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Notícias de Bonito MS

O Carnaval de Bonito "bombou" desde a primeira noite. A avaliação em estilo é do secretário de Turismo do município, Augusto Mariano. Ele disse que previa entre 6 a 7 mil pessoas na primeira noite, mas foi surpreendido por um público que calculou em 12 mil pessoas.

"Eu estava preocupado. Deu 7 horas da noite e não tinha ninguém. Aí o DJ ligou o som, começou a chamar e as pessoas começaram a aparecer. Às 11 horas a banda tocou e a avenida já estava lotada", comemora.

O sol radiante e a elevada temperatura cooperam para atrair gente aos balneários mais cobiçados do país e a expectativa é de que hoje, mais de 15 mil pessoas brinquem na avenida de Bonito animadas pela Banda Marca Registrada, do Paraná.

As pessoas gostaram da inovação da aparelhagem de som, disse Mariano. Foram espalhadas 16 caixas acústicas com 500 watts de potência por três quadras da principal avenida da cidade, que fecha a partir das 16 horas para virar palco da festa e só reabre após o carro-pipa varrer o asfalto e as calçadas com água e desinfetante, no outro dia cedo.

Hoje pela manhã o fluxo de carros em direção a Bonito era intenso, disse o secretário. Alguns hotéis ainda têm vagas e os balneários já estão lotados desde cedo.

Apostando na sustentabilidade da atividade turística, a Embratur vai distribuir sacolas ecológicas estampadas com destinos nacionais a visitantes da Mercedes-Benz Fashion Week, um dos principais eventos internacionais de moda, que tem início amanhã, dia 1º, e segue até sexta, dia 8, em Nova York (Estados Unidos).

Bonito (MS) e Pantanal (MT), Lençóis Maranhenses (MA) e Fernando de Noronha (PE) são os destinos estampados pela eco-bag, produzida em tecido ecovogt. Feito a partir de fibra de malva da Amazônia, e também também chamada por fibra liberiana, o material leva apenas dois anos para se degradar na natureza, enquanto que o algodão pode levar dez anos e o poliéster, cerca de cem.

O objetivo da campanha é relacionar turismo e moda para divulgar destinos brasileiros entre formadores de opinião presentes a desfiles de estilistas da Abest e em showrooms e feiras internacionais de moda - potencializando o conceito de estilo de vida e originalidade do Brasil.

O músico Daniel Freitas será uma das atrações no carnaval 2008 de Bonito. Os turistas poderão curtir o melhor da Música Popular Brasileira com apresentações nos dias 2, 3, 4 e 5 de fevereiro no "Bar Redondo". Daniel Freitas vai abrir toda as noites do "Carnaval Redondo".
Também estarão apresentando-se: Paulo Moraes, o melhor do techno e house com Mr. Gil (Bugeyed Records - Lov.e/SP), Ferrari (Patterns Records/Campo Grande) e Miguel Aimec, além do fino do samba com o Grupo Só Pagode.

O primeiro lote de convites já está disponível pelo valor de R$ 40, nas cidades de Dourados e Campo Grande, com o acesso às quatro noites de festa custando R$ 40. Em Dourados, os convites podem ser encontrados na Banca do Jaime, mas serão poucas uni-dades neste valor. Mais in-formações pelo telefone 8407-1898.

MÚSICA

Daniel Freitas é hoje um dos cantores e compositores mais prestigiados de Mato Grosso do Sul e ainda celebra o sucesso do primeiro CD acústico ao vivo, gravado em Dourados com composições próprias, sucessos regionais e nacionais. As composições de Daniel e de bandas que fazem sucesso no Estado ganharam ênfase no CD que o projetou ainda mais.

Começou a tocar profissionalmente em 1992, trabalhando em bares noturnos da cidade. Na época, Daniel Freitas passou a rabiscar os primeiros fraseados de composições próprias. Sua primeira experiência com banda foi em 1990, com a "Ora Pro Nobis", que além de tocar rock nacional, desfilava clássicos musicais de bandas de heavy metal.

Durante muito tempo, Daniel integrou o "Olho de Gato", considerado um dos melhores grupos de rock do Estado e foi fundamental para consagrar canções "Minha Linda", "Teu Beijo" e "Cada Vez no Amanhecer". O prestígio do cantor e compositor ficou patente no projeto "Boteco MPB", que reuniu nomes como Sandro Moreno, percussionista da banda de Zé Ramalho, Alex Mesquita, baixista do grupo Fat Family e Cristian Holz, ex-guitarrista da Olho de Gato, além dos douradenses do Cueio Limão, Alessandro (banda Hay Nigro) e Carlão da Gaita.

Importante destino turístico do Brasil, o município de Bonito, a 245 quilômetros de Campo Grande, se preparou para receber 15 mil pessoas nesta temporada de Carnaval, mas teme ver este número reduzido. Bloqueios desencadeados por movimentos sociais nas estradas de acesso à cidade tem sido motivo de preocupação para empresários do setor hoteleiro e para a prefeitura.

As manifestações começaram na sexta-feira, dia 25. O motivo é a possível troca de comando do Incra-MS (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Mato Grosso do Sul. Os manifestantes rejeitam a saída de Luiz Carlos Bonelli.

O secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Bonito, Augusto Barbosa Mariano, informou ao Midiamax que tem sido procurado por empresários do setor hoteleiro do município que temem impactos na ocupação dos hotéis.

Até agora não há informações de cancelamentos de viagens ou mesmo de reservas nos hotéis. Mas, o secretário de Bonito relata que o setor vive momento de apreensão. "Estas manifestações tiveram início justamente na época da alta temporada, a melhor para rede hoteleira", lamenta.

"O problema é que as notícias dos bloqueios já alcançaram a mídia nacional. Isso pode fazer o turista repensar sua viagem. Tudo por que ele não sabe quanto tempo pode acabar ficando parado nas estradas devido aos bloqueios dos sem-terra", completa o secretário.

Nesta semana houve bloqueios de manifestantes em pelo menos três pontos que dão acesso a Bonito. Os manifestantes fecharam a rodovia que liga Bonito a Guia Lopes da Laguna. Antes disso, já haviam bloqueado a BR-178 que liga o município a Bodoquena. Outro possível caminho para se chegar a Bonito, a estrada que liga Jardim a Porto Murtinho também foi fechada pelos protestos.

A rede hoteleira de Bonito conta com 4,5 mil leitos distribuídos em 80 meios de hospedagem. Hoje, conforme o secretário de Turismo, a taxa de ocupação atingiu 80%.

Hotelaria

A vice-presidente da ABIH/MS (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) de Mato Grosso do Sul, Cristina Busse, disse que o setor está muito descontente com os protestos. "É um problema muito sério que mostra a ineficiência do poder público. Esta questão já deveria ter sido resolvida", critica.

Cristina Busse avalia que o empresariado acaba pagando a conta duas vezes. "Além de sermos impedidos de trabalhar direito, ainda continuamos pagando uma fábula de impostos. Quem banca àquelas pessoas de braços cruzados somos nós", afirma.

A dirigente lembra que não é a primeira vez que a negligência do poder público atinge o setor hoteleiro. "Recentemente foi a crise aérea. Agora temos um problema político fechando as estradas", destaca.

Ela informa que a diretoria da entidade deverá discutir a possibilidade de mobilização da classe para cobrar das autoridades uma solução para o problema.

Neste dia 2 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Áreas Úmidas, instituído em 1971 durante a Convenção de Ramsar, na cidade de Ramsar (Irã), realizada com o objetivo de promover ações nacionais e internacionais para a conservação e o uso sustentável das áreas úmidas e de seus recursos naturais.

O Pantanal é considerado a maior área alagável do planeta, com 138 mil km², espalhados pelos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e ocupando ainda parte dos territórios da Bolívia e do Paraguai.

Para marcar a data, cientistas da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, avaliam os maiores desafios para o sistema.

A pesquisadora Emiko Resende, da área de recursos pesqueiros, diz que o grande desafio é a compreensão da área úmida. "As pessoas acham que brejos, alagados, mangues e pântanos são áreas insalubres que devem ser drenadas e destruídas. Acham que não tem função nenhuma", afirmou.

Mas ela explica que essas áreas são reservatórios de água para a época de seca, além de contarem com grande riqueza e diversidade biológica.

"A Embrapa Pantanal é uma das empresas líderes na compreensão desses ambientes e de sua importância econômica e ambiental. As áreas úmidas têm um modo muito particular de funcionamento, que, à primeira vista, não é fácil de entender", disse a pesquisadora.

Segundo ela, a Embrapa Pantanal, com sua equipe multidisciplinar de pesquisadores, vem contribuindo para o amplo entendimento dos mecanismos de funcionamento desses ambientes para promover seu uso sustentável.

"Por exemplo, a riqueza e abundância de peixes são reguladas pelo pulso de inundação, que é o encher e o secar do Pantanal a cada ano. Cheias grandes proporcionam altas produções de peixes e cheias pequenas, baixas. E a riqueza e abundância de uma infinidade de animais dependem desses peixes, como as aves aquáticas (tuiuiús, cabeças secas, garças, biguás, colhereiros...), as lontrinhas e as ariranhas, que os usam como alimento, e até a onça pintada, que come jacarés, que comem peixes."

PRESSÃO

A pesquisadora Márcia Divina de Oliveira, da área de limnologia da Embrapa Pantanal, lamenta a pressão sofrida pelas áreas úmidas. "O Pantanal é uma das maiores áreas úmidas, tem muitos títulos [Reserva da Biosfera, Patrimônio da Humanidade], mas em termos de conservação está muito ruim. Sofre pressão e impactos principalmente de áreas que circundam a planície, embora dentro da planície o desmatamento também tenha aumentado", diz Márcia.

Para ela, o Pantanal precisa de medidas mais efetivas para sua conservação. "O desmatamento provoca assoreamento dos rios. Basta ver o exemplo do rio Taquari. Não se deve eliminar as matas ciliares. O uso de fertilizantes e agrotóxicos só tem aumentado. É preciso ter ações mais práticas, que dependem de políticas públicas e também de fiscalização", afirmou a pesquisadora.

Segundo Márcia, apesar de todos os efeitos da falta de conservação, o Pantanal ainda tem áreas naturais dentro das planícies muito importantes para a limnologia [ciência que estuda as águas interiores]. "É uma das poucas áreas do mundo que oferece ambientes naturais para a pesquisa. É como se fosse um laboratório para estudos."

Apesar dos 23 anos de pesquisas em limnologia, o entendimento do sistema ainda está no início. "Ainda há lacunas, o ambiente úmido foi pouco estudado. Não tem muita gente estudando, não há os recursos necessários e a escala espacial é grande. Escalas muito pequenas não dão os resultados que precisamos. O acesso é difícil e caro", afirma Márcia.

Ela diz ainda que a infra-estrutura - estações climatológicas e fluviométricas - oferece poucos dados e informações, o que dificulta o trabalho dos cientistas.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) deflagrou ontem, as 12h, a Operação Carnaval, que deve reforçar o policiamento nas cidades que receberão maior número de turistas, em razão do carnaval, como: Bonito, Corumbá, Jardim, Porto Murtinho, Coxim, Aquidauana e Miranda que estarão recebendo efetivo da sede em Campo Grande. A operação encerra à meia noite do dia 7.
A partir de amanhã até o dia 29 de fevereiro, a pesca na bacia do Rio Paraguai, estará aberta na modalidade pesque-solte, por isso a PMA já estará em alerta. No Rio Paraná, a pesca permanece fechada até o dia 28 de fevereiro, por isso também estarão sendo reforçadas às fiscalizações nos municípios de Bataguassu e Batayporã, além dos postos fixos das Cachoeiras do rio Anhanduí, em Bataguassu e Rio Verde, em Água Clara e Salto do Pirapó, em Juti. Além disso, os demais 11 postos localizados nas cachoeiras e corredeiras, montados para a operação piracema estarão recebendo reforços durante a operação carnaval.

Segundo a PMA, 90% do efetivo de 380 homens estarão envolvidos na operação, sendo empregados o efetivo das 22 unidades no trabalho de fiscalização. Duas equipes da sede também estarão fazendo fiscalização itinerante, sem área definida, exercendo serviços de barreiras e fiscalização fluvial.

A PMA alerta aos foliões que resolverem praticar a pesca, que respeitem a legislação, não pescando nos locais proibidos e soltando os peixes nos locais onde estará permitido o pesque-solte, que é a bacia do rio Paraguai. O desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para lavratura da prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção, além de serem multados em um valor que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, mais de R$ 10,00 por quilo do pescado irregular.

Locais onde a pesca está proibida:

Rio Aquidauana - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Aquidauna.

Rio Miranda - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Miranda.

Rio Taquari - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Coxim.

Acontece hoje, 31, em Aquidauana, Audiência Pública para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental da Simasul - Indústria Siderúrgica de Ferro Gusa MS Ltda. - que se encontra em processo de licenciamento ambiental.

A audiência tem como objetivo divulgar informações, recolher opiniões, críticas e sugestões de segmentos da população interessada na implantação de determinados empreendimentos utilizadores de recursos ambientais ou modificadores do meio ambiente com fim de subsidiar a decisão quanto ao seu licenciamento ambiental. Estarão presentes técnicos, consultores e empreendedores, que responderão, também, perguntas da sociedade civil.

A audiência será na Câmara Municipal de Aquidauana, às 19h do dia 31 deste mês.