Notícias de Bonito MS
O maior evento do turismo rural brasileiro acontece nos dias 01, 02 e 03 de agosto em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
As principais empresas e os maiores especialistas no assunto participarão da 5ª Feira Nacional do Turismo Rural (Feiratur 2008), que será realizada no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Alguns eventos paralelos prometem movimentar a feira. É o caso do Encontro Nacional de Turismo Rural, com uma extensa programação técnica e a Rodada de Negócios, que reunirá empreendedores, operadores e fornecedores.Durante todo o evento haverá também uma programação específica de shows com várias manifestações artísticas e rodadas gastronômicas com comidas típicas de diversas regiões do Brasil.
Algumas das principais lideranças do turismo rural brasileiro também participarão, na capital sul-mato-grossense, da Reunião Nacional da Abraturr (Associação Brasileira de Turismo Rural), entidade promotora do evento, juntamente com o Instituto de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Rural (Idestur).A Feiratur 2008 abrirá espaço para quem pretende investir, comprar ou firmar parcerias em um dos setores econômicos que mais se desenvolve no Brasil. "Vários estados brasileiros estão despertando para o seu potencial de desenvolvimento turístico no espaço rural e a atividade está crescente", comenta o presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural do Mato Grosso do Sul (Abraturr/MS), Alexandre Costa Marques.
A feira será dividida em setores específicos de acordo com a área de atividade do expositor. O público poderá conferir a exposição de conteúdos sobre destinos turísticos, produtos artesanais, hotéis fazenda e pousadas rurais, agências e operadoras de turismo, empresas de equipamentos produtos e serviços para empreendimentos de turismo rural, empresas de produtos de recreação e entretenimento, empresas fornecedoras de material promocional além de prefeituras e secretarias de turismo de cidades-destino.
Durante os três dias do evento, os participantes contarão com atividades tanto no espaço de exposição quanto na área técnico-profissional. A programação final está em fase de fechamento com as confirmações de convidados, autoridades e palestrantes. A entrada será gratuita para a feira e palestras. As atividades serão abertas ao público em geral. As inscrições - que darão direito a certificado - são gratuitas e podem ser feitas pela Internet (www.feiratur.tur.br). A Abraturr/MS realiza a Feiratur ao lado do Governo Federal e Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul. Conta ainda com o apoio da Associação Campo-Grandense de Turismo Rural (Actur), Campo Grande Pantanal Convention & Visitors Bureau e Sebrae. A organização está a cargo da Opec Eventos. Mais informações podem ser obtidas pelo fone 3341-6900 ou pelo e-mail: feiratur@opec-eventos.com.br.
Um dos campos de trabalho que a Fundação Oswaldo Cruz pretende adotar com a instalação de uma unidade em Mato Grosso do Sul é o estudo do potencial da flora. O presidente da Fundação, Paulo Marchiori Buss, disse que a intenção é analisar com muito interesse as espécies vegetais para descobrir se há no território estadual plantas capazes de servir a produção de medicamentos.
"A flora do pantanal, a biodiversidade que nós temos aqui, são muito profícuas para que ocorram descobertas e possamos extrair daí princípios ativos", disse o pesquisador (à esquerda na foto).
As primeiras referências para início desse tipo de pesquisa podem vir da população nativa. A ciência irá a campo investigar a eficácia de práticas medicinais tradicionais de um povo. "Um trabalho que se faz muito é o que chamamos etnofarmacologia", explicou Buss. "O conhecimento das populações indígenas, por exemplo, se e bem explorado, pode nos indicar produtos dos quais nós vamos atrás para ver se realmente o uso procede ou não". A Fiocruz já desenvolve um grande programa como esse na Amazônia e também no Sudeste do Brasil, especialmente Minas Gerais.
Financiamentos
O grande potencial do Centro-Oeste brasileiro para a produção de alimentos é uma característica que a Fundação pretende aproveitar na prospecção de recursos para pesquisas científicas. "Essa região, os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, são celeiros do mundo, especialmente agora que se vive uma crise mundial de alimentos. Alem disso, é grande fonte mundial de água doce mundial", cita o presidente da Fiocruz, ao apontar as perspectivas de obter investimento externo para estudos científicos. "Pretendemos atrair a intenção, o interesse e dinheiro de todas as partes do mundo, filtrado pelos nossos interesses, para financiar pesquisas".
A aprovação do projeto da Lei do Turismo pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que aconteceu na última quarta-feira (25), já despertou a manifestação de diversas entidades e personalidades do trade, que se colocaram a favor da proposta. Para José Gaspar Brandão, diretor executivo da Ampro - Associação de Marketing Promocional, a medida contribui para a regulamentação do setor. "A atividade estava sem norteamento. Com ela poderemos resolver todos os problemas que assolam o segmento tendo como base uma lei geral", afirma ao ressaltar que, apesar de bem vindo, o projeto ainda não atende por completo os interesses do grupo. "A lei ainda pode ser lapidada e trazer mais melhorias, mas já demos um grande passo, e isso já um ponto positivo".
O presidente da Academia Brasileira de Eventos, Roosevelt Hamam, comemorou a aprovação do projeto. "Toda e qualquer medida em prol do setor será de extrema valia para todos os membros envolvidos. Tenho certeza de que esta lei, se aprovada em definitivo, vai contribuir significativamente para o desenvolvimento do turismo brasileiro".
A opinião de Roosevelt é compartilhada com Daniel Baldacci, presidente do capítulo latino americano da IFEA - Associação Internacional de Festivais e Eventos Especiais. "Acredito que a proposta vai estabelecer condições favoráveis ao investimento e à expansão da iniciativa privada e promover o turismo como fator de inclusão social, meio que gera trabalho e renda", explica.
O membro titular da Academia Brasileira de Eventos, Abrahim Georges Tahtouth, defende que a nova proposta vai atrair mais investimentos para o Brasil. "Com uma medida séria e definida esses investidores se sentirão mais seguros em fazer negócios por aqui. Precisamos entender que turismo é sinônimo de exportação. Apenas ao classificar o setor desta maneira vamos colocá-lo nos moldes de primeiro mundo", comenta e finaliza: "Com o projeto de lei, o turismo não estará mais vulnerável as oscilações e a boa vontade dos governos vigentes. Este será um passo ruma a independência".
Aprovação: Na última quarta-feira (25/06), o projeto da Lei do Turismo, que representa um marco regulatório para o setor, foi aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados. A aprovação foi possível devido a um acordo do Colégio de Líderes para que eventuais mudanças sejam feitas no Senado Federal. Assim, não houve votação nominal e nem apreciação do destaque que propunha excluir do texto o dispositivo que prevê multa de R$ 350 a R$ 3 milhões para prestadores de serviços turísticos que descumprirem a legislação.
O ministro do Turismo, Luiz Barretto, comemorou a decisão da Câmara dos Deputados, "Esse resultado é muito importante para o turismo. Vai significar segurança para investidores e empresários do setor. Significa também um grande avanço institucional, uma vez que o MTur teve papel preponderante e de articulação nesse processo", diz.
Barretto agradeceu ao Legislativo, ao trade turístico e a todos os envolvido na elaboração do projeto. "É uma primeira batalha, que foi vencida. Temos uma segunda e decisiva no Senado, mas tenho certeza que com o empenho de todos os interessados na aprovação da lei seremos bem-sucedidos lá também", afirma.
Durante a apreciação da Lei do Turismo, diversos deputados manifestaram-se a favor da aprovação do texto. "A proposta traduz a essência do que foi debatido pelos envolvidos com a atividade turística. O Governo Federal e parlamentares da Câmara dos Deputados, entre eles o presidente da Comissão de Turismo, deputado Albano Franco, a deputada Lídice da Mata e o deputado Cadoca, também participaram desse processo", menciona o deputado Marcelo Teixeira.
O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana, falou, no plenário, dos benefícios que a Lei de Turismo trará para o setor. "Com essa regulação, benefícios como crédito serão facilitados. Teremos ainda o Fundo Geral de Turismo (Fungetur), um importante mecanismo de incentivo à atividade turística", diz. Chico Alencar manifestou a necessidade de urgência em se aprovar a lei. "A hora é agora. O consenso dos líderes demonstra que essa é a atitude certa em benefício do turismo. Os ajustes necessários poderão ser feitos no Senado", defende.
As alterações climáticas e a forma como o turismo lhes pode fazer face e, ao mesmo tempo, tornar-se numa actividade cada vez mais sustentável, são dois dos pontos principais que darão conteúdo ao desenrolar das comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo que decorrerão no Peru, a 27 de Setembro.
Na comunicação já publicada do secretário-geral da OMT, Francesco Frangialli, é afirmado que "as mudanças climáticas constituem um dos maiores desafios que se colocam ao mundo em geral, e ao desenvolvimento sustentável e aos objectivos de desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, em particular".
"Turismo: respondendo ao desafio das mudanças climáticas" foi, assim, o tema escolhido para as comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo, tema actual e premente que o turismo pretende encarar de frente. Como diz Frangialli "podemos e devemos desempenhar um papel activo para fazer frente ao duplo desafio de responder às mudanças climáticas e ao mitigar da pobreza".
Frangialli destaca, nomeadamente, as conclusões de várias conferências nas Nações Unidas "desde Davos a Bali", onde ficou clara a "nossa determinação de aplicar com rigor medidas destinadas a adoptar uma linha de conduta para se conseguiu um turismo de carbono zero", para o que é necessário adoptar "uma série de políticas que fomentem o turismo sustentável e que reflictam uma sensibilidade face às questões ambientais, sócio-económicas e climáticas".
O Turismo, diz o secretário-geral da OMT, está a ser chamado à acção e para isso há que "modificar os hábitos, colocar as energias renováveis na vanguarda da resposta internacional" promovendo o processo da Declaração de Davos. É neste âmbito que a o OMT promove, durante todo este ano, uma campanha que terá como momento mais alto as comemorações do Dia Mundial do Turismo no Peru, e uma reunião mundial realizada ao mais alto nível e que agregará agentes públicos e privados em torno da temática das mudanças climáticas.
"Estou seguro de que todos compartilhamos estas preocupações, mas também estou convencido de que agora é o momento de actuar com eficácia para responder aos desafios que nos são colocados", afirma Francesco Frangialli na sua nota a propósito do próximo Dia Mundial do Turismo.
Uma inédita relação entre o tucano-toco (Ramphastos toco) e a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no Pantanal Mato-Grossense acaba de ser descrita: o equilíbrio entre os dois animais pode ser a chave para a conservação da arara-azul, espécie fortemente ameaçada de extinção no país.
A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP), e publicada na revista inglesa Biological Conservation.
Com o objetivo de desvendar parte da ecologia da arara-azul, o trabalho teve como base observações de aves que se alimentam dos frutos do manduvi (Sterculia apetala), árvore que, também ameaçada de extinção na região, é uma das poucas a abrigar ninhos de araras.
A interação observada é inusitada: apesar de diversos pássaros comerem os frutos do manduvi, o único que consegue abri-lo e engolir a semente é o tucano-toco que, além de ser o principal responsável pela dispersão das sementes do manduvi é, por outro lado, o grande predador dos ninhos e dos ovos de araras-azuis.
"O tucano dispersa quase 85% das sementes produzidas pelo manduvi. Observamos 14 espécies de aves comendo manduvi, mas apenas o tucano-toco e o araçari engolem as sementes e as dispersam. Sem o tucano-toco, a regeneração do manduvi seria afetada. Sem o manduvi, a arara-azul não tem onde fazer ninhos, uma vez que 90% deles são feitos nessa espécie de árvore", explicou o coordenador do estudo, Mauro Galetti, professor do Departamento de Ecologia do IB de Rio Claro, à Agência FAPESP.
"Isso que dizer que a arara-azul depende indiretamente dos serviços de dispersão do tucano. Porém, descobrimos que 53% dos ovos das araras azuis são predados por tucanos. Ou seja, a relação é indiretamente benéfica em um ponto mas afeta a população das araras no outro", disse.
Segundo ele, essa relação entre o tucano (predador-dispersor) e a arara-azul (presa) não havia sido apontada na literatura científica. "Praticamente nada se conhece sobre interações animais-plantas no Pantanal, ecossistema que merece mais atenção da comunidade científica e dos órgãos de fomento de todo o país", afirmou.
Quatro anos de observações
Os pesquisadores observaram, de 2002 a 2005, na Fazenda Rio Negro - propriedade da Conservação Internacional localizada na cidade de Pantanal da Nhecolândia (MS) -, 12 árvores de manduvi durante o período de maturação dos frutos. Foram realizadas 89 sessões de observação, com duração que variou entre uma e cinco horas cada, em um total de 255 horas de análises do comportamento dos animais.
"Observamos o manduvi escondido na vegetação a uma distância de aproximadamente 50 metros, para não assustar os animais. Anotamos dados como quais aves ou mamíferos visitaram a planta, quais comeram os frutos, quais predaram as sementes e qual a quantidade de sementes engolidas", contou Galetti. O total de frutos sobre as árvores foi registrado no início de cada sessão de observação.
O pesquisador atualmente desenvolve estágio na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com apoio do programa Novas Fronteiras da FAPESP - estuda o impacto da perda de fauna na diversidade de plantas em florestas tropicais.
Segundo Galetti, o principal ganho da pesquisa feita pela Unesp, que poderá contribuir para programas de preservação da arara-azul, é a indicação de que uma mesma espécie, o tucano-toco, afeta indiretamente outra (manduvi) com da dispersão de sementes e, ao mesmo tempo, uma terceira, com a predação de seus ovos.
"Para conservar as araras precisamos de manduvis, mas só haverá manduvis se tivermos tucanos suficientes para dispersar suas sementes. Por outro lado, um aumento populacional excessivo de tucanos afetaria as populações de araras. Mas se os tucanos forem caçados ou capturados pelo mercado ilegal de animais, por exemplo, as araras azuis, no futuro, terão menos manduvis para fazer seus ninhos. É um balanço delicado da natureza", explicou.
Ainda que 53% dos ovos das araras sejam predados por tucanos, a segunda não é o principal problema de conservação da primeira. "O maior é a rápida destruição dos ecossistemas do Pantanal. Nosso estudo aponta que, seja qual for o plano de conservação da arara-azul, será necessário antes avaliar a população dos tucanos. Prevenir a predação dos ovos pelos tucanos é praticamente impossível", destacou.
De acordo com o cientista, a melhor forma de proteger a arara-azul é impedir o desmatamento e a conversão das florestas no Pantanal em pastos ou atividades agrícolas.
"Estimativas sugerem a existência de cerca de 5 mil araras-azuis no Brasil, a maioria no Pantanal. O manduvi ocorre apenas nas florestas semidecíduas e matas ciliares, que formam menos de 6% da área do Pantanal. As populações de araras-azuis, por sua vez, são controladas pela abundância de manduvis. E quem promove a dispersão do manduvi é o tucano", afirmou Galetti.
"Dados recentes da Conservação Internacional mostram que a destruição da vegetação do Pantanal é altíssima, cerca de 2,5% ao ano, e que em 2030 todo o bioma estará descaracterizado, afetando importantes serviços ambientais ao bem estar humano. Hoje só se fala da conservação da Amazônia, mas o Pantanal está bem mais ameaçado, uma vez que lá existem pouquíssimas reservas", apontou.
Também participaram do trabalho desenvolvido na Unesp, que contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa, Marco Aurélio Pizo, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Neiva Maria Guedes, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, e Camila Donatti, da Universidade de Stanford.
O artigo Conservation puzzle: Endangered hyacinth macaw depends on its nest predator for reproduction, de Mauro Galetti e outros, publicado no volume 141, edição 3 da Biological Conservation, pode ser lido por assinantes da revista em www.sciencedirect.com/science/journal/00063207.
O projeto de Lei 2108/07, que exige dos parques nacionais o estabelecimento das atividades que podem ser realizadas pelos visitantes, foi aprovado no dia 26/06 pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
O projeto, de autoria do deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), tem como objetivo fazer com que as visitas aos parques não pertubem o ambiente ou as finalidades do local.
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
A Fundação Cultura de Mato Grosso do Sul divulga na terça-feira, com publicação no diário oficial, as atrações locais do 9º Festival de Inverno de Bonito. Na semana passada, comissão julgadora analisou as propostas e selecionou 5 propostas da área musical, 2 espetáculos de teatro/circo e 2 espetáculos de dança.
Na parte musical, a seleção contou com a participação de jornalistas, músicos e representantes da Fundação de Cultura. Perto de 10 inscritos foram desclassificados por não apresentarem toda a documentação exigida. O edital estava aberto também para artistas e produtores culturais de outros Estados. Os shows com artistas regionais acontecerão na praça central de Bonito. Na parte nacional, a programação contará com a presença da cantora Maria Bethânia, Ana Carolina, Zé Ramalho e Almir Sater. O festival acontece de 30 de julho a 3 agosto.