Notícias de Bonito MS
Mato Grosso do Sul foi representado pela Fundação de Turismo (Fundtur) numa das maiores exposições de turismo das Américas, a La Cumbre. Em sua 18º edição, a Exposição da Indústria de Viagens das Américas reuniu 403 compradores, 230 expositores e cerca de 1.100 participantes, que puderam agendar rodadas de negócios. Foram estimadas 3.900 rodadas até o final da feira.
O evento aconteceu de 5 a 7 de setembro, no complexo hoteleiro The Westin Diplomat, em Great Fort Lauderdale, na Flórida. Este ano, a La Cumbre trouxe dezenas de novos destinos e promoveu apresentações especiais do Brasil, de Hollywood e Bahamas. O Brasil foi um dos 25 paises participantes.
Brasil Central
O Brasil Central também esteve presente na Feira, representado pelo Grupo de Operadoras de Turismo de Mato Grosso do Sul (Gopan/MS), por meio da Federação Brasil Central de Turismo Receptivo (Febractur). A região é co-expositora no estande da Embratur/Ministério do Turismo.
Este é o segundo ano em que o Brasil participou da exposição, que acontece sempre nos Estados Unidos. São 14 co-expositores brasileiros, como Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Amazonas, Pernambuco, entre outros.
A La Cumbre é uma das mais importantes feiras de turismo das Américas no segmento lazer e a partir deste ano traz, como novidade, o mercado de eventos e negócios. Para os organizadores, como a feira possibilita a participação em espaços de promoção para negócios diretos, é alto o retorno do investimento.
Segundo o diretor da administradora do evento Reed Exhibitions Brasil, Eduardo Sanovicz, a abertura da La Cumbre para os novos segmentos é de extrema importância para o Brasil Central. Isso possibilita a negociação dos compradores não só com Mato Grosso do Sul, que oferece o ecoturismo do Pantanal e Bonito, mas também com Brasília, que pode mostrar sua estrutura para negócios e eventos, por exemplo. Ele vai mais além e cita o fortalecimento dos quatro Estados que compõem a região. "Foi importante a formação do Brasil Central para a promoção dos produtos turísticos da região. Essa união dos Estados é gerencialmente eficaz no Mercado Internacional de lazer, negócios e eventos", salienta.
Campo Grande (MS) - O Festival de Inverno de Bonito e as belezas naturais da região da Serra da Bodoquena viraram palco de aventuras e mistérios no livro "O Mistério do Festival de Bonito", último lançamento do advogado e escritor Jair Buchara Justiniano.
Nascido em Campo Grande, descendente de uma tradicional família síria, Buchara advoga na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e escreve crônicas e poesias para jornais da capital. Seu primeiro livro, "As Bruxas de Campo Grande e o Lobisomem do Pantanal", teve a primeira edição esgotada. Seu próximo lançamento deverá ser "Campo Grande Mitos e Lendas", previsto para o início do ano que vem.
"Mais interessado na vida do que nos estudos, nas poucas horas vagas que tinha como estudante e desportista preferia passá-las em companhia de um bom livro", contou o escritor a respeito de sua iniciação nas letras. Quando universitário, escrevia para vários jornais e panfletos engajados, tendo muitas de suas poesias e de seus textos de cunho político distribuídos por diversos centros acadêmicos da América Latina. Graduado em Engenharia Mecânica pela FEI, Buchara se pós-graduou em Segurança do Trabalho e trabalhou como analista de sistemas, tendo sido um dos fundadores, diretor e presidente do Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados. Sindicalista combativo, ajudou a organizar várias associações profissionais e comunitárias do Estado.
"Mistério no Festival de Bonito" ressalta a miscigenação de povos, culturas e idéias que fervilham em Bonito, trazidas pelos visitante. Pessoas que chegam com suas distintas origens e sonhos que são somados aos sonhos e ao modo de vida dos moradores locais", comentou Ramona Fátima Casanova do Prado, que já foi Secretária de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito (2004-2006).
O livro pode ser encontrado em à venda na livraria e loja virtual Asabeça, através do site www.asabeca.com.br, e, dentro de alguns dias, nas bancas e livrarias da Capital.
O projeto GEF Rio Formoso (Projeto de Gestão Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso) promove desde ontem (10) e termina hoje (11) em Bonito, um ciclo de palestras e reuniões para discussão de assuntos ligados à questão ambiental que envolve o projeto. Um dos principais assuntos discutidos será o destino do lixo orgânico no município.
Ontem o engenheiro agrônomo da Embrapa Solos, Vinícius Benites abre o evento com a palestra "Produção de Insumos Agrícolas a partir de Resíduos Orgânicos - Transformar Lixo em Cidadania". O principal objetivo da palestra é fazer com que os participantes conheçam um pouco sobre o sistema de transição dos sistemas produtivos comuns para os sistemas de produção agroecológicos. "Esperamos com esse evento, sensibilizar as autoridades de Bonito para a importância de se reciclar o lixo orgânico", diz Benites.
O pesquisador explica que uma das metas do Projeto GEF Rio Formoso é implantar no município, um sistema de reciclagem de lixo semelhante ao existente no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, onde os resíduos de manutenção de gramados, encontrados em abundância na cidade, são transformados em fertilizantes e substratos, por meio do processo de compostagem.
No município de Bonito são produzidos diariamente cerca de 20 toneladas de lixo. Nas épocas do ano em que a quantidade de turistas aumenta, esse número triplica, chegando a 60 toneladas/dia. Segundo Benites, a instalação de uma usina de compostagem no município, nos moldes da que foi instalada no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro possibilitaria a transformação de 5 quilos de lixo orgânico em um quilo de adubo. "Todo o trabalho desenvolvido na cidade carioca, fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Infraero, tem como resultado produtos orgânicos de baixo custo, isentos de contaminantes, de qualidade agronômica certificada por meio de pesquisas científicas, e de acordo com as especificações dos fertilizantes orgânicos exigidas pelo Ministério da Agricultura", comenta o pesquisador.
A palestra "Produção de Insumos Agrícolas a partir de Resíduos Orgânicos - Transformar Lixo em Cidadania" acontece às 19h30, no Instituto de Ensino Superior da Funlec em Bonito.
A expectativa é de que o evento reúna 50 participantes, entre autoridades e pessoas ligadas às instituições participantes do projeto.
No último fim de semana prolongado, o presidente regional do PSDB, Waldir Neves, recebeu em sua pousada, em Bonito, um grupo de 10 deputados federais. No próximo mês, ele pretende trazer outros 15 congressistas. A intenção de Neves, que também é deputado federal, é de divulgar o potencial turístico de Mato Grosso do Sul. Os deputados vieram com suas famílias e tiveram parte de suas despesas pagas por eles mesmos e parte por Neves.
A visita dos deputados terminou com um tradicional churrasco sul-mato-grossense no Boi de Ouro, em Campo Grande. O almoço contou ainda com as presenças da senadora Marisa Serrano e da deputada Dione Hashioka (ambas do PSDB).
O governador André Puccinelli e o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (os dois do PMDB), também foram convidados, mas não compareceram.
A Embrapa Pantanal está desenvolvendo um projeto de pesquisa para caracterizar a carne soleada, alimento típico do Pantanal. As pesquisas em laboratório começaram em junho e a caracterização deve estar concluída até dezembro.
O objetivo deste projeto é conhecer o produto. A partir dos resultados poderão ser disponibilizadas para a sociedade sugestões para elaboração segura e com qualidade do produto, muito usado nas fazendas do Pantanal.
De acordo com o pesquisador Jorge Antonio Ferreira de Lara, responsável pelo experimento, o projeto inclui análise microbiológica, da quantidade de proteínas, umidade, cinzas (minerais), porcentagem de gordura e perdas de água por exsudação (água que se acumula nas bandejas), pressão e cozimento.
No Laboratório de Análise de Alimentos da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa) são feitas análises in natura e depois do processo de salga.
O sal é passado na carne (coxão-mole) e fica em contato por seis horas. Depois o produto é lavado com água auto-clavada (esterilizada) e colocado para secar em ganchos na sombra por 18 horas.
Em uma segunda etapa da pesquisa, a carne é embalada a vácuo e fica congelada por dois meses. Depois desse período, a pesquisa avalia se houve crescimento de microrganismos.
A carne soleada é similar à carne de sol, mas a vida na prateleira é curta - dura de dois a três dias. Ela também tem menos sal e mantém a capa de gordura que caracteriza o coxão-mole.
A análise microbiológica utiliza placa de Petrifilm®, que exibe cores diferentes para microrganismos avaliados, como os coliformes e estafilococos.
Mais informações podem ser obtidas com o pesquisador Jorge Lara pelo e-mail jorge@cpap.embrapa.br.
Produção agropecuária integrada a fauna e a flora da região pantaneira. Este é o cenário da Fazenda San Francisco, em Miranda/MS, onde os jornalistas do Projeto Imagem puderam vivenciar a atividade econômica de um empreendimento auto-sustentável. Após passar por Bonito e Jardim, o grupo encerrou o roteiro no Estado, no último domingo, fazendo um tour pela propriedade de 14,8 mil hectares onde a lida campeira, o cultivo e o folclore pantaneiro caminham juntos com a preservação ambiental.
A visita da imprensa internacional é uma ação do Conselho Extraordinário de Relações Nacionais e Internacionais para o Desenvolvimento Econômico do Estado (Conex/MS), que promovendo os potenciais econômicos estaduais objetiva abrir novos mercados para Mato Grosso do Sul. Participaram do Projeto os italianos Manrico Murzi e Luigi Credi (Revista Eurocarni), o russo Petr Kiriyan (RBC Daily), o francês Georges Quioc (Le Figaro), e o malaio Kamarul Aznam Kamaruzaman (Halal Journal of Malaysia).
"O Estado é agropecuário, mas eu jamais imaginei que o governo pudesse atingir o grau de maturidade de criar um instrumento que mostrasse isso lá fora. Além disso, trazer uma pessoa tão conhecedora do mercado internacional para promover nossos potenciais, como o Pratini, mostra realmente que teremos uma gestão comprometida com o setor", avalia Beth Coelho, da Fazenda San Francisco, se referindo ao presidente do Conex, Marcus Vinicius Pratini de Moraes.
Se a empresária rural se surpreendeu com a iniciativa, maior ainda foi o espanto do jornalista do Halal Journal of Malaysia, que disse ter ficado impressionado ao ver um complexo econômico sendo viabilizado em tamanha extensão.
"Na Malásia não é possível ver empreendimentos dessa dimensão. Lá as pessoas não investem no campo nem dão importância à preservação ambiental; eles acham que o trabalho na cidade tem mais glamour. Hoje eu sei que a agropecuária contribui de forma ímpar para o desenvolvimento de uma nação, mas os jovens do meu país não conseguem ver isso", comparou Kamarul Kamaruzaman ao explicar que na Malásia os investimentos ocorrem nos centros urbanos em virtude das inúmeras indústrias de tecnologias, a exemplo da informática.
O malaio comentou ainda sobre a importância do campo para abastecer a cidade. "Precisamos produzir alimentos, pois o crescimento da população é constante. O que eu vi aqui foi uma produção intensiva e altamente produtiva que com a adoção de tecnologia avançada, interfere diretamente no resultado da produção", ponderou ele ao lembrar das explicações feitas pelo proprietário da fazenda, Roberto Coelho.
Assim como Kamarul, os demais jornalistas pontuaram uma série de diferenciais por eles observados na propriedade. Isso porque, durante todo o roteiro que fizeram na San Francisco, puderam conhecer a sistemática aplicada na criação das raças Nelore, Senepol, Montana e Búfalo, feita numa área de 3.300 hectares (onde também existe um confinamento para 1.200 animais), bem como na produção de 4.000 hectares de arroz irrigado e ainda no turismo (a fazenda possui uma reserva florestal de 7.500 hectares).
O russo Petr Kiriyan complementou as ponderações do malaio dizendo de forma breve que "a integração é uma atitude inteligente". Por fim, ele também fez um comparativo entre a economia de Mato Grosso do Sul e de seu país. "Na Rússia, os principais produtos pecuários são os suínos e as aves. Lá, os produtores são organizados em cooperativas e a atividade agropecuária se desenvolve timidamente em pequenas áreas. Os grandes empreendimentos não são propriedades públicas, mas sim privadas", dimensiona o jornalista.
"A San Francisco é considerada um excelente local para a observação de vida silvestre, sobre tudo aves, com 315 espécies catalogadas por biólogos e ornitólogos. Hoje, a fazenda é viável economicamente graças a essas integrações, o que não ocorre com outras propriedades na região pantaneira devido aos altos custos de produção", explica o médico veterinário Dulcimar Menezes, um dos responsáveis pelo trabalho na propriedade, e que ministrou uma breve palestra sobre o funcionamento do empreendimento.
PROJETO GADONÇA
Numa parceria com a ONG Pró-Carnívoros, instituto que atua pela conservação dos mamíferos carnívoros e seus hábitats, através de pesquisa, manejo e educação, a San Francisco iniciou em janeiro de 2003 o Projeto Gadonça, criando um novo horizonte nas questões de preservação. Este projeto consiste na captura das onças para colocação de rádios transmissores com o intuito de monitoramento da espécie, procurando identificar as melhores formas de prevenir a predação do gado e de outros animais domésticos.
Sobre o monitoramento das onças os jornalistas tiveram uma palestra ilustrativa com o biólogo Ricardo Luiz da Costa. Além de explicar toda a teoria do projeto, que atualmente mantém sob monitoramento 14 onças - entre machos e fêmeas, onças-pintadas e pardas - num bate papo com o grupo Ricardo Luiz narrou o comportamento dos mamíferos na propriedade. "As onças, segundo a literatura, são animais solitários e territorialistas. Porém, cada vez mais a natureza nos surpreende e mostra que rotina é algo que não existe nesse meio", introduziu o biólogo.
"O fato é que, dois machos adultos de onça-pintada, prováveis irmãos, vêm sendo observados juntos, dividindo o mesmo território e, provavelmente, caçando cooperativamente e compartilhando suas presas. Esses irmãos estão se sentindo tão à vontade que podem ser observados até namorando a poucos metros de distância dos nossos veículos de safári", relata o estudioso aos estrangeiros que na parte da noite, em silêncio, puderam admirar um macho pardo, de aproximadamente 120 quilos, que após o jantar se espreguiçava a menos de 100 metros do veículo. No mesmo passeio foi possível observar três jaguatiricas além de cervos, capivaras, jacarés, entre outros animais.
Mas privilegiada mesmo foi a equipe da televisão inglesa do canal Animal Planet. No mês passado eles estiveram no Brasil fazendo captura de imagens para um documentário exclusivo sobre grandes animais, onde a onça pintada estará representando a fauna brasileira. Vieram na incerteza de conseguirem boas imagens e, ao contrário disso, conseguiram imagens inéditas.
Na chegada à Fazenda San Francisco, conseguiram filmar uma briga entre duas onças-pintadas machos e posteriormente o acasalamento do vencedor com uma fêmea. Esta fêmea - identificada como "Elisa" - estava equipada com o colar de localização utilizado pelo Projeto Gadonça. Os dois machos não estavam com colar, porém um deles, o "Oreia", nome dado porque lhe falta uma parte da orelha direita, já é monitorado pelo Gadonça há cinco anos.
De acordo com o biólogo Ricardo Luiz, até onde se sabe, não existe registro do ato da cópula da onça-pintada na natureza, portanto, as imagens colhidas são de grande valor científico. A equipe permaneceu na fazenda por quatro dias, colhendo mais imagens de animais e da natureza.
Mais informações sobre a Fazenda San Francisco podem ser obtidas acessando o site www.fazendasanfrancisco.tur.br.
Brigadas de combate ao fogo estão na região do Parque Federal da Serra da Bodoquena, em Bonito, onde há dois focos de incêndios ativos no entorno da reserva. Segundo o Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos), o trabalho deve durar toda a noite. O analista ambiental do órgão, Fernando Correia Villela, afirmou que há duas viaturas como base de apoio às brigadas e uma de prontidão caso seja necessário reforço às equipes.
Os focos estão localizados a 5 e 10 quilômetros do parque e o trabalho é para evitar que a área de proteção seja atingida. Além dos focos no entorno do Parque Federal da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul tem 1.113 focos ativos segundo o relatório diário do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
No total, 39 municípios têm focos de incêndio. Corumbá registra o maior número, com 247 focos, seguida de Porto Murtinho, com 134. Dos focos localizados pelo Inpe em Porto Murtinho, 62 estão na terra indígena Kadiwéu. Na terça-feira, dia 4, o Inpe apontava 288 focos. Em todos os municípios do Estado onde o problema foi registrado a classificação é de alto risco.
Ainda segundo o Inpe, o Brasil está com 17 mil focos ativos de incêndio. O maior problema é registrado no Mato Grosso, eu tem 7,1 mil focos.