imagem do onda

Notícias de Bonito MS

As negociações, estudos e obras para a volta do trem do Pantanal já estão em andamento. A previsão é que o trecho Aquidauana/Miranda esteja funcionando no início de 2009.

O trecho Aquidauana/Miranda vai servir de ponte para dois destinos principais no estado: Bonito e Pantanal. A expectativa é transportar cerca de 400 pessoas por semana. Para isso é preciso preparar a comunidade para recebê-los. Em meados de abril deve começar o trabalho envolvendo a comunidade e preparar a estrutura de restaurante, hotel, artesanato e variedade de produtos para os turistas.

A Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP) também está trabalhando para reformar as estações ferroviárias, inclusive com a construção de sala vip, conforme a necessidade da operadora.

Ao contrário de outros trens turísticos, o trem do Pantanal terá vagões para atender vários tipos de público. Ainda não há previsão do custo da passagem que deve ser definido até outubro, quando o trem será lançado na Feira da Abave no Rio de Janeiro. Mas haverá variedade de tarifas, com a fixação de uma especial para os sul-mato-grossenses.

A pedido do senador Delcídio do Amaral (PT/MS), o Grupo Interministerial que cuida das ações de recuperação do Rio Taquari vai se reunir sexta-feira, 4 de abril, com autoridades, ambientalistas, lideranças políticas e empresariais de Corumbá. O encontro acontece às 11h, na sede do Sindicato Rural do município.

"Será uma ótima oportunidade para que o GIT Taquari, vinculado à Presidência da República, faça um balanço de tudo o que já foi feito até agora e discuta as ações desenvolvidas no Programa, que interessam diretamente a toda população de Corumbá e Ladário", avalia o senador.

Os estudos já foram concluídos, com o diagnóstico dos problemas ambientais, sociais e econômicos causados pelo assoreamento no Rio Taquari, um dos mais importantes do Pantanal.

"Conseguimos incluir no Orçamento da União para 2008 recursos financeiros que serão utilizados na recuperação do rio. Agora que o Orçamento foi aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula, a hora é de lutar pela liberação dos recursos para que as intervenções comecem imediatamente. A situação de degradação do Taquari é tão grave que não se pode esperar", alerta Delcídio.

Já se encontra na Câmara dos Deputados, o projeto sobre a Lei Geral do Turismo. O documento foi encaminhado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva na última quinta-feira. O projeto dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências.

O projeto recebeu o nº 3118/2008 e ainda não foi distribuído às comissões. Na exposição de motivos, assinada pela Ministra do Turismo, Marta Suplicy, ressalta que: "O turismo é uma atividade multifacetada que se inter-relaciona com diversos segmentos econômicos e demanda um complexo conjunto de ações setoriais para o seu desenvolvimento".

Segundo a ministra, a consolidação de um ambiente ideal para o desenvolvimento da atividade turística de forma plena demanda "irá permitir o aperfeiçoamento da regulamentação da atividade, bem como aumentar a inserção competitiva do produto turístico no mercado nacional e internacional e proporcionar condições favoráveis ao investimento e à expansão da iniciativa privada", afirmou.

Com o objetivo de ampliar o número de profissionais melhor capacitados para o setor, a Câmara Técnica de Qualificação, realizou no dia 27 desse mês, no hotel San Marco, em Brasília, sua primeira reunião com certificação profissional. "Queremos que o profissional veja a certificação como um diferencial a mais em seu trabalho", afirmou o diretor do Departamento de Qualificação, Certificação e Produção Associada ao Turismo do MTur e coordenador-técnico da Câmara, Diogo Demarco.

Segundo o diretor, a certificação é a forma de estimular melhorias no setor. "Por meio da certificação o trabalhador será beneficiado, já que estará mais habilitado e, consequentemente, os estabelecimentos terão mais qualidade de atendimento", acrescentou.

A certificação avalia as habilidades, conhecimentos, qualidade dos equipamentos e os serviços turísticos. Desde 2003, o Ministério do Turismo aposta em programas de capacitação e certificação para pessoas, produtos e empreendimentos nos segmentos do turismo, mais especificamente em turismo sustentável, turismo de aventura e competências profissionais. No início de março, a parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), permitiu liberar a todo o trade as normas técnicas de normalização das diferentes modalidades de turismo.

Pesquisa concluída este mês, pela Embrapa Pantanal, em Corumbá, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, revela que a maioria dos méis silvestres produzidos na fazenda Nhumirim, no Pantanal da Nhecolândia, no período de 2006 a 2007, apresentaram padrões de qualidade compatíveis com as normas estabelecidas pela legislação em vigor.

O coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa Pantanal, Vanderlei dos Reis, explica que esses dados são relevantes, pois foram obtidos através de análises químicas e sensoriais, que reforçam a excelente qualidade do mel silvestre obtido na região. Ele ressalta que a produção apícola na fazenda Nhumirim foi realizada em caráter experimental e que a Embrapa Pantanal não comercializa mel, atuando com ênfase nas pesquisas e na transferência de tecnologia sobre apicultura.

Reis disse que o principal destaque dos parâmetros analisados diz respeito ao baixo teor de umidade encontrado em todas as amostras e explica que esse dado revela o adequado tempo de validade dos produtos obtidos, já que o baixo teor de umidade propicia condição desfavorável ao crescimento de microrganismos que o deteriorariam.

Outro resultado positivo, salientado pelo estudioso, foi o baixo teor de HMF (hidroximetilfurfural), uma substância formada naturalmente, durante o processo de armazenamento do produto, em função da desidratação da frutose do mel, e que pode alterar o valor nutricional desse produto apícola. "Esse dado indica que o transporte e o armazenamento do mel foram conduzidos de forma adequada em relação às condições climáticas da região, que de forma geral, são muito quentes e que poderiam afetar na qualidade do mesmo. Além disso, vale informar que em méis adulterados o HMF apresenta teor elevado, em função da adição de xarope de milho ou beterrada", explica Reis.

O pesquisador destaca ainda que o teor de minerais encontrado nas amostras analisadas confirma que a produção foi realizada numa área geograficamente "limpa", ou seja, isenta de contaminação por metais pesados. "O conteúdo de minerais gera dados inéditos, que poderão auxiliar na classificação do mel do Pantanal, a partir da correlação da composição dos metais com a origem geográfica. Cabe ainda destacar que a predominância de cores claras nas amostras, aliada ao resultado positivo de aprovação dos participantes das análises sensoriais, em relação ao sabor e impressão geral dos méis pesquisados são favoráveis, e podem resultar num produto de alta aceitação nos mercados nacional e internacional", afirma Reis.

Em evento que vai valorizar o nome da Cidade em todo o País, Guarujá receberá o lançamento nacional do Programa 'Viaja Mais Melhor Idade' para hotéis, no próximo dia 4 de abril (sexta-feira), às 16 horas, no Casa Grande Hotel. A solenidade contará com a ministra do Turismo, Marta Suplicy. A grande expectativa é com relação à participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja presença está sendo confirmada pelo Ministério.

O programa do Ministério do Turismo tem como objetivo democratizar o acesso ao turismo do público da Terceira Idade e incentivar o setor em época de baixa temporada. O hotel ou pousada que aderir ao 'Viaja Mais Melhor Idade' poderá dar desconto de 50% para os maiores de 60 anos e/ou aposentados e pensionistas, entre os meses de março e dezembro, exceto julho e feriados.

Para o secretario de Turismo de Guarujá, o programa é muito importante para o setor na Cidade e na Região. "É um avanço para consolidar a inserção dos idosos no turismo brasileiro. Pode ser uma excelente ferramenta para reduzir a sazonalidade, porque os pacotes serão oferecidos em períodos de baixa temporada", avalia o secretário.

Segundo o secretário, a escolha da Cidade para o lançamento nacional da campanha valoriza o Município e a Baixada Santista. "Isso reflete a importância dos nossos destinos e a grandeza litoral de São Paulo", afirma.

Para a diretora-executiva do Guarujá Convention & Visitors Bureau, Ana Maria Carvalho, praticamente todos os associados da entidade aderiram ao 'Viaja Mais Melhor Idade', o que demonstra a ótima expectativa em relação programa. "Esperamos fazer com que toda a mídia divulgue esse programa e incentive um número maior de visitantes", diz.

Segundo Ana Maria, uma grande vantagem do programa é que os idosos não gostam de viajar em períodos de muito calor e, assim, esse público pode aproveitar épocas com temperaturas mais amenas. Para os donos de hotéis também é vantajoso, porque podem determinar livremente a forma de adesão ao programa.

A Terceira Idade é a faixa etária que mais cresce no País. Segundo dados do IBGE, no Brasil, atualmente, existem 15 milhões de idosos e essa é a parcela da população que mais aumentará nos próximos anos. A projeção do instituto é que, em 20 anos, o número de idosos ultrapasse 30 milhões de pessoas, o que corresponderá cerca de 13% do total da população.

A adesão ao programa é totalmente gratuita. O hoteleiro que estiver interessado em se inscrever no programa 'Viaja Mais Melhor Idade' deverá fazê-lo por meio do Portal da Hospedagem (www.portalhospedagem.com.br). Os donos de hotéis poderão definir livremente a forma e os meses de promoção, de acordo com o que acreditarem ser mais vantajoso para a empresa.

A sobrepesca pode ter conseqüências sérias para árvores dos ecossistemas, como o Pantanal e a Amazônia, comprova um artigo da revista Nature, publicado por três brasileiros. Isso porque, apesar de pouco estudado, o papel dos peixes na dispersão de sementes é fundamental. Deles dependem até um terço da regeneração do Pantanal e metade do ciclo regenerativo de árvores amazônicas.

- Nas áreas inundadas da Amazônia, o igapó e a várzea, até 50% das árvores é disseminada por peixes e pelo fluxo da água. No Pantanal são 30% - explica por telefone o professor Mauro Galetti (Universidade Estadual Paulista-Unesp), da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, onde passa um ano em estágio sabático.

Ele e os colegas Camila Donatti (Universidade de Stanford-Califórnia) e Marco A. Pizo (Universidade do Vale dos Sinos) escreveram o artigo publicado na Nature, que nasceu de uma pesquisa de quatro anos e sete mil horas de observação e análise de animais realizadas por 30 colaboradores.

"A interação entre frutas e os peixes de água doce é provavelmente um dos sistemas de mutualismo mais ameaçados do mundo hoje", afirma o artigo.

Galetti diz que aves e grandes mamíferos são os principais objetos de estudo quando se procura estabelecer a importância animal na dispersão de sementes. E, dependendo do lugar, de 87% a 90% das árvores das florestas precisam dos animais para se renovar. Mas até recentemente os peixes não eram levados em conta.

- A chance de uma semente germinar e se desenvolver, sem que um animal a leve para longe, é mínima. Muitos frutos precisam que sua polpa seja removida. Também, quando cai no chão, fungos, patógenos, besouros predam a semente. Mesmo se conseguir germinar, perto da árvore maior, a pequena não vai sobreviver porque há uma competição pelos mesmos recursos, a água e os nutrientes - explica Galetti.

E se as "florestas vazias" (isto é, com número reduzidos de animais) já eram um problema, hoje o ciclo regenerativo das florestas também pode estar seriamente comprometido por conta dos "rios vazios".

- São dois problemas: retirar um número grande de peixes e retirar os peixes maiores. É legalizado, dentro de uma cota, pescar os peixes maiores, só que isso leva a uma população nanica. E os peixes maiores é que dispersam as sementes. Os menores apenas as predam - aponta o pesquisador.

Além da sobrepesca, a construção de barragens, a poluição, a retirada de peixes ornamentais e a introdução de espécies exóticas comprometem a população de peixes nos rios.