Notícias de Bonito MS
Sob o tema "Turismo - As previsões da indústria", as principais entidades do setor apresentaram ontem (25/10) em painel para os agentes de viagens suas visões sobre o futuro do turismo no país. Estiveram presentes, o diretor comercial da Tam, Klaus Kühnast ; o vice-presidente da Gol, Tarcísio Gargioni; o presidente da Abremar, Eduardo Nascimento, o secretário de políticas do turismo, Airton Pereira, a presidente da ABIH Nacional, o presidente da Braztoa, José Eduardo Barbosa, o pressidente da Associação Brasileira de Resorts, Alexandre Zubaran, a presidente da Abeoc, Simone Sacomann e o presidente da Abla, José Adriano Donzelli.
Eles tiveram três minutos para comentar sobre a questão e foram comandadas pelo presidente da Abav Nacional, João Martins. Apesar de apontarem como principais entraves a pouca infra-estrutura aeroportuária e das rodovias e o aspecto da segurança, o tom dos discursos foi de otimisto e esperança. "Só tivemos estimativas otimistas e demonstra que o Brasil não vive um crise de mercado e sim problemas de operacionalização no segmento de aviação. Acredito que os próximo dois anos seguirão nessa tendência", afirmou Martins.
Para Tarcísio Gargioni, o crescimento do mercado de aviação no Brasil está crescendo a taxas asiáticas e nossa expectativa é um fechamento superior de 10%. O diretor da Tam complementou que o mercado de aviação cresce duas a três vezes mais que o PIB. "Apesar dos investimentos previstos para os próximos anos ser de US$ 1,5 bilhão e ampliarmos a oferta em 50% de passageiros, devemos ter atenção de que não será suficiente para atender o crescimento do setor", afirmou Kühnast.
Alexandre Zubaran chegou a criticar a redução da malha aérea imposta pelo ministro da defesa, Nelson Jobim. "O ministério da defesa devria regular o que lhe cabe, a oferta de malha aérea e não na frota. Somente no último mês, a cidade de Salvador perdeu 390 vôos, o que significou 45 mil vôos eliminados", comentou Zubaran. Sobre a indústria do turismo, o executivo ressaltou que é preciso ficar atentos as mudanças no perfil do consumidor e em novos modelos de negócios como o comércio online.
Para os agentes de viagens a mensagem mais contudente foi do presidente da Abla, José Adriano Donzelli. "A grande chave para o crescimento do turismo é a profissionalização do setor". De acordo com ele, no último ano, cerca de 500 locadoras fecharam suas portas, o que corresponde a 205 do mercado. Ele disse ainda que os agentes devem estar atentos para o produto de locação de carros e colocar nas prateleiras de vendas. "Vocês perderam 130 milhões em comissionamento", enfatizou.
A diretora-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Nilde Brum, e as prefeituras de Bonito, Três Lagoas, Corumbá e São Gabriel do Oeste ganharam prêmio na quarta-feira no Rio de Janeiro da ministra Marta Suplicy (Turismo). Os prêmios foram concedidos no evento Top de Turismo, lançado em junho passado pela ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).
A Fundtur recebeu na categoria Eventos pela realização da Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul. Na categoria sustentabilidade, com o tema "Voucher Único: Modelo de Gestão Ambiental e Turística", o município de Bonito foi o vencedor. Corumbá ganhou na categoria Calendário de Evento, com o case "Um Calendário Turístico Vendendo o Destino". A tradicional festa do Leitão no Rolete, de São Gabriel do Oeste, venceu na categoria Gastronomia, enquanto Três Lagoas criou os Roteiros Turísticos da Costa Leste do Mato Grosso do Sul e ganhou na categoria roteiros.
O Top de Turismo foi criado para atender a uma reivindicação do próprio setor, carente de premiações, que incentivassem as diversas categorias profissionais, interessadas direta ou indiretamente no exercício dessa atividade. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor turístico corresponde por 2,23% do PIB (Produto Interno Bruto), emprega aproximadamente 5,5 milhões de pessoas e era receita anual de R$ 100 bilhões.
Os mais de 22 mil visitantes do Brasil e de 31 outros países esperados até sábado para a Feira das Américas - Abav 2007, no Rio de Janeiro, poderão conferir de perto uma mostra da produção de peles de jacaré-do-pantanal do Mato Grosso do Sul. A Fundação de Turismo do MS está expondo em seu estande sete peles curadas, curtidas e prontas para o processo de industrialização (confecção de cintos, bolsas, sapatos, roupas, pulseiras, etc.). O evento - também conhecido como Congresso da ABAV (Agência Brasileira de Viagens) - é considerado a maior feira turística do Brasil.
Este lote de peles é originário da produção do hotel-fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem - 230 km de Campo Grande, no Pantanal de Miranda - única propriedade autorizada e atualmente em processo de reprodução e produção de jacarés no Estado. A propriedade está se preparando para iniciar a primeira oferta de cota para a exportação do couro de jacaré. De acordo com o proprietário e responsável por um rebanho confinado de mais de 12 mil cabeças de jacaré, Gerson Zahdi, esta cota inicial seria de 300 peles/mês.
O couro de jacaré produzido pela propriedade sul-mato-grossense foi reconhecido recentemente por especialistas italianos como a melhor pele de Cayman yacare produzida no mundo. As técnicas de criação do animal evitam, por exemplo, a calcificação da pele o que a deixaria com baixo valor de mercado. Para isso, desde o seu nascimento, os jacarés são mantidos em células de recria climatizadas e não recebem a incidência da luz solar.
A pele de jacaré é altamente valorizada tanto no mercando interno quanto no externo. Zahdi revela que o couro "verde" (sem curtimento) tem seu preço em torno de R$ 3,00 e R$ 5,00 por centímetro linear, sendo a medida feita a partir da área mais larga da barriga. Já o couro curtido tem seu preço médio em torno de R$ 10,00 o centímetro linear.
Apesar de possuir uma pecuária bovina crescente, o Cacimba de Pedra - Reino Selvagem tem no jacaré sua principal atração. Além do animal propriamente dito (que atrai mensalmente centenas de turistas) a carne (no restaurante da pousada) e o couro de jacaré (exibidos por quase todos os cantos da sede da fazenda) são as vedetes que tornaram a propriedade referência no Brasil neste tipo de produção. Do fluxo total, 80% dos turistas são europeus, sobretudo da Bélgica, França, Portugal e Holanda.
O 35º Congresso Brasileiro das Agências de Viagens e Feira das Américas teve início nesta última quarta-feira (24.10) e termina sábado (27.10). Aproximadamente 700 empresas privadas e públicas estão participando do evento, todo ele concentrado nas dependências do Riocentro.
Durante a palestra Turismo Receptivo: como o setor de receptivo pode se organizar para atingir o resultado esperado, realizada nesta manhã de ontem, o diretor técnico do Sebrae, Luiz Carlos Barboza, anunciou que a entidade e o Ministério do Turismo investirão R$21,5 milhões no período 2007-2010.
"Uma das prioridades dos investimentos será a qualificação em gestão institucional, ou seja, capacitar os agentes locais tanto da esfera privada quanto pública. E ainda queremos fortalecer as entidades governamentais regionais, qualificar o patrimônio natural e cultural e a gestão empresarial voltada para a competitividade", explicou Barboza.
Outro palestrante, o diretor de Turismo de negócios e eventos da Embratur, Marcelo Pedroso, assinalou ao público presente que atualmente os agentes e operadores buscam operações estruturadas e facilidade de comunicação junto ao receptivo.
"Os agentes precisam entender as principais características do mercado-alvo, como a cultura, gastronomia e idioma. No site www.braziltour.com os agentes encontrarão o perfil do mercado turístico brasileiro", destacou Pedroso.
Acadêmicos do 2°, 4° e 6° semestre do curso de Artes Visuais da UNIGRAN (Centro Universitário da Grande Dourados) vão expor seus trabalhos na cidade turística de Bonito, nos dias 27 e 28 de outubro (sábado e domingo) próximos.
As obras foram idealizadas para a XIII UNIARTE: TERRAGUARTE, exposição de arte contemporânea e meio ambiente realizada entre os dias 1º e cinco de outubro, em Dourados, cujo objetivo principal era levar os alunos do curso a refletirem sobre qualidade de vida e equilíbrio ambiental.
A exposição em Bonito será realizada no atelier da artista plástica internacional Maria Pires, localizado na Rua Luiz da Costa Leite, n. 1053, das 09 às 17 horas, e conta com apoio da própria artista, da Padaria Colônia, e da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação e da Divisão de Cultura.
O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) ocupou a tribuna para mostrar a sua indignação com o crime ambiental cometido por um produtor rural no município de Bonito. O proprietário de uma fazenda desviou o leito do rio e acabou secando uma cachoeira na propriedade vizinha, também cortada pelo Rio Formoso. O caso foi denunciado pelo Ministério Público Estadual.
De acordo com Cruz, o proprietário cometeu um crime ao represar o rio para instalar uma turbina de energia elétrica. "Comprometeu a fauna, a flora e as pessoas que moram e dependem do Rio Formoso para o turismo", destacou o deputado. Ele destacou o fato de Bonito ser referência do ecoturismo para o Brasil e até parte do mundo.
Ele disse que acompanhará o cumprimento das medidas determinadas pelo MPE. Líder do PT, Pedro Kemp, destacou que o meio ambiente é o principal atrativo turístico de Bonito.
A retirada das toneladas de cascalho que foram despejadas ilegalmente no rio Formoso, em Bonito, foi iniciada ontem de forma manual. A informação é do chefe do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Adílio Augusto Valadão de Miranda.
O trabalho deveria ter começado na terça-feira, mas o atraso na chegada de uma retro-escavadeira atrapalhou os planos. O equipamento seria cedido por uma empresa. A incerteza quanto à cessão do equipamento tornou mais viável começar logo o serviço manualmente.
"Vai iniciar a retirada de cascalho manual até que inicie com a máquina", disse o chefe do parque. Seis homens deverão participar do trabalho.
O problema ambiental foi causado pela fazenda América (Agropecuária Rio Formoso Ltda), que pertence ao médico veterinário Luiz Lemos de Souza Brito. Funcionários da propriedade foram flagrados jogando cascalho para obstruir um braço do Rio Formoso, provocando seca de trecho do rio e a morte de peixes e plantas aquáticas. O "fechamento" de braço do rio seria para aumentar o fluxo em outra parte do rio, onde há uma turbina instalada.
A obstrução também provocou a secagem da cachoeira que passa pela Fazenda São Geraldo, em que é feito passeio turístico. A Justiça determinou o desbloqueio do braço do rio e impôs punições por descumprimento. O dono da propriedade que cometeu o crime ambiental é irmão do dirigente ruralista Léo Brito.
O crime fez o MPE (Ministério Público Estadual) ingressar com uma ação cautelar, que foi aceita pela Justiça, determinando o desbloqueio. Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do País e o Formoso seu principal rio.