ação de caminhar solo faz parte da política do governo de fortalecimento do turismo e é também política do governador André quando ele fala em ousar. E é uma ousadia salutar. Mato Grosso do Sul é a bola da vez; temos que deixar de ser humildes demais, sem ser prepotentes e arrogantes, e mostrar o que o Estado tem: uma posição geográfica boa, potencial natural, uma fauna maravilhosa e outros atrativos", afirmou a secretária Tereza Cristina.

Para promover essa iniciativa, foram firmadas parcerias com o Gopan (Grupo de Operadoras de Turismo de Mato Grosso do Sul), Apan (Associação de Pousadas Pantaneiras), Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Senac e Sebrae. O Gopan vai fazer a comercialização, a rodada de negócios; a Apan vai mostrar o pantanal e as pousadas pantaneiras; o Senac vai levar uma chef de cozinha que vai apresentar a gastronomia regional e o Sebrae vai fazer a análise das rodadas de negócios, avaliando os resultados.

A viagem

A comitiva segue primeiro para a Alemanha amanhã (9) e conta com 15 pessoas, entre elas 10 empresários, 3 técnicos da fundação e ainda o compositor e instrumentista Gabriel Sater. "Quero apresentar a polka paraguaia, a guarânia, um repertório que mostra a cultura sul-mato-grossense; também não deve faltar o Trem do Pantanal", disse.

Segundo Nilde Brun, a primeira ação é localizar o Estado e mostrar como chegar aqui. "É uma grande preocupação localizar Mato Grosso do Sul, já que o País tem dimensões continentais", afirma. Em seguida, serão mostradas as regiões turísticas, suas estruturas e os segmentos trabalhados. Um vídeo vai ser apresentado e haverá ainda uma fala do empresariado. "Mais do que promover o Estado, precisamos ensinar as operadoras de lá a vender Mato Grosso do Sul; quem está no balcão precisa saber vender e esta é uma das dificuldades das operadoras lá fora", explica a diretora-presidente da Fundação de Turismo.

A estimativa é que estejam presentes 100 operadoras de turismo em cada um dos Países. A viagem começa por Munique (Alemanha), no dia 13 de maio; dia 15 o evento acontece em Milão (Itália); dia 17 será a vez de Barcelona (Espanha) e, por último - no dia 19 - Lisboa (Portugal).

Os jovens são o novo público-alvo dos programas de incentivo ao turismo no Brasil. Na quarta-feira (7) pela manhã, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, lançou o programa Viaja Mais Jovens. A iniciativa faz parte do programa Viaja Mais, que desde o ano passado se dedicava à terceira idade.

Segundo a ministra, o foco principal estará nas viagens de estudo, o turismo pedagógico. O projeto piloto começará com 600 estudantes de escolas públicas do Acre que visitarão o Vale do Acre. A ação terá início com alunos da 6ª série do ensino fundamental. "É um projeto do turismo, mas muito relacionado à educação, porque ele transforma aquela viagem em conhecimento", defendeu Marta.

O ministério, em parceria com o governo do Acre, investiu R$ 400 mil no projeto. Em um primeiro momento, metade das vagas serão destinadas a alunos das escolas da capital e o restante para estudantes de municípios com baixo desempenho nos Indicadores de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As viagens serão integralmente custeadas pelo ministério em parceria com o estado.

Segundo Marta, o Distrito Federal também manifestou interesse em aderir ao programa. "O projeto vai beneficiar o Brasil todo, mas principalmente o estudante que não teve a oportunidade de viajar. Você viajar, primeiro no seu estado, é você se apropriar da sua cultura", afirmou.

De acordo com Marta, o ministério está à disposição de outros estados que queiram integrar o Viaja Mais Jovem. "Na hora em que você leva o estudante que não tem acesso a alguma coisa que faz parte da cultura, você está investindo no conhecimento, na oportunidade dele em olhar o mundo, mas não por aquela janelinha pequena que ele vê da casa dele", disse a ministra.

Técnicos do projeto GEF Rio Formoso estiveram em Bonito, nos dias 6 e 7 deste mês, para apresentarem as propostas de atividades a serem realizadas com os produtores rurais das áreas selecionadas para intervenção.

A exposição teve como objetivo principal iniciar um canal de comunicação com os produtores para discutir as possibilidades de parceria. "Iremos atuar levando em consideração, principalmente, as realidades e demandas dos proprietários. Temos como princípio a participação direta e efetiva daqueles que se beneficiarão diretamente com o projeto", disse o coordenador adjunto do projeto, Rodiney Mauro, da Embrapa Gado de Corte.

São duas regiões definidas para intervenção que se localizam na bacia hidrográfica do rio Mimoso. Elas formam micro bacias hidrográficas que abastecem o rio Formoso e foram escolhidas por serem consideradas críticas em relação a conservação de solo e água. Foram realizados estudos sobre estado de conservação do solo, água, e vegetação entre outros e a partir dos resultados estas áreas foram escolhidas.

Em cada área, a equipe fez o planejamento ideal para propor aos produtores. Neste planejamento foram levadas em consideração as características não apenas geoclimáticas (relevo, solo, clima, e disponibilidade de recursos hídricos), mas também as características socioeconômicas e tipos de culturas já utilizadas pelos proprietários.

Em uma destas áreas, denominada como M1, as proprietárias, Marly e Suely Monteiro, afirmaram estar muito contentes em participar do projeto pela possibilidade de melhorar não apenas a produção como também a conservação dos recursos naturais. "Temos consciência de que para nós, solo, água, assim como plantas e animais são indispensáveis para o bom funcionamento da nossa atividade, a pecuária", disse Marly.

Outras atividades agrícolas serão contempladas pelas ações, como as praticadas no outro limite estipulado pelos estudos. Nele, nomeado de M7, encontram-se, por exemplo, bovinocultura (corte e leite), agricultura, suinocultura, ovinocultura.

Para o produtor de leite Miguel Borges de Lima a participação no projeto será de grande ajuda. "Como trabalho com leite, preciso de um tipo de pasto que me ajude a melhorar a produção. Além disso também quero melhorar as condições das minhas terras", disse.

Entre as atividades propostas aos produtores estão a silvicultura para aqueles que trabalham com bovinocultura, a implantação de SAFs (Sistemas Agroflorestais) e plantio de mudas de espécies nativas - ambos para a recomposição de matas ciliares, conservação de solo e estradas, além de outras.

GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).

Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.

A Federação Nacional do Fisco Estadual (Fenafisco), em reunião com as entidades que a compõem no município de Bonito, em Mato Grosso do Sul, no período de 29 de abril a 1° de maio deste ano, redigiu ofício denominado Carta de Bonito, alertando a sociedade quanto a Proposta de Reforma Tributária do governo federal (PEC 233/2008).

A proposta do governo federal visa alterações no sistema tributário nacional, vindo a prejudicar, de forma drástica, as receitas de estados e municípios da federação. Confira o ofício na íntegra:

CARTA DE BONITO

As Entidades do Fisco Estadual e Distrital, que compõem a FENAFISCO, reunidas em Bonito-MS, nos dias 29 de abril a 1° de maio de 2008, preocupadas com as repercussões da PEC 233/2008, que trata da Proposta de Reforma Tributária do Governo Federal, em tramitação no Congresso Nacional, vêm esclarecer ao público em geral e às autoridades, em particular, seus reais efeitos, tais como:

a) O fortalecimento do poder central em detrimento do enfraquecimento dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, traduzido pelo aumento da dependência financeira e da subordinação política dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios à União;

b) Interferência direta no pacto federativo, ínsito no Art. 60, § 4°, inciso I, da Constituição Federal;

c) Redução drástica das receitas na maioria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

d) Exclusão da competência dos Estados e do DF como instituições autorizadas pela Constituição Federal para legislar sobre os impostos que lhe estão afetos.

Por essas razões foi DELIBERADO por todos os presentes, um ALERTA aos governantes e a sociedade em geral, quanto aos malefícios que traz esta Proposta de Reforma Tributária do Governo Federal, CLAMANDO pelo apoio dos Governos Estaduais, Distrital e Municipais e das respectivas Assembléias e Câmaras Legislativas, para somarem-se à luta desta FEDERAÇÃO pela não aprovação do projeto do Governo Federal da forma como foi apresentado.


Bonito-MS, 1 de maio de 2008.

A entrada de uma nova empresa aérea no mercado de Mato Grosso do Sul, a Webjet Linhas Aéreas, a partir do dia de 17 deste mês, traz novas oportunidades para o setor turístico do Estado. O início da operação e a rota aérea foram anunciadas, hoje (7) de manhã, pelo diretor-presidente da empresa, Paulo Enrique Coco, ao governador André Puccinelli. "Somos o epicentro do Mercosul e a rota aérea é importantíssima para o desenvolvimento do Estado", afirma o governador.

Acompanhado da diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Brun; do gerente geral de vendas da Webjet, Paulo Patrício; e da diretora da CVC no Estado, Celina Pazin, Paulo Enrique explicou ao governador que a Webjet foi criada há três anos no Rio de Janeiro e, no ano passado, o controle acionário foi adquirido pela CVC. "O vôo diário será Rio de Janeiro/Curitiba/Campo Grande/Cuiabá/Brasília/Recife. Essa ligação vai proporcionar a venda no Sul e no Sudeste do destino de Mato Grosso do Sul; principalmente Bonito, que é um atrativo muito forte nessa região", conta.

Além disso, conforme o diretor-presidente da Webjet, a rota área também irá ligar o Estado até a região Nordeste, indo até Recife, onde tem uma conexão imediata para Maceió. "A partir de 1º de julho estaremos inaugurando um vôo diário de Brasília para Natal e Fortaleza, que também dará conexão com o vôo que sairá de Campo Grande. Uma ligação de Mato Grosso do Sul com quatro capitais importantes do Nordeste", conclui.

Para a diretora-presidente da Fundtur, Nilde Brun, o roteiro da empresa é muito importante, já que abre uma oportunidade para Mato Grosso do Sul, fazendo a ligação com o Rio de Janeiro, saindo da rota principal hoje que é São Paulo, o grande centro de aeronaves. "A Webjet é ligada à CVC, que é hoje a maior operadora do Brasil, que trabalha todos os destinos da América do Sul e da Europa e, desta forma, abrimos outra possibilidade de trazer pessoas para o Estado, através de Webjet em parceria com a CVC, junto com o governo", avalia.

Durante o encontro com o governador, Paulo Enrique fez um breve histórico da empresa que, em três anos, já adquiriu a sexta aeronave e, até o final do ano, o número chegará a 10. O vôo, que sairá da Capital, será feito num Boing 737 300, com capacidade para 136 passageiros. Hoje à noite acontece o lançamento oficial da empresa para o trade turístico de Mato Grosso do Sul.