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Notícias de Bonito MS

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), sinalizou, nesta quinta-feira, o interesse em retomar um debate polêmico: o da flexibilização das áreas que podem receber usinas de transformação de cana-de-açucar no Estado. Ao lançar a primeira etapa do Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul, em 11 municípios da Bacia do Pantanal, Puccinelli discursou afirmando que o estudo, uma espécie de mapa do solo e do clima da região, vai ser um instrumento de "indução ao crescimento" estadual, e sugeriu a retomada do tema dizendo que "quem sabe a Bacia do Paraguai, quem sabe o Planalto, não possam receber eventualmente a cultura de cana".

Uma lei estadual e uma resolução do Conama (Conselho Nacoinal do Meio Ambiente), da década de 80, impedem que usinas de transformação da cana sejam instaladas tanto no Pantanal como no Planalto na região Norte do Estado, que embora não seja região pantaneira, contém rios que abastecem esse bioma. A proibição tem base no risco de que empreendimentos do tipo possam contaminar as águas desses rios e, por conseqüência, chegar até a planície pantaneira.

Em 2005, houve uma tentativa de mudar essas regras no Estado, e o barulho foi grande. A proposta veio do então secretário de Produção, Dagoberto Nogueira, hoje deputado federal, e provocou a revolta dos ambientalistas. Não chegou a ir a votação, mas causou comoção, depois da morte do ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Franselmo, que ateou fogo ao próprio corpo, durante um ato contra a proposta.

Ao falar do tema, esta manhã, Puccinelli fez menção indireta ao episódio. "MS não quer mais ter ícones imolados em praça pública", afirmou no discurso de lançamento da primeira parte do Zoneamento Agroecológico.

Temor - Coordenador do estudo, o pesquisador da Embrapa Solos do Rio de Janeiro Nilson Rendeiro Pereira, afirmou esta manhã que existe uma preocupação dos estudiosos na liberação de instalação de usinas na região do Planalto, em relação à proteção do Aqüífero Guarani, maior reserva subterrânea de água potável do mundo, que tem 25% de sua área no Brasil em Mato Grosso do Sul. São áreas, conforme Rendeiro, de maior fragilidade, e por esse motivo merecem cuidado especial.

Existe, na linguagem dos pesquisadores, uma mancha de terra que perpassa seis municípios sul-mato-grossenses, nessa região de Planalto, onde ficam as chamadas áreas de recarga do aqüífero, com solo poroso, que absorve rapidamente a chuva, e por isso garante reabastecimento do reservatório. Justamente por ser poroso, esse solo também absorveria qualquer substância que representasse risco, como alertam os pesquisadores.

"Zoom" - Ao explicar o Zoneamento Agroecológico, que teve a primeira etapa lançada hoje, o pesquisador disse que se trata de um "zoom" que estratifica melhor o ambiente, ao estudar, numa escala bastante detalhada, o solo e o clima da região estudada.

Com isso, a intenção é municiar produtores, pesquisadores e autoridades que lidam com a produção rural no Estado de informação, um insumo básico para o direcionamento da produção agrícola moderna. Com isso, conforme a avaliação da secretária de Produção, Tereza Cristina Correa da Costa, os produtores têm menos chances de errar na hora de decidir o que e quando plantar.

Na avaliação da secretária, até os bancos poderão usar as informações na hora de definir os seguros agrícolas. Com mais exatidão nas informações, os erros ficariam mais raros e, portanto, os seguros seriam menos acionados e a tendência seria que eles ficassem mais baratos.

Políticas de incentivo fiscal do governo também podem ser beneficiadas, conforme a secretária. Ela citou o exemplo do interesse de incentivar o plantio de florestas de eucaliptus. O zoneamento, observou, vai ajudar o estado a definir onde esse incentivo fiscal deve ser amplicado.

Por enquanto, o trabalho está pronto em 11 municípios, de um total de 33 dessa primeira fase. Os outros devem ter o levantamento pronto até janeiro e para o restante do Estado não há prazo.

Conforme a secretaria, a demora se explica pela falta de pesquisadores disponíveis para tocar o estudo de uma vez. A escala estudada é a mais detalhada já realizada no Estado e no País, conforme os responsáveis. Ela é de um para mil. Ou seja, a cada centímetro que constará dos mapas, serão representados mil metros em escala real.
Essa parte do estudo já concluída tem custo de R$ 1 milhão. A previsão de publicação do estudo completo é para 2009. O trabalho foi iniciado em 2004, no governo Zeca do PT, ficou parado, e foi retomado este ano, na administração do PMDB.

A criação do Conselho Deliberativo do Parque Nacional do Pantanal é tema de um encontro em Corumbá entre representantes da Prefeitura e da Superintendência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A reunião acontece no dia 12 de novembro, a partir das 9h, no auditório do Hotel Nacional, e contará com a presença de representantes de órgãos ligados à questão.

Esta será a primeira reunião para formação do conselho, assunto amplamente abordado durante um encontro realizado em julho na cidade, com a participação do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira e de representantes do Governo do Estado, Ibama, Ministério Público e do trade turístico.

Na ocasião, o assunto em questão foi justamente uma gestão compartilhada dos recursos naturais do parque, localizado na divisa de Mato Grosso do Sul com o Mato Grosso. A reunião abriu uma nova fase da discussão, principalmente pela decisão conjunta entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso de implantar o conselho consultivo, a ser formado por setores governamentais e entidades dos dois estados.

Grande parte da área da zona de amortecimento do Parque Nacional do Pantanal está em território pertencente a Corumbá. Segundo o secretário-executivo de Meio Ambiente de Corumbá, Ricardo Eboli, a implantação do colegiado permitirá, através do exercício de suas competências legais, "a proposição de diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a relação com a população do entorno ou do interior da unidade", destacou.

Além disso, o conselho terá também a tarefa de acompanhar a implementação e revisão do Plano de Manejo, garantindo caráter participativo e o uso racional dos recursos naturais da região.

A revista de bordo de uma grande companhia aérea nacional traz, na edição deste mês, um registro dos encantos da fauna e dos belos cenários de Bonito e do Pantanal. A publicação, disponível para os passageiros em todas as aeronaves desde o dia 1º de novembro, mostra um pouco de Mato Grosso do Sul na página final, na seção "Fui de Gol".

A cada edição, o espaço mostra fotos e legendas produzidas por pessoas famosas (da artes, da mídia, dos esportes) durante viagens pelo Brasil e pelo exterior. Dessa vez, quem faz o relato é o repórter de TV Richard Rasmussen, conhecido pelo estilo aventureiro. Em Mato Grosso do Sul, ele registrou mais uma viagem em que aproveita a paixão pela aventura para ganhar a vida. Em Bonito, a Gruta do Lago Azul é mostrada como exemplo de generosidade da natureza.

Na estrada-parque no Pantanal Sul, o repórter diz que ali "é fácil ter orgulho de ser brasileiro". Na passagem pelo rio Miranda, ficou registrada a pesca de um imenso Dourado, e na Fazenda e Refúgio Ecológico Caiman, o aventureiro colocou em prática seu lado peão, aprendendo a tocar uma boiada.

Propostas de ações para recuperação do baixo e médio curso do rio Taquari serão apresentadas no próximo dia 13 de novembro ao Governo do Estado por uma comissão integrada por representantes da Prefeitura de Corumbá, Administração da Hidrovia do Rio Paraguai (Ahipar), Embrapa Pantanal, Sindicato Rural de Corumbá e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus Pantanal. O encontro será realizado no Sindicato Rural de Corumbá, a partir das 20h.

Segundo o secretário-executivo de Meio Ambiente de Corumbá, Ricardo Eboli, integrante da comissão, estão sendo analisadas as possíveis intervenções, principalmente na calha do rio e mata ciliar do Taquari, além da promoção e manutenção da capacidade produtiva da região.

"São propostas concretas para revitalização do médio e baixo Taquari, garantindo sua navegabilidade, recuperação da mata ciliar e fomento da atividade produtiva e econômica sustentáveis da bacia, desenvolvida pelos moradores da região", afirmou.

As propostas serão apresentadas aos representantes do Governo Estadual para que ele se torne parceiro de Corumbá na elaboração de um projeto definitivo de intervenção na bacia. Também devem participar do encontro o secretário de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e da Tecnologia, Carlos Alberto Menezes; superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Ricardo Machado Gonçalves, além do superintendente das Cidades, Sérgio Yonamine.

A intenção dos integrantes da comissão é, a partir da adesão do Governo do Estado e também da bancada federal sul-mato-grossense, apresentar o projeto à comissão interministerial criada pelo presidente Lula, que está tratando das questões relacionadas ao Taquari.

A situação tem preocupado o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, que já orientou sua equipe ligada à pasta de Desenvolvimento Sustentável, para, junto com organismos da região, definir estratégias capazes de solucionar o sério problema ambiental, social e econômico causado pelo assoreamento do Taquari.

Para o prefeito, o quadro atual justifica um esforço concentrado, com a participação de toda a sociedade, para minimizar e reverter a atual situação. Ruiter esteve na região na ultima terça-feira (6) e, na viagem de avião, observou atentamente o problema causado pelo assoreamento, que refletiu diretamente na comunidade ribeirinha.

Segundo Ruiter, todos os segmentos de pesquisa, extensão rural e agropecuário; órgãos ambientais das três esferas de governo; proprietários rurais; pescadores, entre outros, devem definir conjuntamente ações imediatas não só de recuperação, mas também de manutenção da bacia hidrográfica do Taquari.

Desde o dia 05, a equipe do GEF Rio Formoso está reunida para avaliar os trabalhos já desenvolvidos pelo Projeto no município de Bonito. Durante o encontro também será traçado o plano de ações a ser executado em 2008.

Na segunda-feira a representante do Banco Mundial, Judith Lisanski se reuniu em Campo Grande com o coordenador geral do GEF Rio Formoso, Heitor Coutinho e com representantes das instituições parceiras do Projeto para fazer um balanço das ações executadas durante o ano de 2007

Desde terça-feira a equipe do GEF Rio Formoso se encontra em Bonito, onde participa da I Reunião Técnica do Projeto intitulado "Rio Formoso: Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica e Proteção da Biodiversidade". Durante o encontro que acontece no Hotel Pousada Águas de Bonito, os coordenadores de cada um dos três componentes do Projeto mostram os resultados dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos ao longo deste ano.

Hoje, após um debate serão feitos os encaminhamentos visando à elaboração do Plano de Orçamento Anual (POA 2008).

De acordo com o coordenador geral do GEF Rio Formoso, Heitor Coutinho a Reunião Técnica é uma oportunidade de reunir os principais técnicos executores, assim como membros da comunidade direta ou indiretamente afetados pelo Projeto, e nivelar a todos quanto às atividades em desenvolvimento, propiciando debates sobre metodologias empregadas no projeto e apontar correções de rumo porventura necessárias para que as metas sejam atingidas. "As informações coletadas no evento serão de grande importância para o planejamento das ações no próximo ano", comenta Heitor.

Para finalizar a programação, no dia 9 de novembro o Comitê Deliberativo do Projeto se reúne para tratar de várias questões, entre elas a apresentação dos novos integrantes do CDP e a estratégia de formulação do POA para 2008.

Informações sobre o projeto- O GEF Rio Formoso foi iniciado oficialmente em 2005 e atua para a conservação da biodiversidade da Bacia hidrográfica do Rio Formoso, por meio do manejo sustentável do solo e da água.

Com as ações do Projeto serão criadas alternativas sustentáveis para o desenvolvimento das atividades econômicas do município (agropecuária e turismo), com a participação direta da comunidade sem degradar o meio ambiente e visando sempre a sua recuperação.
O Projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro) e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande - MS), Agropecuária Oeste (Dourados - MS) e Pantanal (Corumbá - MS). Também são executoras do projeto a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (FCR).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), Instituto de Ensino Superior da Funlec (IESF) e apoio técnico e institucional do Ibama.

A Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) aprovou um projeto para a projeção internacional do eco-turismo de Campo Grande, como informou nesta terça-feira (dia 6) o secretário municipal de Campo Grande de Fomento ao Agronegócio, Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia, Rodolfo Vaz de Carvalho.

"O projeto foi viabilizado numa parceria com o Estado de Pernambuco, divulgando as praias do Nordeste e o Eco-Turismo do Centro-Oeste, capitaneado por Campo Grande", disse Rodolfo Vaz de Carvalho, destacando que a Embratur deverá investir recursos na ordem de R$ 1,5 milhão no trabalho de divulgação e projeção do eco-turismo campo-grandense.

"O primeiro trabalho deste projeto acontece agora no período de 11 a 15 deste mês durante a WTM, uma feira internacional de turismo que será realizada em Londres, na Inglaterra", disse o secretário municipal.

Três técnicos da Fundação de Turismo (Fundtur) vão promover Mato Grosso do Sul na World Travel Market (WTM) em Londres, Inglaterra, com um módulo dentro do estande da Embratur. Um decreto publicado ontem (6) no Diário Oficial autoriza os servidores a se ausentarem do País.

A participação do Estado visa fomentar e consolidar a venda do destino Mato Grosso do Sul, proporcionar melhores alternativas para a conquista de novos clientes no exterior, bem como estreitar relacionamento com os países presentes. A finalidade é promover e divulgar as riquezas de nosso Estado, como Pantanal, Bonito - Serra da Bodoquena e Campo Grande (roteiros priorizados pelo Ministério do Turismo), incentivando a comercialização de seus produtos turísticos para a promoção do desenvolvimento sustentável. É uma excelente oportunidade de promoção/divulgação institucional e reforço de contatos empresariais entre diversos setores.

A World Travel Market (WTM) acontece de 12 a 15 de novembro e é uma das maiores feiras internacionais de turismo do mundo. A WTM é um evento anual que oferece oportunidade a toda a indústria profissional do turismo mundial de se reunir, estabelecer contatos, negociar e estar por dentro das últimas tendências do turismo.