Notícias de Bonito MS
Policiais Militares Ambientais de Bonito apreenderam domingo (06) uma motocicleta e duas tarrafas, que estavam sendo utilizadas por três pescadores no rio Miranda. Ao perceberem a aproximação dos policiais, os pescadores fugiram em duas motocicletas e abandonaram a Honda CG 125, placa HSP-7853 de Nioaque, que estava mais afastada.
Na garupa e próximo à motocicleta, os policiais encontraram duas tarrafas que foram apreendidas. Os pescadores, conforme a Polícia Militar Ambiental (PMA), ainda não tinham conseguido capturar nenhum peixe. O material e a motocicleta foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Bonito, que se encarregará de localizar o proprietário da moto e também identificar os outros dois pescadores.
De acordo com a PMA, os pescadores irão responder por crime ambiental e poderão pegar pena de um a três anos de detenção. Além disso, serão autuados administrativamente. A multa prevista pela legislação é de R$ 700,00 a R$ 100 mil.
As onças não são vistas apenas como uma ameaça para o gado na Fazenda San Francisco, no Pantanal de Miranda. Desde janeiro de 2003, funciona naquela fazenda o projeto Gadonça que consiste na captura das onças para colocação de rádios transmissores nos animais com o objetivo de monitorar a espécie e identificar as melhores formas de prevenir com que ocorra a predação do gado e de outros animais domésticos.
Para tanto, conforme o site da fazenda, trabalham uma equipe com biólogo, veterinário e um antigo caçador e seus cachorros. A onça-pintada está na lista de animais em extinção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).
Naquela fazenda de 14.800 hectares ocorre a criação de gado das raças Montana e Nelore; além da produção de arroz e o Agro-ecoturismo. A distribuição da área é feita da seguinte maneira: 7.500 ha de reserva florestal; 3.300 ha de pecuária; e 4.000 ha de lavoura.
A iniciativa de preservação das onças foi destaque no primeiro dia do ano em reportagem no The New York Times, mais conhecido jornal dos Estados Unidos.
Pesquisas recentes apontam que milhares de espécies animais e da flora foram extintas nos últimos cem anos. Boa parte dessas espécies, que poderiam fornecer informações sobre o meio ambiente ou revelar o segredo da cura para doenças, jamais será conhecida pelas próximas gerações.
Outras espécies, por sua vez, devido à redução das florestas e ao progresso já estão ou correm o risco de extinção. Pesquisas se multiplicam pelo Brasil para tentar salvar o que resta da natureza.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas em parceria de colaboração com a Prefeitura Municipal elaborou um inventário de dados tomados como preliminares para a descrição da região das unidades de conservação do Jupiá e do Parque das Capivaras.
TAMANDUÁ-BANDEIRA, SERVO DO PANTANAL
Durante os trabalhos de campo, a professora doutora Maria José Alencar Vilela do Departamento de Ciências Naturais conta que foram encontrados exemplares de espécies animais que estão em risco de extinção, além de ter sido identificadas uma rica vegetação, com espécies antigas e típicas do Cerrado. Tamanduá-bandeira, Servo do Pantanal, macaco-bugio e macaco-prego são alguns dos animais encontrados por lá.
Há ainda outros animais, como capivaras e antas. No levantamento preliminar foram identificadas no Parque das Capivaras mais de 100 espécies de aves.
De acordo com a professora doutora Maria José Alencar Vilela, as áreas ainda não foram reconhecidas como unidades de conservação pelo Ibama e dependem para isso da elaboração e aprovação do Plano de Manejo.
PLANO DE MANEJO
Atualmente, estão sendo discutidas políticas para a preservação dos parques. No final do ano passado o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) se reuniu para debater o assunto.
Entre as preocupações do órgão está a implantação de políticas de preservação dos parques naturais que diminuam os impactos ambientais provocados pelo progresso de Três Lagoas e a efetiva gestão dos recursos naturais ainda existentes.
A Universidade tem contribuído para os trabalhos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e sociedade local com a realização das pesquisas. De acordo com a professora doutora Maria José, a parceria de colaboração também é importante por causa do envolvimento dos acadêmicos, que poderão desenvolver suas pesquisas e ampliar os seus conhecimentos.
O Ministério do Turismo, após considerar o turismo de aventura um segmento prioritário para investimentos no setor, criou em 2006, o Programa Aventura Segura. A ação com duração de 36 meses, terminará em dezembro deste ano e irá certificar 225 empresas e aproximadamente 1,5 mil condutores até o final de 2009. O programa também tem ensinamentos de busca e salvamento.
"Essa mobilização já evidencia uma preocupação com a segurança e, principalmente, com o consumidor", disse Israel Waligora, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA).
Apesar do país ainda não possuir nenhuma empresa ou profissional com a certificação do Ministério do Turismo, a Abeta preparou uma série de dicas que os consumidores devem seguir para reduzirem os riscos de suas viagens. "Vale a pena seguir algumas orientações para que o passeio não se torne um programa arriscado demais", alertou Waligora
Dicas - Entre os alertas apontados pela Abeta estão a preocupação com seriedade da empresa ou do autônomo que se está contratando. É importante também verificar se os responsáveis pelas viagens seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e se dispõem de seguro. Além disso, o uso de equipamentos de segurança e o respeito às normas estabelecidas para a realização das atividade são essencial.
Outras dicas da Abeta focam a importância do viajante saber o seu limite, dele se hidratar com frequência, além de levar consigo equipamentos para sobreviência durante os dias de duração da aventura. Mais um importante alerta é: Nunca vá sozinho.
Os 16 destinos turísticos nacionais priorizados nesta fase do Programa Aventura Segura são: Rio de Janeiro, Fortaleza (CE), Bonito (MS), Chapada Diamantina (BA), Chapada dos Veadeiros (GO), Florianópolis (SC), Vale Alto Ribeira (SP), Serra do Cipó (MG), Foz do Iguaçu (PR), Serras Gaúchas (RS), Brotas (SP), Serra dos Órgãos (RJ), Socorro (SP), Manaus (AM), Recife (PE) e Lençóis Maranhenses (MA).
Mato Grosso do Sul mais uma vez se destacou na imprensa mundial. No primeiro dia do ano foi publicada uma reportagem no The New York Times, tradicional jornal dos Estados Unidos, sobre um projeto de conservação de onças-pintadas desenvolvido em fazendas pantaneiras.
A onça-pintada figura na lista oficial de animais em extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e é considerada o maior felino das Américas e o terceiro mais rápido do mundo.
A jornalista J. Madeleine Nash visitou a Fazenda San Francisco, localizada em Miranda, em dezembro passado e se encantou com a beleza da região. "Ao longo dos anos recebemos jornalistas e turistas estrangeiros que ficam maravilhados com a biodiversidade do pantanal sul-mato-grossense", disse Beth Coelho, proprietária da fazenda.
Beth afirma que muitos turistas estrangeiros vão até lá motivados pela causa da preservação ambiental e ficam admirados com os projetos de conservação desenvolvidos no Brasil. Na edição do New York Times de 1º de janeiro de 2008, a jornalista norte-americana ressalta a importância do projeto Gadonça, iniciado em 2003 através de uma parceria entre a organização não-governamental Pró-Carnívoros e a Fazenda San Francisco, que visa avaliar os impactos decorrentes da predação do gado pela onça pintada e pela onça parda.
"É um projeto inovador que está rendendo bons frutos, tanto para a vida selvagem, quanto para os proprietários rurais", afirma o biólogo Ricardo Luiz da Costa, atual coordenador do projeto. "Os animais são monitorados através de rádios transmissores, assim, nós podemos identificar as melhores formas de prevenir a predação do gado e de animais domésticos."
O projeto envolve ainda a conscientização de produtores rurais no âmbito conservacionista e realizando palestras para turistas explicando a importância da preservação da vida selvagem no pantanal.
De acordo com a World Conservation Union (União Mundial de Conservação), maior e mais importante rede de conservação do planeta, a população mundial de onças pintadas contabiliza aproximadamente 50 mil indivíduos e está prestes a traçar a mesma trajetória dos tigres da China e dos leões da África, que têm uma população bem menor do que as onças altíssimo risco de se extinguirem.
Retorno
Iniciativas como esta, de aliar pesquisa científica ao ecoturismo, agregam valor ao turismo sustentável e vem se despontando em Mato Grosso do Sul. Projetos como o Arara Azul, entre outros, constantemente são noticiados em jornais, revistas e na televisão em âmbito nacional e internacional. Desta forma, Mato Grosso do Sul vai aos poucos se consolidando como destino turístico internacional.
A reportagem do The New York Times pode ser visualizada no link: www.nytimes.com/2008/01/01/science/01jag.html?pagewanted=1&_r=1&ref=science
O MEC (Ministério da Educação) liberou R$ 5 milhões para a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) por meio do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Segundo o reitor da instituição, Manoel Catarino Paes Peró, os recursos serão empregados nas obras de infra-estrutura de implantação dos campi de Ponta Porã, Naviraí e Bonito. A expectativa é de que os cursos já sejam incluídos no vestibular de inverno da instituição em 2008.
Em Ponta Porã serão implantados os cursos de graduação em Matemática e Sistema de Informação, em Naviraí Pedagogia e em Bonito turismo e Biologia. Cada curso terá 50 vagas e, segundo Peró, há negociações para ampliação em dez vagas em cada cadeira.
O reitor explica que cada campus a ser implantado terá depois da implantação inicial anfiteatro, biblioteca, salas de aula, laboratórios de informática, salas de professores e complexo administrativo.
Peró explicou, ainda, que os professores que irão para os novos campi ainda não estão incluídos nesta liberação do Reuni. A meta é de outra liberação para docentes no segundo semestre. No fim deste ano foi completa a grade de servidores para Nova Andradina e Chapadão do Sul, com dois professores e dois técnicos para cada unidade.
Pós graduação - A produção científica foi determinante para a redução de notas dos cursos de pós-graduação scrito sensu na UFMS junto à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), na opinião do reitor Peró. Ele explica que, mesmo diante da imposição de três notas 2, a oferta dos cursos de pós melhorou, passando de seis para 20 nos últimos sete anos.
Além da quantidade, Peró aposta que vai haver melhoria na qualidade dos cursos, com a renovação do acervo bibliográfico da instituição. Em 2008 deve ser inaugurada a nova biblioteca do campus de Campo Grande, com 16 mil novos títulos. "Em nível nacional, a UFMS está entre as melhores do País e é a segunda em pesquisa no Centro-Oeste".
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) prevê liberar hoje, 3 de janeiro, o tráfego de veículos na ponte de madeira sobre o rio Mimoso, localizado na MS-345 - no entroncamento com a BR-419, na região conhecida como Km 21, em Bonito.
A ponte está interditada desde o dia 20 de dezembro para obras de reforma, com o tráfego sendo liberado a cada três horas.