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Notícias de Bonito MS

Oficina de educação ambiental aborda águas da Bacia do Apa em Jardim e Bonito

Os municípios de Jardim e Bonito recebem essa semana a oficina de educação ambiental do projeto "Pé na Água - Água e Cidadania na Bacia do Apa" (UFMS/CNPq/CT-Hidro), de 24 a 26 de outubro. A intenção do projeto é trazer informações contextualizadas à região para que os professores tenham subsídios locais para desenvolver a educação ambiental e participar da gestão das águas. Bonito e Jardim fazem parte da Bacia do Apa, pois pelas terras desses municípios corre o rio Perdido, um dos afluentes mais importantes do Apa.

A oficina, gratuita, é aberta aos interessados e tem como público preferencial professores de escolas da bacia, técnicos e educadores ambientais. Os participantes vão conhecer o material produzido sobre a Bacia do Apa (livro, CD e cartilha) para discutir os conteúdos e sugerir elementos às publicações. A iniciativa é da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), apoiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os municípios de Antônio João, Ponta Porã, Bela Vista, Caracol e Porto Murtinho já receberam a oficina.

Também estão previstas na programação a apresentação do projeto Pé na Água e a palestra "Um rio, dois países", que será ministrada pelo professor de Prática de Ensino de Biologia da UFMS Paulo Robson de Souza. Em Bonito, o cientista social Diego Correia da Silva apresenta dados preliminares de pesquisa realizada em 2006 sobre a educação ambiental em Bonito.

Esta é a segunda etapa do projeto que, em fevereiro deste ano, realizou uma expedição na Bacia do Apa buscando informações que contribuíssem para a conservação e gestão dos recursos hídricos. Dos dados gerados nessa expedição e da colaboração de vários técnicos e pesquisadores foi produzido um livro que aborda vários aspectos da gestão das águas: sociedade, usos e consumo, desmatamento, produção rural, biodiversidade, saneamento, cultura, história e os instrumentos de controle social que temos hoje para participar da gestão dos recursos hídricos. O livro virá acompanhado de um CD com recursos pedagógicos para o ensino sobre a importância da água. Também será produzida uma cartilha com o conteúdo do livro adaptado ao público infanto-juvenil.

Programação

Dia 24/10 - Bonito
Palestra Um Rio, Dois Países e apresentação de pesquisa sobre a educação ambiental na Escola João Alves de Arruda, às 19:30.

Dia 25/10 Bonito
Oficina para apresentação do material na Escola Isaura Pinto Guimarães, das 7:30 às 11:30.

Dia 25/10 Jardim
Palestra na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), às 19:30, com apresentação do projeto e a palestra: Um Rio, Dois Países.

Dia 26/10 Jardim
Oficina para apresentação do material na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), das 7:30 às 11:30.


Sobre o projeto

Pé na Água - Água e Cidadania na Bacia do Rio Apa - Uma Abordagem Sistêmica e Transfronteiriça na Década Brasileira da Água é um projeto apoiado pelo edital CT-HIDRO/MCT/CNPq - nº 015/2005 de Popularização da Ciência: Olhando para a Água. Foi o único projeto aprovado neste edital para Mato Grosso do Sul. A proponente é UFMS e conta com a parceria do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento das Bacias dos Rios Miranda e Apa (Cidema), Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ibama, Rede Aguapé, Ecoa e outras instituições.

Objetivo geral do projeto

Dotar a comunidade dos municípios que compõem a Bacia do Apa, de conhecimentos, informações fidedignas e instrumentos para participação na gestão das águas, por meio da produção de um conjunto de materiais impressos e eletrônicos (disponibilizados via internet e em CD) e treinamentos em oficinas e cursos, tendo como público preferencial professores de escolas públicas, técnicos e educadores ambientais para atuarem como agentes multiplicadores nessa bacia hidrográfica, inclusive atingindo indiretamente os municípios paraguaios inseridos na bacia.

Sobre a Bacia do Apa

Abrange sete municípios sul-mato-grossenses: Ponta Porã, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Bonito e Jardim. Em território paraguaio, os municípios de Bella Vista, Pedro Juan Caballero, Concepción, San Carlos e San Lázaro. Estende-se por uma área de 17.000 km2, com aproximadamente 75% em território brasileiro.

A Rodada Internacional de Negócios Turísticos, organizada pelo Sebrae/MS na Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, estima que R$ 6.800.000,00 devem ser movimentados no setor turístico de MS. A rodada encerrou na tarde de hoje no auditório do Centro de Exposições Albano Franco, em Campo Grande.

O valor corresponde as 169 reuniões presenciais feitas entre operadoras de turismo do Estado e países da Europa e América do Sul, durante cinco horas da Rodada Internacional de Negócios Turísticos. A possibilidade de negócios futuros é de 100% e a qualidade dos contatos presentes foi considerada ótima ou boa por 95,65% dos participantes, segundo a avaliação pós-rodada.

Cada uma das 13 operadoras brasileiras participou de até 22 encontros empresariais. Das 75 empresas estrangeiras convidadas apenas 20 compareceram ao evento. Entretanto, para a consultora de Turismo do Sebrae/MS, Márcia Rocha, a qualidade dos contatos superou a expectativa.

"Um dos grandes entraves do comércio exterior é a segurança da entrega do produto, no caso do turismo, de que o visitante enviado será bem recebido no destino. Apesar da redução no número de operadoras estrangeiras, a visita aos atrativos e infra-estrutura, para conhecer melhor o produto que iriam negociar, ampliou os resultados da Rodada", avaliou a consultora.

Segundo a consultora, os mais de R$ 6 milhões projetados devem ser distribuídos nos ramos de atrativos turísticos, transportes, hotéis, bares e restaurantes, guias turísticos, artesanato, agências de viagens e operadoras de turismo de MS.

Estes números são acompanhados de muito otimismo por parte dos operadores de turismo, como Geraldo Franciscus, proprietário da Open Door, que participou da rodada. "Estamos conseguindo que o nosso Estado seja uma das melhores opções de turismo, encaixando ele no roteiro do turista internacional", disse o empresário. "Ajudou muito a ida deles aos destinos, para viverem o Pantanal e Bonito".

Sergio Artigau, gerente de operações da Pallmer Travel, da Argentina, foi um dos operadores que se impressionou com o passeio. "Com 20 anos de profissão, é a primeira vez que sou convidado para conhecer o Pantanal, e com o que eu vi aqui eu recomendo, não só pelos atrativos, mas pelo serviço prestado em todos os destinos que visitamos", afirmou Artigau.

Centenas de crianças, estudantes do ensino fundamental de escolas privadas e públicas de Campo Grande/MS, disputaram espaço na manhã e tarde desta segunda-feira (22.10) para ver, tocar e acariciar os jacarés vivos que durante cinco dias chamou atenção do,público da Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, realizado no Centro de Exposições Albano Franco. Os animais integram o único criatório de jacarés-do-pantanal autorizado e em funcionamento no Mato Grosso do Sul e que fica na Fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem, em Miranda/MS (230 km de Campo Grande).

Os estudantes passaram parte desta segunda-feira (22.10) em visita à feira. Todos queriam aproveitar o último dia do evento, que começou na noite de quinta-feira passada (18.10). Circulando pelos estandes, os estudantes ouviram pequenas palestras sobre desenvolvimento sustentável, assistiram vídeo documentários e ajudaram a recolher material de folheteria dos destinos turísticos que irão para as bibliotecas das escolas.

A hora mais aguardada era a visita aos jacarés do projeto científico e comercial da Fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem. Eles foram recebidos pela proprietária do empreendimento e coordenadora da atividade turística do hotel fazenda, Rosaura Dittmar. Ela fez um resumo das atividades proporcionadas pelo projeto, que já conta com 12 mil cabeças de jacaré criadas através do sistema ranching. Nele, as matrizes permanecem em seu ambiente natural, onde acontece a cópula e a postura. O proprietário é responsável pela captura e incubação dos ovos. Os filhotes são desenvolvidos em células de recria até a idade de abate.

Bastante curiosas, as crianças fizeram inúmeras perguntas. A maioria sobre a reprodução dos jacarés, o aproveitamento da carne, do couro e sobre a idade dos animais expostos na feira. Mas o alvoroço tomava conta dos estudantes quando um dos animais era tirado do tanque e levado até próximo a eles. Assim, todos puderam também tocar e acariciar os jacarés, um gesto que, segundo Rosaura Dittmar, "mostra o carinho e o sentido de conservação de nossos recursos vegetais e animais por parte das novas gerações".

Os professores também aproveitaram para aprender um pouco sobre a criação sustentável de jacarés-do-pantanal. Eles receberam material paradidático, fizeram pré-agendamento de visitas na propriedade e garantiram assunto para o resto da semana nas escolas. " Encontrar jacarés vivos em uma feira de turismo foi uma verdadeira surpresa, principalmente para as crianças, a visita foi marcante para todo mundo", garante a professora Silmara Tobias, técnica de turismo social do SESC, que acompanhou alunos da Escola Sesc Camilo Boni.

A Feira Internacional e o 1° Salão de Turismo do Mato Grosso do Sul receberam esta semana representantes de 75 operadoras de turismo de 15 países da Europa e América. Desde quinta-feira (18), os visitantes conheceram algumas das belezas do Estado, como o Pantanal, a Serra da Bodoquena e o município de Bonito. Ontem (22), o Sebrae/MS realizou a Rodada Internacional de Negócios Turísticos entre as operadoras internacionais e as locais. O objetivo foi aumentar o volume de negócios realizados entre elas, ampliando o número de turistas estrangeiros que visitam Mato Grosso do Sul.

A rodada envolveu 16 empresas sul-mato-grossenses e 22 de outros países. São, ao todo, 250 reuniões agendadas. Segundo a coordenadoria de turismo do Sebrae/MS, este momento proporciona a inserção de Mato Grosso do Sul nos mercados sul-americanos e europeu, gerando renda e emprego para os pequenos negócios de toda a cadeia produtiva do turismo no Estado.

Produtos turísticos como o ecoturismo, a observação de pássaros, a pesca esportiva, os turismos histórico, rural, de aventura e mergulho foram apresentados e comercializados pelas operadoras do Estado à operadoras do Canadá, Estados Unidos, Holanda, França, Peru, Venezuela, Bolívia e Argentina.

A Rodada Internacional de Negócios Turísticos aconteceu, das 9 às 15 horas no Centro de Exposições Albano Franco, localizado na capital.

Funcionários da Fazenda América (Agropecuária Rio Formoso Ltda), do médico veterinário Luiz Lemos de Souza Brito, foram flagrados obstruindo o fluxo de um braço do Rio Formoso, em Bonito, provocando o secamento de trecho do rio e a morte de peixes e plantas aquáticas. O crime fez o MPE (Ministério Público Estadual) ingressar com uma ação cautelar, que foi aceita pela Justiça, determinando o desboqueio. A obstrução também provocou o secamento da cachoeira que passa pela Fazenda São Geraldo, em que é feito passeio turístico. Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do País e o Formoso seu principal rio.

Um gestor ambiental da fazenda vizinha notou que o braço do Rio Formoso secou e foi verificar o motivo, quando flagrou que um funcionário da Fazenda América estava construindo um aterro com cascalho, impedindo a passagem de água para o braço do Rio Formoso. Com o bloqueio, a vazão no rio aumentou no local onde a Fazenda América tem uma turbina.

A desobstrução do braço do rio deve ser feita ainda hoje, sob o acompanhamento do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). O maquinário que será utilizado foi pago por fazendeiros da região, segundo apurou a reportagem do Campo Grande News.

Luiz Lemos de Souza Brito já foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) pelo crime ambiental em R$ 150 mil. O fazendeiro é irmão do presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Leôncio de Souza Brito Filho.

Na ação cautelar, o Ministério Público pediu que em 30 dias a fazenda apresente um projeto de recuperação de área degradada, visando recuperar os danos antes mencionados, e que deverá ser apresentado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e executado no prazo que aquele órgão determinar, sob pena de multa diária de R$ 5.000.

O MPE também pede que a fazenda cerque, no prazo de 30 dias, todas as áreas de preservação permanente e de reserva legal da propriedade, com cerca de arame que impeça a presença de animais médios e grandes, sob pena de multa diária de R$ 5.000 e multa por animal encontrado nestas áreas em R$ 100 por cabeça.

Outro lado - Procurado pelo Campo Grande News, Luiz Lemos de Souza Brito preferiu o silêncio. Ele disse que está viajando e que só conversará com a reportagem quando voltar a Campo Grande, onde reside.

A coordenação do Parque da Serra da Bodoquena ainda aguarda a viabilização de máquinas para liberar o braço do Rio Formoso, em Bonito, que foi obstruído por funcionários da Fazenda América, pertencente a Luiz Lemos de Souza Brito. A determinação foi dada pela Justiça, que determinou ainda multas pesadas se a decisão for descumprida.

Ontem, segundo o administrador do Parque, Adílio Valadão, representante do Ibama na região, o que estava se tentando é começar o trabalho de desobstruição do rio manualmente. Segundo ele, funcionários da fazenda São Geraldo, vizinhas à América, conseguiram abrir uma espécie de canal para dar vazão à água, que antes formava uma cachoeira na fazenda, que é usada como atrativo turístico da região.

A obstrução do rio só foi descoberta quando funcionários da fazenda São Geraldo perceberam que o trecho estava secando e flagraram funcionários da propriedade vizinha fazendo o trabalho de bloqueio da água. O MPE (Ministério Público Estadual) foi acionado e entrou na Justiça contra o fazendeiro.

A fazenda tem parte localizada dentro do Parque da Serra da Bodoquena e o restante no raio de 10 km que é considerado uma borda de proteção da área de preservação e que por isso também tem o manejo controlado, como explicou Adílio Valadão.

Até ínicio de outubro deste ano o número de focos de calor na região do Pantanal era muito alto, devido à prolongada estiagem de mais de 120 dias. Segundo a climatologista Balbina Soriano, pesquisadora da Embrapa Pantanal, começou o período chuvoso na região Centro Oeste e o total de chuva até 19 de outubro na cidade de Corumbá foi de 162 mm (estação meteorológica da Aeronáutica). Na sub-região da Nhecolândia foi de 64,4 mm (estação meteorológica da Fazenda Nhumirim), o que proporcionou grande diminuição no número de focos de calor.

Focos de calor são temperaturas registradas acima de 47º C, com base em dados captados por satélites (INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Levantamento realizado em setembro de 2007 mostrou que o número de focos de calor no Pantanal chegou a 1.110, sendo a sub-região de Miranda a que mais apresentou focos de calor (326).

Os dados são do DPI/INPE, com recorte para o Pantanal feito pelo Laboratório de Sensoriamento Remoto da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA), segundo o analista Luiz Alberto Pellegrin.

No período de 1º a 19 de outubro, com os altos índices pluviométricos ocorridos na região pantaneira, o número de focos de calor caiu consideravelmente, chegando a 100: uma diminuição de 91% do número de focos de calor.