Notícias de Bonito MS
O governador André Puccinelli assinou a ordem de serviço para a construção do terminal de passageiros, que será feita pela empresa Dix Empreendimento, de Pernambuco. A construção visa permitir que o aeroporto, que hoje recebe apenas vôos fretados uma vez por semana, aos sábados, passe a operar vôos comerciais diariamente. A previsão é de que a obra seja concluída em 2008. A assinatura aconteceu ontem no gabinete do governador.
Serão investidos R$ 2.141.923 para a construção do terminal de passageiros de 1.520 m², o que permitirá o atendimento de 240 mil passageiros/ano. Os investimentos visam aumentar o número de turistas. Segundo a diretora-presidente da Fundação de Turismo do Estado, Nilde Brum, o fluxo de turistas tem caído em Bonito, principalmente pela falta de um aeroporto.
O aeroporto foi construído em parceira entre os governos estadual e federal. Ele conta com uma pista de pouso tem 2 km de extensão por 30 metros de largura, o que corresponde a exigência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o aeroporto opere comercialmente.
A obra será feita em duas fases. Na primeira serão construídos 760 metros quadrados, com investimento de R$ 1,8 milhão, para permitir a operação de linhas regulares.
O projeto do arquiteto Gil de Camillo é inspirado no formado de um aviãozinho de papel. A informação é da senadora Marisa Serrano que teve a maquete apresentada pelo arquiteto.
Puccinelli quer 16 aeroportos homologados e operando regularmente em Mato Grosso do Sul até 2010. Segundo ele, neste ano será iniciada a construção do aeroporto de Naviraí e os aeroportos de Dourados e o Santa Maria, em Campo Grande, receberão adequações. "Será um avanço espetacular", disse.
Bonito já é referência em ecoturismo, possuindo modelo de gestão ambiental que une os setores público e privado, onde o lema já é há muitos anos o desenvolvimento sustentável.
Hoje, este importante pólo de turismo de Mato Grosso do Sul, intensifica suas ações, desenvolvendo os segmentos de aventura e eventos.
Nesse mundo atual em processo de globalização, onde a competição é intensa, há suscetibilidade de turbulências, como catástrofes naturais, terrorismo, dentre outras coisas. Nesse contexto, o Brasil também tem seus problemas, como "falhas" na infra-estrutura, especialmente no setor aéreo.
Assim, a diversidade de serviços que Bonito (MS) está desenvolvendo não o deixa invencível contra as turbulências, mas proporciona um cenário menos vulnerável a elas. Com uma base sólida, pode-se dizer um digno crescimento sustentável.
Esta diversificação também inclui as artes, onde há um resgate cultural e afloração de novos talentos. Esta manifestação representa uma maturidade de um povo e, aqui trata-se de um importante destino turístico forjando seu caráter.
As pessoas têm a oportunidade de expressar seus sentimentos pela arte, onde até mesmo essa expressão pode ser um negócio lucrativo.
A única representante bonitense na exposição "Panorama - 30 Anos da Divisão do Estado", no Museu de Arte Contemporânea de MS (MARCO), é a Celair Ramos Peralta (Buga), com sua obra Origem, utilizando-se da técnica Assemblage.
A artista é uma dos trinta participantes da exposição e, busca levar sua arte e o nome de sua Cidade além das fronteiras, contando com o apoio da Secretaria de Turismo e Divisão de Cultura de Bonito.
No ano em que Mato Grosso do Sul comemora 30 anos de sua criação, o governo do Estado, por meio da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), em parceria com o Sebrae, realizam um dos maiores eventos de turismo da América Latina: a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul.
O evento, considerado de grande porte, é inédito no Estado e acontece de 18 a 22 de outubro. "São dois eventos em um, que irão divulgar os destinos turísticos sul-mato-grossenses em âmbito nacional e internacional, com o objetivo de tornar-se um dos principais eventos turísticos da América Latina", revela Nilde Brun, diretora-presidente da Fundtur.
Ao longo da Feira e do Salão, serão realizadas diversas atividades como o festival de gastronomia, apresentações de música e dança, mostra e comercialização de artesanato e produtos típicos, além da rodada de negócios. Para isso, operadores de turismo e jornalistas de 15 países foram convidados a participar e conhecer as belezas naturais do Estado.
Estarão presentes também expositores de seis países da América do Sul - Paraguai, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Peru - e de estados brasileiros parceiros de MS, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. Outra atração será a presença de todos os municípios do Estado, que estarão vendendo suas potencialidades através das sete regiões turísticas do Estado: Nova Andradina e Região; Pantanal; Rota Norte; Campo Grande e Região; Bonito-Serra da Bodoquena; Costa Leste e Caminhos da Fronteira.
Durante os cinco dias, o evento irá apoiar a comercialização dos roteiros turísticos do Estado; selecionar os roteiros e produtos a serem apresentado no 3º Salão Nacional de Turismo, em São Paulo, em 2008; fortalecer os roteiros turísticos já existentes e apoiar a formatação de novos; promover a integração entre os municípios participantes; contribuir para a difusão histórico-cultural do Estado; realizar ações de qualificação; divulgar os produtos turísticos no cenário nacional e internacional, fortalecendo a imagem do Estado.
Com expectativa de público diário de 20 mil pessoas, o evento será gratuito e contará com uma estrutura ampla, que reproduz os ambientes naturais da região, fazendo com que o Brasil e o mundo conheçam as riquezas naturais e potencialidades que Mato Grosso do Sul oferece fazendo com que o plaza.
Durante a programação da Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul haverá palestras, minicursos e oficinas destinados a acadêmicos, empresários, poder público e à sociedade em geral.
São 300 vagas para cada palestra, 70 vagas para cada oficina e 15 vagas para cada minicurso. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas somente pelo site www.salaodeturismoms.com.br. Quando as vagas forem preenchidas, as inscrições não estarão disponíveis.
Davos (Suíça) - A indústria do turismo admite ser uma das responsáveis pela mudança climática, fenômeno que pode provocar grandes prejuízos para o setor, e pede ajuda governamental para diminuir seus efeitos.
"Existe uma clara consciência de que o turismo é um dos causadores do aquecimento global e de que suas conseqüências vão nos afetar diretamente", disse à Agência Efe o presidente do Comitê de Membros Filiados à Organização Mundial do Turismo, Carlos Vogeler.
"Mas também está muito claro que nós não somos os principais responsáveis, somos muito menos do que a sociedade pensa", acrescentou.
O Comitê reúne civis, empresas e ONGs que atuam na indústria do turismo.
Segundo um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), a indústria do turismo é responsável por 5% das emissões que causam o aquecimento global.
"Para diminuir os efeitos nocivos ainda é preciso progredir muito, há vontade, mas é preciso transformá-la em ações concretas, e o setor governamental ainda tem muito a fazer", disse Vogeler.
Para atenuar os efeitos das emissões, o especialista defende a criação de parcerias entre os setores público e privado.
"É importante que os Governos trabalhem em todos os níveis junto com a sociedade civil", afirmou.
Uma das estratégias que deviam ser aplicadas, segundo o especialista e também professor da Universidade Juan Carlos I em Madri, é a de se "deixar de pensar em quantidade e começar a se pensar na qualidade daquilo que oferecem, para possibilitar um crescimento ordenado e sustentável".
"Dessa maneira, também se protege o meio ambiente, porque há menos turistas e menos impacto no território", afirmou.
Com relação ao transporte aéreo, visto como um dos mais poluentes, pois gera 75% das emissões totais provocadas pelo turismo, Vogeler aposta em incentivar as empresas a renovarem suas frotas com aviões mais modernos e ecológicos.
"Por isso, pedimos ajuda aos setores públicos", disse, defendendo, porém, a necessidade de não se culpar inteiramente a indústria aeronáutica pelo problema.
"O transporte que mais polui no mundo globalizado é o carro e ninguém fala que é necessário reduzir suas emissões", ponderou.
Segundo relatório da OMM, o transporte terrestre é responsável por 30% das emissões do setor turístico.
Por outro lado, Vogeler pediu consciência global, porque embora a sociedade civil esteja cada vez mais preocupada com o tema, "ainda existem dados que precisam ser combatidos".
"Não estou justificando, mas talvez uma maneira de se resolver o problema seria financiar os pequenos municípios litorâneos para que não recorram a projetos de urbanização como forma de obter recursos", disse.
Com o incremento de 10 mil turistas em Bonito, no feriado prolongado de 11 a 14 de outubro, o secretário municipal de turismo, Augusto Barbosa, estima que o setor deva movimentar R$ 3 milhões em quatro dias.
Ele ressalta que esse cálculo é obtido, levando em conta que cada turista gasta R$ 90,00 por dia, o que ao longo de quatro dias, multiplicado por 10 mil pessoas vinda de Mato Grosso do Sul, Estados vizinhos e do exterior, fica próximo aos R$ 3 milhões, elevando ainda a contratação de mão-de-obra temporária. "Esse período é considerado no calendário como alta temporada, pois pega dois feriados seguidos", explica.
O atrativo mais visitado é Gruta do Lago Azul e o balneário municipal, que conta com quadra de futebol de areia, banheiros, restaurantes, área para estender rede, entre outros.
Segundo o secretário, 80% da rede hoteleira que comporta 4,3 mil pessoas já está reservada, sendo que metade com 60 dias de antecedência e o restante com um mês. Os preços das diárias variam de R$ 15,00 nas pousadas mais simples utilizadas bastante por estudantes até R$ 700,00 nos hotéis de luxo. "A cidade está preparada para receber os turistas", explica.
Com o prefeito de Bonito, José Artur Soares de Figueiredo (PMDB), concorrendo aos prêmios de melhor modelo de gestão turística do Brasil e ainda como melhor destino. A revista Viagem e Turismo já apontou Bonito como melhor destino por cinco vezes seguidas.
Presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nilde Clara Benites Brun disse ontem (dia 5) que com a construção do Aeroporto de Bonito o município vai reaquecer o turismo de eventos, que na região vem registrando quedas justamente pela falta de uma infra-estrutura aeroportuária.
"Já havíamos dectado com os empresários do trade turístico local esta deficiência. Agora, com a ação do governo do Estado, possibilitando a construção do Aeroporto, devolvemos a expectativa de crescimento no setor", disse Nilde Brun, salientando que o turismo de eventos fará a diferença na evolução econômica do Estado.
"O turismo vem ganhando prioridade nas ações do governador André Puccinelli (PMDB), que investe para diversificar a economia de Mato Grosso do Sul e, por isso mesmo, passará a ser o diferencial", disse a presidente da Fundação de Turismo.