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Notícias de Bonito MS

No período de 24 a 29 de setembro, a Coordenação Regional da Funasa em Mato Grosso do Sul (Core/MS), por meio dos pólos-bases de Bodoquena e Bonito, realizou nas comunidades indígenas um mutirão de vacinação nas cinco aldeias da região. Segundo o chefe da campanha Romeu da Cruz, foi atendida 90% da população indígena. A ação irá contribuir no controle de doenças imunopreveníveis.

A campanha atendeu crianças, adultos e idosos. As comunidades foram vacinadas contra doenças como; febre amarela, hepatite, tríplice viral, tétano, poliomielite, rotavírus e outros.

De acordo com o chefe da campanha e agente de saúde Romeu da Cruz, o objetivo da iniciativa é vacinar o maior número de indígenas possível. "O ideal da campanha seria imunizar toda a comunidade. O povo é muito sensível as doenças", falou.

Para o chefe do pólo-base de Bodoquena Hermes Gomes Maciel, a campanha foi bastante positiva no trabalho de prevenção. "A vacinação é muito importante, pois vai evitar que ocorra, amanha ou depois algum caso de doença nas aldeias", explica.

Segundo a coordenadora do programa de Imunização do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Cristina Galles, a equipe de saúde realiza mensalmente as vacinações de rotina nas aldeias do estado com intuito de imunizar o maior número de indígenas.

A equipe médica da campanha foi composta por um enfermeiro, auxiliar de enfermagem e três agentes de saúde. A região de Bodoquena e Bonito, sudoestes do estado, juntas têm cinco aldeias: Alves de Barros, Campina, Barro Preto, São João e Tomasia, ao todo a população é de aproximadamente 1500 índios.

Durante a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, que acontece de 18 a 22 de outubro no Pavilhão Albano Franco, na Capital, os visitantes poderão se deliciar com os pratos típicos da gastronomia regional e escolherem quais deles melhor representam o Estado.

Cada uma das sete regiões turísticas do Estado - Nova Andradina e Região; Pantanal; Rota Norte; Campo Grande e Região; Bonito-Serra da Bodoquena; Costa Leste e Caminhos da Fronteira - estarão expondo suas qualidades para atrair turistas e investimentos, dentre as quais, sua culinária.

A pré-seleção vem sendo feita desde julho, em parceria com o Senac, Abrasel e Associação Comercial de Campo Grande, através de festivais em cada região.

Na Praça de Alimentação do evento serão oferecidos, a preços populares, pratos típicos de cada região turística: bolinho de tucunaré, cabrito com pimenta rosa, caldo de piranha, empamonado, escondidinho de carne seca, macarrão de comitiva, paçoca de carne seca, rabada com grão de bico, sobá, sol do pantanal, tilápia com provolone e tilápia campestre.

"Os visitantes, de posse de uma comanda que receberão, irão votar nos pratos que preferirem", afirma Nilde Brun, diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur).

Por outro lado, haverá um júri técnico, formado por profissionais da área de gastronomia, formadores de opinião, chefes de cozinha, empresários e proprietários de restaurantes, bares e similares. Eles farão a avaliação dos pratos baseados nos critérios: identidade regional; criatividade; higiene; apresentação do prato e sabor do prato.

Ao final, serão eleitos os três pratos mais votados, onde os três melhores colocados somarão pontos junto ao júri técnico. O resultado será definido pelos dois pratos que obtiverem a maior pontuação. "Os escolhidos irão representar a culinária sul-mato-grossense no 3º Salão Nacional de Turismo em São Paulo, no próximo ano", explica Nilde.

O governador André Puccinelli (PMDB) cumpre agenda nesta terça-feira em Bonito. Às 8 horas ele participa de ato cívico em comemoração aos 59 anos do aniversário de Bonito. Durante a solenidade ainda serão assinadas quatro ordens de serviço para construção de 60 unidades habitacionais, construção do Cras (Centro de Referência de Assistência Social; construção do asfalto da Rua 31 de Março e revitalização da Rua Pilad Rebuá.

Ainda nesta manhã, às 9h30, o governador participa da ativação do Posto de Saúde da Família da Vila América, o terceiro instalado no município.

Em seguida, às 10 horas, Puccinelli e outras autoridades visitam o local onde será construído o Residencial Jardim Bom Viver, que beneficiará com moradia própria 60 famílias que vivem em Bonito. O novo conjunto habitacional está localizado em um dos maiores bairros do município: a vila Marambaia.

Puccinelli visita, às 11 horas, as instalações do Centro de Atendimento ao Turista, que deve ser ativado hoje. O governo do Estado investiu R$ 33.734,15 na construção do prédio que irá atender as pessoas que visitam o município, com orientação e reserva de passeios.

O Projeto Jacaré, desenvolvido na Embrapa Pantanal, em Corumbá (MS), acaba de completar 21 anos de atividades de campo. As pesquisas começaram em setembro de 1986 e foram renovadas com o título "Padrões de movimento e reprodução do jacaré-do-Pantanal e jacaré-paguá como indicadores de mudanças climáticas e antrópicas em longo prazo nos biomas brasileiros" pelo Macroprograma 3 em 2007.

Nos dias 15 a 19 de setembro, a pesquisadora Zilca Campos e sua equipe José Augusto Dias da Silva, Henrique de Jesus, Vandir Dias da Silva e Dênis Celin Tilcara capturaram 220 jacarés nas fazendas Alegria, Campo Dora e Dom Valdir, no Pantanal da Nhecolândia (MS).

Entre as capturas, 11 foram jacarés que já tinham sido capturados e marcados há 19 anos (e 250 dias), 18, 11, 8 e um ano atrás. "O valor científico desses resultados é grandioso e inédito para a espécie", disse Zilca.

Ela agradece aos proprietários das fazendas envolvidas com as pesquisas e ao pessoal de sua equipe pelo entusiasmo e determinação nas atividades de captura e recaptura deste ano. "Sem a ajuda da equipe, seria impossível. Sozinho ninguém faz nada."

TRAJETÓRIA

Nesses 21 anos, segundo Zilca, foram capturados quase 6 mil jacarés. A maioria da espécie Caiman yacare, conhecido como jacaré-do-Pantanal. Os animais foram capturados e marcados nas fazendas citadas acima e também na Nhumirim, da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA). Recentemente a pesquisadora começou a estudar o jacaré-paguá (Paleosuchus palpebrosus) nos riachos e rios do entorno do Pantanal, espécie pouco conhecida para a ciência e que já sofre com as mudanças antrópicas na sua área de distribuição.

"Com esse trabalho conseguimos monitorar o crescimento, a movimentação e vários parâmetros populacionais", disse ela. Uma descoberta inédita neste período foi o comportamento do jacaré-do-Pantanal de formar bandos e andar em fila indiana entre poças e lagoas, principalmente no período seco no Pantanal, de agosto a novembro. Esse comportamento foi observado há cerca de dez anos e publicado na revista científica internacional Copeia em 2003.

Zilca disse que os jacarés são espécies de vida longa - vivem de 40 a 50 anos na natureza - e os estudos precisam de longo prazo para entender sua história de vida e seus requerimentos de habitats. Em anos muito secos seles podem morrer por predação, infestação de parasitas, etc", explicou.

O jacaré é um animal semi-aquático e consegue ficar até uma hora submerso. Depois desse período, ele precisa estar com o focinho fora da água para respirar.

A pesquisadora também observou que os jacarés andam bastante. "Um deles, com 10 anos, chegou a andar 20 quilômetros", afirmou. O monitoramento é feito em uma área de 50 km² e Zilca pretende expandir o espaço de observação e captura.

Ela conta que outras espécies também têm o hábito de andar bastante. Há relatos de outras espécies de crocodilianos que andam 50 quilômetros. Um deles, na Austrália, chegou a andar mil."

As capturas geralmente são feitas à noite, com uso de lanternas de cabeça e de mão. "Mas durante o dia é mais fácil. Os meses escolhidos para a busca são agosto e setembro, período de estiagem no Pantanal.

Atualmente a captura é feita uma vez por ano. Os animais são marcados com brincos de plástico na cauda (vermelhos ou azuis para os machos e amarelos ou verdes para as fêmeas).

Também é possível marcá-los com uma combinação numérica feita nas cristas duplas e simples. Neste caso, não há risco da marcação se perder porque a crista cortada não se refaz.

Quando começou a trabalhar na Embrapa Pantanal, Zilca pesquisava capivaras. Ela encontrou 36 grupos de capivaras na fazenda Nhumirim em 1984 e 1985 e disse que identificava grupo por grupo nas cem lagoas da propriedade. "Nesse período praticamente morei na fazenda", contou.

Aos poucos ela foi se interessando pelos jacarés, animal que foi tema de sua dissertação de mestrado e de sua tese de doutorado. Desde 1986 a pesquisadora se dedica aos crocodilianos. Nesses 21 anos também pesquisaram jacarés os pesquisadores da Embrapa Guilherme Mourão, Sandra Santos, Marcos Coutinho, Max da Silva Pinheiro e de outras instituições de pesquisa do Brasil.

VIAGEM

Nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, Zilca Campos, José Augusto e Dênis Tilcara saíram de viagem com o estudante de doutorado William Vasconcelos, do Inpa/Ufam (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Universidade Federal do Amazonas). Eles vão fazer coletas nas bacias do Alto Paraguai e Amazônica, mais precisamente nos rios Paraguai, Guaporé e Madeira.

William explicou que o objetivo da pesquisa é verificar se os jacarés da Amazônia e do Pantanal são duas unidades evolutivas diferentes ou uma variação apenas no fenótipo (aparência).

Os pesquisadores vão para áreas onde as duas linhagens convivem para observar se há reprodução entre elas, se ocorre hibridagem e se há mistura de caracteres. "O estudo vai usar a genética como ferramenta para responder a perguntas", disse William.

Segundo ele, os resultados terão implicações diretas na conservação e na legislação envolvendo os animais.

O governador André Puccinelli, acompanhado do secretário de turismo do município, Augusto Barbosa Mariano, ativou agora há pouco o Centro de Atendimento ao Turista de Bonito (CAT).

O Centro está preparado para realizar atendimentos. A estrutura foi inaugurada no ano passado, mas não havia recursos humanos e equipamentos para o CAT atender as pessoas que visitam o município, com orientação e reserva de passeios. O governo do Estado investiu R$ 33.734,15 e a prefeitura cedeu o terreno. O CAT fica logo na entrada da cidade, na rua Cel. Pilad Rebuá.

Resolução aprovada pelo Conama, mês passado, tem tudo para gerar polêmica. Ela estabelece novas normas que permitem a criação em cativeiro e a venda de animais silvestres para o mercado doméstico.

Hoje é possível ter um animal silvestre em casa, desde que tenha origem num criadouro autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e que seja da segunda geração, ou seja, um animal que já nasceu no criadouro. A resolução aprovada na reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, dias 18 e 19 de setembro, porém, amplia essa possibilidade.

Ela estabelece nove critérios para a definição das espécies que silvestres que poderão ser criadas e comercializadas com vistas a atender o mercado de animais de estimação. São eles:
I - significativo potencial de invasão dos ecossistemas fora da sua área de distribuição geográfica original;
II - histórico de invasão e dispersão em ecossistemas no Brasil ou em outros países;
III - significativo potencial de riscos à saúde humana;
IV - significativo potencial de riscos à saúde animal ou ao equilíbrio das populações naturais;
V - possibilidade de introdução de agentes biológicos com significativo potencial de causar prejuízos de qualquer natureza;
VI - risco de os espécimes serem abandonados ou de fuga;
VII - possibilidade de identificação individual e definitiva;
VIII - conhecimentos quanto à biologia, sistemática, taxonomia e zoogeografia da espécie; e
IX - condição de bem-estar e adaptabilidade da espécie para a situação de cativeiro como animal de estimação.

O texto ressalta que as atividades de aquariofilia serão objeto de resolução específica do Conama.

A nova resolução ainda não está em vigência, falta ser aprovada pela Consultoria Jurídica do MMA e então segue para assinatura da Ministra Marina Silva, passando a valer efetivamente quando for publicada no Diário Oficial da União (DOU). Mas já provoca polêmica. As autoridades favoráveis à medida apontam que os zoológicos e criadouros não suportam os 48 mil animais silvestres apreendidos por ano pelo Ibama. Seria uma forma de complementar as ações desenvolvidas pela fiscalização, alegam.

Segundo o analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente João Luís Fernandino Ferreira, a medida promove a compra de animais silvestres, mas apenas dos legalizados. Dá oportunidade a quem pretende ter um espécime da fauna brasileira de procurar criadores e comerciantes em conformidade com a Lei e não do tráfico, como ocorre muito ainda no país, alega.

"O Ibama espera com isso que seja reduzida a pressão sobre a natureza com a extração desses animais do seu ambiente natural. Animais nascidos em cativeiro têm mais chances de sobreviver, pois o criador responsável vende junto com o animal o conhecimento adquirido sobre a manutenção do animal e repassa um animal que desde pequeno está em contato com o ser humano, o estresse é bem menor", garante.

No prazo de seis meses, a partir da data de publicação da resolução, o Ibama deverá divulgar a lista das espécies que poderão ser criadas e comercializadas como animais de estimação.

Habitat Natural

Mas segundo a coordenadora da União pela Vida (UPV), uma ONG do Rio Grande do Sul, Maria Elisa Silva, trata-se de uma subversão completa de valores. "O melhor lugar para os animais é o seu habitat natural e não serem submetidos em casas ou mesmo apartamentos, que já estão se tornando insalubres até para seres humanos", diz ela.

Para a advogada Renata de Mattos Fortes, do Instituto JUS Brasil, responsável por diversas ações promovendo a defesa dos animais, as espécies silvestres requerem cuidados especiais, não são como os animais domésticos, onde já existe uma indústria de alimentação, remédios, vacinas, e veterinários para facilitar a vida de pessoas que querem tê-los consigo.

Mesmo com animais domésticos, é comum a pessoa adquiri-los e depois abandoná-los, por terem crescido demais, por fazerem muito barulho, como papagaios e araras , por não conseguirem educá-los ou porque envelheceram. Com os animais silvestres não será diferente, acredita a advogada.

Ela questiona: "Que medidas de proteção a esses animais o governo esta adotando? E como confiar na capacidade do poder público em cumprir com o art. 4º da lei proposta, que estabelece critérios para que o animal silvestre possa ser considerado de estimação, se tais critérios estão baseados em estudos? Nunca é demais relembrar que o Ibama liberava a caça amadora no RS sem estudos conclusivos sobre as espécies, tendo por isso sido proibida".

"Com absoluta convicção, essa medida não beneficia em nada os animais. O que o governo precisa é adotar medidas de fiscalização para coibir o tráfico de animais silvestres e educação ambiental em locais de ocorrência dessa prática, e não incentivar a compra desses animais, mas, como sempre, não são criadas soluções e sim novos problemas, atendendo a interesses de determinados setores" critica Renata Fortes.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fará esta semana um curso de investigações das causas e origens dos incêndios florestais. A capacitação será realizada em Bonito, município distante 247 quilômetros de Campo Grande.

Ao todo, dez militares do Corpo de Bombeiros e 15 técnicos do Ibama de vários estados do Brasil passarão por aulas práticas e teóricas. O curso completo terá duração de 40 horas/aula.

A estiagem que durou quase dois meses causou prejuízos no Pantanal sul-mato-grossense. Incêndios destruíram a vegetação e comprometeram até o controle de vôo na região.