Notícias de Bonito MS
Locais como Rio de Janeiro, Búzios, Salvador, Amazonas, Pantanal, Recife, Maranhão e Lençóis Maranhenses foram os destinos mais procurados pelos participantes da 19ª edição do International Tourism and Travel Show, realizado de 26 a 28 de outubro, em Montreal, Canadá.
O Ministério do Turismo, por meio do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) esteve presente na feira, considerada um dos mais importantes eventos de turismo da região de Quebec.
A feira foi uma oportunidade para que profissionais brasileiros ligados a área de viagens e turismo estreitassem laços comerciais e realizassem negócios com os mais de 400 expositores, de 100 países.
O executivo do Escritório Brasileiro de Turismo em Nova York, Miguel Jerônimo, representou a Embratur no evento, que contou ainda com a participação, no estande do Brasil, do Consulado-Geral do Brasil em Montreal, da Tam Linhas Aéreas e da Canandes Tours, operadora de turismo com sede no Canadá.
"A participação da Embratur nestes eventos é fundamental pois a presença institucional do Brasil gera reconhecimento de marca, promoção do destino e contato direto com jornalistas, formadores de opinião e potenciais visitantes, entre empresas e consumidores. Sentimos por parte do público, mídia e empresas um enorme desejo em conhecer mais sobre o Brasil e seus destinos diversos", relatou Miguel Jerônimo.
Por Pedro Correa - Holofote Comunicação
Dois pontos de vistas diferentes revelados por dois grandes empresários do turismo nacional. A Academia Brasileira de Eventos promoveu, ontem, 29 de outubro, no WTC Hotel, mais um importante debate sobre o mercado de viagens no Brasil no seu 10º Seminário. Entre os dois convidados, o consenso de que o Brasil tem muito a crescer, porém, os caminhos que serão percorridos, segundo os palestrantes Guilherme Paulus, da CVC Turismo, e Mauro Schwartzmann, do FAVECC (Fórum das Agencias Especializadas em Contas Comerciais), serão muito diferentes. Se para Paulus não faltou otimismo, Schwartzmann demonstrou muita cautela.
O título da palestra de Guilherme Paulus, presidente do Conselho de Administração da CVC Turismo, já dizia o que estava por vir: "Os desafios e conquistas de um gigante em crescimento". Em sua apresentação não poupou euforia a o analisar o momento do mercado, sempre relacionado às crises. "Em meio a elas. Somos obrigados a criar. E é o que fazemos. Hoje, somos o quinto segmento da economia", disse Paulus. Segundo dados do Ministério de Turismo apresentado pelo palestrante, o turismo movimentou, em 2006, 4 bilhões de reais.
Na visão de Paulus, o turismo familiar está em crescimento e o que é preciso é provocar as pessoas a viajar. "Turismo é varejo. Temos que estar atento ao que acontece no mercado. As pessoas deixam de viajar até para comprarem celulares e computadores. O dinheiro está aí. Crescimento de renda, décimo terceiro salário e o parcelamento. Temos que fazer as pessoas gastarem este dinheiro viajando". Segundo o executivo, entre os atrativos estão as promoções, pacotes de viagens e o investimento em mão de obra. "65% das pessoas que deixam de viajar fazem isso pois foram mal atendidas." O investimento tem dado certo, para o próximo verão a CVC já está com 80% dos 380 mil lugares em seus cruzeiros reservados.
Menos otimista, Mauro Schwartzmann, do FAVECC (Fórum das Agencias Especializadas em Contas Comerciais) apontou seu discurso para a falta de lucratividade do negócio dos agentes de viagens. Responsáveis pela ligação entre os consumidores interessados em viajar e as empresas como hotéis e companhias aéreas, os agentes tiveram um aumento de 30% do volume de trabalho, porém um crescimento real de 3%. "Este crescimento é pífio. As agências precisam diminuir os custos e assumir o papel de consultoras desse mercado para sobreviverem, oferecendo atendimentos personalizados. Em contrapartida, investimos em treinamento e tecnologia", disse Schwartzmann.
Para a queda da rentabilidade do negócio, Schwartzmann apontou as constantes promoções, a crise aérea e a queda do dólar. Para sair dessa situação, ele acredita que "as empresas necessitam buscar ferramentas e valores para onerar as companhias por serviços não remunerados", citando a taxa por bilhetes emitidos em caráter promocional, que hoje demanda tempo das agências, mas com insignificante retorno financeiro.
Em debate entre os palestrantes e convidados ficou clara a opinião de que o turismo merece um maior reconhecimento, já que figura entre os maiores pilares da economia. Segundo dados do Ministério do Turismo, até 2010, a indústria pretende gerar 9 bilhões de reais em divisas, 3 milhões de empregos e garantir a viagem de 75 milhões de pessoas.
O mês de outubro tende a registrar o menor número de focos de calor registrados pelos satélites do Ibama desde 1999, segundo o coordenador do Prevfogo, Márcio Yule. Desde o dia 1º até hoje são apenas 149 focos, contra 220 em outubro do ano passado e 1.154 em setembro último. "Em Corumbá choveu bem acima da média história para este período então houve uma redução drástica dos focos no município", diz.
Por conta da estiagem, setembro foi o mês mais crítico para as queimadas. Yule afirma que na maior parte de Mato Grosso do Sul a situação é tranqüila, mas no pantanal de Paiaguás, região de divisa com o Mato Grosso, o alerta persiste. Há possibilidade, inclusive, de a brigada que atua no Parque da Serra da Bodoquena ser deslocada para lá, para dar suporte às brigadas do Mato Grosso que atuam no combate ao fogo.
Para quem só teve oportunidade de ver jacarés e crocodilos pela televisão, tocar um animal desses e até segurá-lo, posando para fotos, pode parecer utopia ou parte de um roteiro de filme de aventura. No entanto, isso é realidade em uma propriedade localizada distante 230 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em pleno Pantanal da região de Miranda/MS, a fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem vem se transformando em destino turístico de centenas de turistas estrangeiros que correm até lá periodicamente para ver de perto o cultivo, em regime de confinamento, de 12 mil cabeças de jacarés-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare).
Tudo surgiu no final dos anos 80 quando o produtor rural Gerson Bueno Zahdi resolveu investir em pesquisas de reprodução e criação do animal. Depois de desenvolver uma tecnologia própria que gerou o surgimento do jacaré precoce (que é abatido com pouco mais de um ano de idade com até oito quilos de peso), a novidade fez com que um público sedento por aventura e adrenalina não resistisse à tentação de visitar a fazenda para conhecer tudo de perto. Há pouco menos de dois anos, Zahdi e sua esposa, Rosaura Dittmar, não tiveram outra opção a não ser transformar a fazenda em hotel-fazenda.
A fazenda conta hoje com receptivo, restaurante, parque aquático piscina (no formato de um jacaré), pomar, rendário e atividades de acompanhamento da lida com o jacaré e com o gado de corte, potencializando o turismo rural em torno das atividades econômicas ainda consideradas principais (a pecuária bovina e a produção de jacarés em cultivo). "O turismo hoje já corresponde a 10% de nosso faturamento, contra 40% da exploração econômica do couro do jacaré e 50% da pecuária bovina de corte; no entanto, pelo ritmo crescente logo o turismo representará 30% de nossa receita", garante Zahdi.
Na verdade, Zahdi é o único empreendedor rural que desenvolve atualmente o cultivo do jacaré-do-pantanal no Mato Grosso do Sul com devida autorização do Governo Federal. E o fruto de quase 20 anos de trabalho hoje rende projeção nacional e internacional. Recentemente, a Rede Globo gravou cenas para capítulos da novela Alma Gêmea, com a atriz Priscila Fantin. Nestas cenas, a estrela global se inteirou e conviveu com os jacarés de forma muito próxima à qual os turistas também podem fazer.
E a imagem de local paradisíaco, selvagem e de aventura atravessou as fronteiras brasileiras e ecoa em boa parte da Europa. "Posso dizer que hoje 80% do meu fluxo turístico são de europeus, principalmente de países como Holanda, Portugal, França e Bélgica", garante Zahdi.
E para quem acha que visitar a Cacimba de Pedra é apenas "ver" jacarés, com certeza irá se surpreender. Tudo começa com a facilidade de acesso. De Campo Grande até lá são, no máximo, duas horas e meia de viagem de automóvel e sem nenhuma correria. Pega-se a BR-262 até Miranda (200 km); no trevo da cidade dobra-se a direita em direção ao distrito de Agachi. Daí em diante são mais 16 km de estrada asfaltada e outros 11 km de estrada vicinal de terra batida mas em bom estado de conservação. Este percurso também pode ser feito tranquilamente à noite uma vez que a Cacimba de Pedra preocupou-se em instalar uma sinalização noturna em todo o trajeto. É Praticamente impossível se confundir.
Logo no receptivo do hotel-fazenda, os hóspedes são recebidos pela gerente geral Hellen ou, invariavelmente, pelos próprios proprietários: Gerson e Rosaura, ela que cuida mais da administração da atividade turística na propriedade. Esta recepção geralmente passa por uma sopa ou caldo de jacaré. Depois de acomodados em seus apartamentos, os turistas têm opções diversas de atividade, como a visita ao matrizeiro e ao "berçário" ou células de desenvolvimento. No primeiro, ele tem contato bem próximo com os jacarés adultos, de aproximadamente três metros de comprimento. Podem tirar fotos e até alimentar os animais. Na área das células, o visitante acompanha as diferentes fases de desenvolvimento do animal a partir da eclosão dos ovos capturados na natureza - sistema ranching de produção. Neste local os jacarés crescem até por volta de um ano e um ano e meio de idade, quando são abatidos.
Também é possível fazer a focagem noturna de jacarés, um espetáculo fantástico, uma vez que os olhos dos animais refletem com espantosa naturalidade as luzes emitidas por lanternas ou faróis de automóveis. Mas além do jacaré, o turista acompanha também a lida com o gado bovino (são cerca de duas mil cabeças na fazenda) e pode se aventurar em uma farta pescaria, mas com apenas um detalhe: não é permitida a captura dos peixes; todos eles são levados de volta para a água.
De volta à sede da fazenda é hora de matar a fome. O prato principal, como não poderia deixar de ser, é o jacaré. No entanto, ao contrário do que se possa imaginar, sua carne possibilita o preparo de várias e diversificadas iguarias gastronômicas. Isso pelo fato de se aproveitar quase todo o animal: patas, coxas, sobrecoxas, filé da cauda, file ventral, filé dorsal e pescoço. Dos pratos que impressionam podem ser citadas as "patinhas de jacaré" e "iscas de jacaré" (excelentes tira-gosto), jacaré ensopado, o filé grelhado e flambado além do exótico sashimi de jacaré.
O Ministério do Meio Ambiente divulgou o Termo de Referência que destina R$ 5 milhões do Fundo Nacional do Meio Ambiente para realização de projetos e ações de recuperação e conservação da Bacia do Rio Taquari, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Os recursos, proveniente de emendas parlamentares, foram solicitados à Presidência da República pelo senador Delcídio do Amaral (PT/MS), durante audiência realizada há 15 dias no Palácio do Planalto. "Fico contente em saber que o nosso esforço no sentido de sensibilizar o governo federal para a necessidade de se recuperar o Taquari está dando resultado", disse.
O Termo de Referência permite a apresentação de projetos oriundos de instituições públicas das esferas federal, estadual ou municipal, bem como de consórcios intermunicipais.
O documento define os pré-requisitos necessários à apresentação de projetos para a recuperação e conservação da Sub-Bacia do Rio Taquari, com enfoque no apoio às seguintes ações que são: produção de mudas de espécies florestais e frutíferas nativas, apoio e promoção a recuperação de áreas degradadas, as respectivas nascentes e matas ciliares e a adequação ambiental das propriedades rurais, bem como a conservação dos recursos naturais da sub-bacia; desenvolver e implementar programa de capacitação de técnicos, operadores de máquinas e de produtores rurais e campanha de conscientização e sensibilização da comunidade sobre os aspectos associados ao manejo sustentável da Sub-Bacia do Rio Taquari; plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para a Sub-Bacia do Rio Taquari e fomento para criação do Comitê da Sub-Bacia do Rio Taquari.
Já dura mais de uma semana o trabalho para desobstrução do rio Formoso, em Bonito, no trecho em que ele foi bloqueado com cascalho por funcionários da Fazenda América, pertencente a Luiz Lemos de Souza Brito. A determinação foi dada pela Justiça, que estabeleceu ainda multas pesadas se a decisão for descumprida.
A desobstrução do rio, que chegou a secar no trecho fechado, começou a ser feita manualmente, na segunda-feira passada (22 de outubro), e desde quarta-feira o trabalho passou a ter a ajuda de duas máquinas. Havia a previsão de que o trecho fosse completamente liberado no fim de semana passado, mas isso não foi possível.
O representante do Ibama, Adílio Valadão de Miranda, que administra o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, onde fica parte da fazenda, disse embora a vazão do rio já esteja quase que normalizada ainda é preciso mais intervenções para retirar mais cascalho e também para que proteger a margem do rio, para que, quando a vazãol aumentar, a terra não seja levada para o leito do Formoso. Sete pessoas e duas máquinas estão trabalhando no local. Miranda acredita que só no feriado de Finados o trabalho seja finalizado.
O crime - A obstrução do rio, com o uso de cascalho, foi descoberta por funcionários da fazenda São Geraldo, vizinha à América, depois que uma cachoeira secou na propriedade, usada como atrativo turístico da região. Peixes morreram por causa da falta de água no trecho. O fazendeiro represou a água.
O MPE (Ministério Público Estadual) foi acionado e entrou na Justiça contra o fazendeiro, conseguindo a decisão que determinou a desobstrução e ainda uma série de medidas de proteção à natureza. A fazenda América está no entorno de 10 km do Parque Nacional da Serra da Bodoquena considerado borda de proteção da reserva.
Luiz Brito firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPE que prevê a doação de 400 hectares de sua fazenda ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
O governador André Puccinelli reuniu-se na manhã de ontem (29) com representantes da América Latina Logística (ALL), do grupo Great Brazil Express e da Ferroeste para dar os últimos encaminhamentos a respeito do Trem do Pantanal.
Na reunião, ficou definido que a primeira fase das obras começa no trecho Aquidauana/Miranda e que deverão ser disponibilizados mais três vagões. Inicialmente o trem possuía cinco vagões. Foi discutido ainda o cronograma de obras. O governo do Estado se comprometeu em entrar com a operação do Trem no menor prazo possível e manter os esforços de menos entraves burocráticos para a realização do projeto.
Estiveram presentes na reunião o secretário de Governo, Osmar Jeronymo; o secretário de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros; o secretário de Obras Públicas e Transporte, Edson Giroto e a diretora-presidente da Fundação de Turismo, Nilde Brun.