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Notícias de Bonito MS

Por: Carolina Ramos Costa Alvarenga e Marçal Henrique Amici Jorge

O Brasil abriga aproximadamente 22% das espécies vegetais do planeta, o que significa uma riqueza de biodiversidade inigualável.

O Pantanal é uma planície sedimentar inserida na bacia do rio Paraguai, integrando áreas territoriais do Brasil, Bolívia e Paraguai, a qual é considerada uma das maiores áreas do planeta de alagamento contínuo. Por apresentar uma grande complexidade e diversidade de ambientes, nessa área é encontrada uma vegetação heterogênea que é influenciada por quatro biomas: Floresta Amazônica, Cerrado (predominante), Chaco e Mata Atlântica, com cerca de 1.800 espécies de plantas. O ciclo hidrológico e a dinâmica hídrica da região, representadas principalmente pela alternância de períodos de secas e de cheias, são condicionantes ambientais que garantem a alta biodiversidade e mantém o funcionamento ecológico de toda região. O endemismo é praticamente ausente, provavelmente devido ao fato da planície ser geomorfologicamente recente.

A região possui uma extensa variedade de árvores, arbustos, subarbustos e ervas. Muitas das espécies são utilizadas pela comunidade local para diversas finalidades. Dentre a grande diversidade de espécies encontradas, o cumbaru (Dipteryx alata Vogel, Leguminosa: faboideae), também conhecido por pau-cumbaru, fruta-de-macaco, cumarurana, barujo, coco-feijão, castanha-de-burro, baru e garampara, assume um papel importante, pois além de possuir um alto valor madeireiro.

Na fazenda Nhumirim, pertencente a Embrapa Pantanal, localizada na sub-região da Nhecolândia, foi observado a presença da planta em sua extensão. Através de um levantamdento realizado em janeiro/2008 sobre a distribuição espacial da espécie, utilizando o procedimento sistemático com parcelas de tamanho definido lançadas ao longo de um transecto em quatro linhas da grade ecológica, foram encontrados 27 indivíduos em dois hectares amostrados. Desse total, somente 3 indivíduos apresentaram DAP maior que 10 cm. O restante era plantas em regeneração.

Observou-se que a espécie apresentou distribuição agrupada em determinados tipos de vegetações onde sua incidência foi maior em solos férteis, nas áreas de cerradões e matas.
De acordo com o conhecimento popular local, a planta é muito utilizada na fabricação de mourões para construção e manutenção de cercas, devido ao fato da madeira ser bastante densa e resistente a fungos e cupins. Em razão do crescimento relativamente rápido, da qualidade e da resistência de sua madeira, o cumbaru é muito utilizado em reflorestamentos. O fruto e a semente (amêndoa) são comestíveis, atraindo a fauna de mamíferos (morcegos e roedores) e de insetos (coleópteros). Os bovinos também se alimentam do fruto e das folhas, principalmente na época da estiagem. Sua casca, sementes (óleo extraído das amêndoas) e folhas possuem propriedades medicinais, sendo utilizada na medicina popular e com grande potencial para ser utilizado na indústria de fitoterápicos.

A devastação da vegetação brasileira, em razão da exploração desordenada e sem critérios técnicos, tem colocado em risco de extinção várias espécies de valor comercial. Segundo o IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e IUCN - International Union for the Conservation of Nature and Natural Resources, o cumbaru já consta como espécie ameaçada de extinção nos cerradões do planalto central, embora no Pantanal ainda ocorra com freqüência.

Sendo assim, a Embrapa Pantanal reconhece a necessidade de estudos que contemplem a ocorrência, a propagação e a produção de mudas do Cumbaru, fundamentais para se obter conhecimentos específicos sobre preservação, estabelecimento e utilização econômica da referida espécie, garantindo-se assim recursos para gerações futuras e atingindo a sustentabilidade.

Carolina Ramos Costa Alvarenga (carolcaster@gmail.com) é aluna de graduação da UNILAVRAS, Lavras, MG. Marçal Henrique Amici Jorge (marcal@cpap.embrapa.br) é pesquisador da Embrapa Pantanal, Doutor em Fitotecnia.

O Portal Bonito (www.portalbonito.com.br), principal website de conteúdo sobre a cidade turística de Bonito no Mato Grosso do Sul, foi o vencedor nas categorias Turismo e Mato Grosso do Sul.

Nesta edição do prêmio considerado o "oscar" da internet brasileira, a grande surpresa foi o 1º lugar na categoria Turismo, que concorreu grandes empresas e portais de conteúdo nacionais como Guia Turístico e CVC.

Além do Prêmio iBest 2008, o Portal Bonito já conquistou os prêmios mais três vezes em 2003, 2004 e 2005.

A Polícia Civil de Bonito, a 247 quilômetros de Campo Grande, investiga se o incêndio ocorrido no prédio da secretaria de Turismo de Bonito teria sido causado por um curto-circuito. Essa é a hipótese considerada mais provável, embora não seja descartada uma ação criminosa.

Segundo informações da Polícia Civil, quinta-feira, na parte de tarde, a Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) fez reparos em cabos na rua, em frente ao prédio. Neste período a energia do prédio ficou interrompida e somente foi restabelecida no fim da tarde. O laudo da perícia, que apontará a causa do fogo, deve sair em 10 dias.

Não foi determinado o exato momento em que as chamas começaram, mas vizinhos perceberam o fogo de madrugada. De manhã o incêndio foi controlado, mas o andar térreo ficou totalmente destruído, assim como materiais promocionais e mobiliário, prejuízo estimado em R$ 600 mil. A prefeitura da cidade deve pedir apoio ao governo estadual e Ministério de Turismo. Funcionários conseguiram retirar do pátio uma ambulância e uma kombi.

O prédio está com a estrutura totalmente comprometida, segundo informações do comandante do Corpo de Bombeiros de Jardim, o capitão Fernando Carminato. A laje se soltou por isso o primeiro andar, onde funcionam outras secretarias, também foi interditado.

Agora engenheiros devem avaliar a estrutura para determinar se pode ser feito um escoramento ou se o prédio está condenado.

<P>Foi calculado em cerca de R$ 600 mil o prejuízo causado pelo incêndio ocorrido no município de Bonito, na madrugada de sexta-feira no prédio onde funcionavam a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio, Divisão de Cultura, COMTUR, Departamento de Trânsito, Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Obras da cidade. A informação é do secretário municipal de Turismo de Bonito, Augusto Mariano. </P>
<P>Ainda de acordo com o secretário, só de material de marketing e divulgação o prejuízo chega a R$ 200 mil. "O incêndio destruiu tudo no andar inferior do prédio, móveis, computadores, todo material de trabalho, a sala de reuniões" disse. </P>
<P>Já o andar superior, não houve destruição material, mas o local está interditado até que o Corpo de Bombeiros terminem a vistoria na estrutura do prédio. </P>
<P>Mariano destacou em entrevista a reportagem do Midiamax que os bens são perdas materiais e que o trabalho para a reconstrução do local será imediato. "O turismo de Bonito é muito maior do que este fato e é nesta hora que se reconhecem os grandes administradores. É nisso que estamos trabalhando agora. Vamos buscar o apoio do Governador André Puccinelli (PMDB) e também da Ministra do Turismo Marta Suplicy", disse o secretário. </P>
<P>O incêndio teria começado por volta das 5h30, segundo testemunhas. Ainda não se tem informações de como ele foi iniciado, mas a hipótese de uma origem criminosa ainda não foi descartada.</P>
<P>Bonito </P>
<P>Localizado a 245 quilômetros da Capital, o município de Bonito é reconhecido mundialmente pelas suas belezas naturais, principalmente pela limpidez das águas dos rios e pela beleza da paisagem local. Considerado um paraíso, Bonito oferece aos visitantes um leque de opções esportivas como: rapel, mergulho, trekking, cavalgada, motocross, rafting ou simplesmente a opção de contemplar a natureza.</P>

A antiga idéia de se realizar um congresso técnico itinerante da Abav, separado da Feira das Américas pode se concretizar a partir já do próximo ano. A possibilidade foi admitida por Isa Garbin, superintendente da Abav Nacional, ao afirmar que o assunto será um dos temas em discussão pela diretoria da entidade antes do congresso deste ano.

"É uma possibilidade, mas se vier a ocorrer, a Feira das Américas terá também seminários e palestras. Vamos discutir também sobre a mudança ou não da Feira das Américas para São Paulo e até a idéia de se realizar um ano alternado com o Rio pode ser implementada. Estamos fazendo consultas ao mercado sobre este assunto", disse ela.

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul abre inscrições para a seleção de artistas e grupos de música, teatro, circo e dança para apresentações na 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, que será realizado de 30 de julho a 03 de agosto em Bonito/MS. As inscrições vão até dia 21 de junho.

São dois editais de seleção, que vão contemplar 05 atrações musicais, 02 espetáculos de teatro/circo e 02 espetáculos de dança, com o objetivo de prestigiar a produção musical e das artes cênicas sul-mato-grossenses, inserindo-as no Festival de Inverno.

A Comissão de Seleção avaliará e selecionará os artistas ou grupos inscritos, considerando preferencialmente trabalhos tradicionais da cultura popular sul-mato-grossense; trabalhos autorais e inéditos; trabalhos de pesquisa; criatividade e qualidade técnica da execução, e, no caso das artes cênicas, a proposta cênica (cenografia, iluminação, figurinos, coreografia, qualidade técnica da execução), entre outros.

Os selecionados serão contratados para a realização de uma apresentação durante o Festival de Inverno de Bonito e receberão cachê no valor bruto de R$ 3.000,00.

Para se inscrever, é preciso preencher a ficha de inscrição e apresentar a documentação exigida, conforme os termos do edital. Para as artes cênicas, é preciso também apresentar fita de vídeo ou DVD do espetáculo; currículo do artista/grupo contendo informações quanto à sua formação e atividades culturais (é obrigatório o encaminhamento de matérias jornalísticas, críticas e comentários sobre o trabalho do grupo/artista e/ou sobre o espetáculo); três fotos profissionais diferentes do artista/espetáculo, em CD, no formato jpg (resolução mínima de 300dpi) e proposta detalhada do espetáculo (release, sinopse e rider técnico, descrevendo as necessidades de som, luz e cenário). Para música, é preciso apresentar proposta musical gravada em CD com no mínimo 04 músicas; currículo do grupo/artista contendo informações quanto à sua formação artística e atividades culturais (é obrigatório o encaminhamento de matérias jornalísticas, críticas e comentários sobre o trabalho do grupo/artista e/ou sobre o show); três fotos profissionais diferentes do artista ou do show, em CD, no formato jpg (resolução mínima de 300dpi) e proposta detalhada do show a ser apresentado, contendo resumo, mapa de palco e ficha técnica.

Na música, os espetáculos propostos deverão ter duração média de 45 minutos, podendo ser reduzido para 30 minutos ou prolongado para 60 minutos, dependendo da necessidade do evento. Nas artes cênicas, os espetáculos propostos deverão ter duração mínima de 30 minutos e máxima de 50 minutos com no máximo 15 componentes, somados artistas e técnicos.

Cada grupo/artista poderá inscrever até 3 propostas, que deverão ser encaminhadas em envelopes separados, sendo escolhida apenas uma delas. Não serão selecionados shows (não o artista/grupo) já apresentados em edições anteriores do Festival de Inverno de Bonito.

O edital completo pode ser obtido no endereço da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (Memorial da Cultura - Rua Fernando Corrêa da Costa, 559, 4º Andar - Gerência de Promoção e Difusão de Programas Culturais) ou consultado pela internet no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul do dia 29 de maio ou no site da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (www.fundacaodecultura.ms.gov.br).

Foi realizado esta semana, na Fazenda San Francisco, em Miranda, a 236 km da Capital, um encontro inédito entre pecuaristas do Pantanal Sul e pesquisadores da onça pintada.

Com o tema "Conservação da Onça Pintada e a Pecuária Pantaneira", foram apresentados projetos de conservação da onça-pintada ao setor produtivo da pecuária, entidades de pesquisa e órgãos governamentais. O encontro foi realizado pelo Instituto Pró-Carnívoros e pelo WWF-Brasil, organizações não-governamentais de âmbito conservacionista.

O objetivo é utilizar o conhecimento científico para encontrar alternativas de produção sustentável nas fazendas pantaneiras que levem em conta a preservação do animal. A onça-pintada figura na lista oficial de animais em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e é considerada o maior felino das Américas e o terceiro mais rápido do mundo.

Desde o surgimento das fazendas de pecuária na planície pantaneira no século 19, a onça pintada, e também a parda, vem sendo consideradas pelos fazendeiros uma ameaça, devido à predação do gado. Porém, graças às pesquisas, notou-se que a pintada é a espécie que mais preda o gado. Nos últimos 20 anos, alguns projetos de conservação da espécie vêm sendo desenvolvidos para diminuir o conflito entre produtores e os animais.

Um destes projetos, chamado Gadonça, vem sendo desenvolvido na Fazenda San Francisco; outro projeto, denominado Onça Pantaneira, é desenvolvido na Fazenda São Bento. Os projetos são realizados através de parceria do Instituto Pró-Carnívoros e do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil e buscam entender melhor os diferentes fatores envolvidos na predação de animais domésticos e as possíveis formas de minimizar essas ocorrências.

O biólogo Fernando Azevedo, coordenador dos respectivos projetos, explanou aos participantes sobre a biologia da espécie, comportamento, padrões de predação e impactos sobre a pecuária. Os resultados da pesquisa são usados para buscar alternativas que possibilitem o desenvolvimento das atividades de pecuária paralelamente a conservação da onça-pintada no Pantanal.

O pecuarista Roberto Folley Coelho relatou sobre a experiência da criação de gado e os projetos de conservação da onça pintada em sua propriedade. O evento contou também com palestra de Ivens Domingos, analista de conservação do programa Pantanal para Sempre do World Wildlife Foundation (WWF-Brasil), de Ricardo Boulhosa, da Wildlife Conservation Society (WCS Brasil) e de Rogério Cunha de Paula, do Cenap/ICMBIO.

Participaram também da reunião membros da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), Polícia Militar Ambiental (PMA), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), Embrapa Pantanal, Associação de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Mato Grosso do Sul (Repams), TV Cultura de São Paulo, Cenap/Icmbio, Museu Nacional da UFRJ, Fazenda San Francisco, Fazenda Miranda Estância, Fazenda São José, Fazenda Campo Lourdes, Fazenda São Bento e Fazenda Vale do Bugio.

Segundo Fernando, a reunião foi de grande valia. "Estamos analisando a possibilidade de criarmos estratégias a longo prazo que beneficiem os pecuaristas que optarem pela coexistência pacifica entre produtores e vida selvagem. A preservação da espécie é muito importante para a conservação da biodiversidade", relatou.

Destino turístico

No ano passado, veículos de comunicação nacionais e internacionais, incluindo o The New York Times, tradicional jornal dos Estados Unidos, e o canal de televisão Animal Planet, vieram a Mato Grosso do Sul produzir reportagens sobre o projeto Gadonça, na Fazenda San Francisco.

"Ao longo dos anos recebemos jornalistas e turistas estrangeiros que ficam maravilhados com a biodiversidade do pantanal sul-mato-grossense", disse Beth Coelho, proprietária da fazenda.

Beth afirma que muitos turistas estrangeiros vão até lá motivados pela causa da preservação ambiental e ficam admirados com os projetos de conservação desenvolvidos no Brasil.

De acordo com a World Conservation Union (União Mundial de Conservação), maior e mais importante rede de conservação do planeta, a população mundial de onças pintadas contabiliza aproximadamente 50 mil indivíduos e está prestes a traçar a mesma trajetória dos tigres da China e dos leões da África, que têm uma população bem menor do que as onças e altíssimo risco de se extinguirem.

Retorno

Iniciativas como esta, de aliar pesquisa científica ao ecoturismo, agregam valor ao turismo sustentável e vem se despontando no Estado. Desta forma, Mato Grosso do Sul vai aos poucos se consolidando como destino turístico internacional.

"As pesquisas científicas têm caráter estrutural e decisivo no desenvolvimento do Estado. Exemplos são dados em qualquer área do desenvolvimento e em diferentes nações. Países como Coréia do Sul, Índia e China são poucos exemplos os quais só deram saltos qualitativos de desenvolvimento por terem investido maciçamente em Ciência e Tecnologia. No Brasil, a despeito das dificuldades históricas, temos bons exemplos da Embrapa, na área de agronegócios, o COPPE (que transfere tecnologia para Petrobras) e o ITA, sem o qual não teríamos a Embraer", explica o superintendente de Ciência e Tecnologia da Semac, José Sabino.