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Notícias de Bonito MS

Líder do PSDB na Assembléia Legislativa do Estado, o deputado estadual Márcio Fernandes apresentou projeto de lei que dispõe sobre a oficialização do Festival de Inverno do Município de Bonito, incluindo-o no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul. O evento é realizado nos meses de julho e agosto.

Para o parlamentar, a inclusão permitirá maior divulgação do festival e de Mato Grosso do Sul. A primeira edição ocorreu há oito anos, entre os dias 21 e 30 de julho de 2000. Na época, 220 artistas participaram de 91 atividades culturais, prestigiadas por aproximadamente 20 mil pessoas.

Neste ano, conforme a justificativa apresentada pelo deputado, o Festival de Inverno de Bonito acontecerá de 30 de julho a 3 de agosto e terá como principais atrações Maria Bethânia, Ana Carolina, Zé Ramalho e Almir Sater.

"Ressalta-se, ainda, que há oito anos o Festival de Inverno tem alcançado grande êxito, repercutindo em vários pontos do País, tendo sido noticiado por importantes veículos de imprensa", frisou.

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai publicar no Diário Oficial de hoje (2) a seleção de artistas e grupos de música, teatro, circo e dança para apresentações na 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, que será realizado de 30 de julho a 3 de agosto em Bonito (MS).

Ao todo, foram inscritos 60 projetos: 43 de produção musical e 17 de artes cênicas.

As atrações musicais selecionadas abrangem uma boa diversidade de gêneros, com grupos e músicos consagrados: a banda "Bêbados Habilidosos", o mais aplaudido grupo de blues do Estado, de qualidade reconhecida nacionalmente; o duo "Marcos Assunção e Carlos Alfeu", que prioriza a música instrumental brasileira em arranjos originais; o projeto "Tripé", formado por Paulo Simões, Jerry Espíndola e Filho dos Livres, que reúne três gerações de artistas para homenagear composições sul-mato-grossenses em uma roupagem acústica especial; a polca-rock explosiva dos cinco integrantes de "Rodrigo Teixeira & Mandioca Loca" e o grupo "Santo de Casa", com um repertório próprio de pop regional, atento para a mistura de ritmos e para a proposta cênica.

Na dança foram selecionados "Dançurbana Cia de Dança", dirigida por Marcos Mattos e Kleber Leon e o "Coletivo Corpomancia", com direção de Paula Bueno. Já para o teatro, Nill Amaral levará para o festival a peça "No gosto doce e amargo das coisas que somos feitos" e Bianca Machado apresentará o espetáculo "Amor sacro e profano".

"São espetáculos de grande criatividade e qualidade técnica, que foram os critérios de escolha que predominaram. São trabalhos que envolvem também pesquisa e que têm a proposta cênica adequada para o Festival de Inverno de Bonito. O que não tivemos foram propostas de trabalhos tradicionais da cultura popular sul-mato-grossense, e também o ineditismo não foi um dos pontos fortes. Selecionamos dois espetáculos que já estiveram no último Festival América do Sul ("No gosto doce e amargo das coisas que somos feitos" e "Corpomancia"), mas acredito que seja um reflexo do ritmo da produção regional das artes cênicas deste ano. Nós recebemos muitas propostas que estão em circulação e já estiveram em festivais", comentou a coordenadora responsável pela seleção de artes cênicas, Renata Leoni.

Um dos gargalos dos projetos apresentados foi a exigência técnica das propostas. Renata Leoni conta que a comissão de seleção (nas artes cênicas formada por Marcelo Marinho, Denise Parra, Robson Simões, Igor Advenssudi e Cristiane Freire), em consenso, refletiu que os municípios dos festivais devem se transformar para receber melhor as artes cênicas, se preparando para acolher propostas diferentes, com maiores exigências técnicas, como de iluminação, cenografia, entre outras. "Nós recebemos propostas até de Londrina, de grande qualidade, mas que os espaços que temos para apresentações no festival não comportavam", cita Renata.

A programação completa do Festival de Inverno de Bonito, ainda em fechamento, já conta entre as atrações nacionais Ana Carolina, Maria Bethânia, Zé Ramalho, Mariana Aydar (cantora revelação de samba/pop) e Almir Sater. Além disso, entre os shows da grande tenda, um projeto sul-mato-grossense fará sua estréia: é o Planeta Música MS, formado por músicos consagrados do Estado, em uma proposta original.

A partir do dia 1º de janeiro de 2009, as diárias dos hotéis brasileiros poderão ser pagas diretamente pelos clientes e não mais através do faturamento. O anúncio oficial acaba de ser realizado, em São Paulo. "Com essa medida, as pequenas e médias agências poderão competir em pé de igualdade com as grandes, além de conseguirem reduzir seus custos de gestão", afirmou Edmar Bull, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP). Para Mauro Schwartzmann, presidente do Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc), o processo de faturamento já deveria ter sido banido há muito tempo. "Para nós que investimos em tecnologia, essa decisão vem de encontro com nosso trabalho de seguir as práticas adotadas no mercado exterior".

A mudança foi encabeçada pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) e acordada pelas demais entidades do turismo como a Associação Brasileira de Gestores de Viagens Corporativas (Abgev), o Sindicato das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo (Sindetur-SP), a TMC Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). O processo de implantação será feito pelos próximos seis meses e a estimativa da ABIH é ter, nesse período, cerca de um terço da hotelaria brasileira integrada.

"Representamos 27 estados brasileiros e há diferenças de gestão, mas entendemos que modificando a forma de pagamento nos empreendimentos das grandes redes, os médios e pequenos passarão a seguir o mesmo caminho", disse o dirigente da entidade, Álvaro Bezerra de Mello. Segundo ele, a internet constitui um dos principais entraves para que essa mudança demorasse para sair. "Vamos ter muito trabalho, já que a adaptação não será feita tão rapidamente como em São Paulo e Rio de Janeiro", acrescentou. A ABIH reúne 3.500 hotéis e 25 mil unidades entre pousadas e pequenos hotéis no país.

A presidente da Abgev, Viviânne Martins, salientou que esse novo modelo de pagamento coloca efetivamente o cliente como parte do processo e garante a profissionalização do setor de turismo. "Os gestores de viagens poderão, agora, oferecer, sem receios, o cartão de crédito corporativo. O brasileiro se adaptará a nova situação. É uma questão cultural que precisava de um "empurraozinho", explicou Viviânne.

De acordo com o vice-presidente do Fohb, Antonio Bispo, a mudança significa o amadurecimento da hotelaria nacional e o constante processo de evolução por qual está passando o Brasil com as classes C e D sendo estimuladas a consumirem diárias. "Vamos buscar uma redução dos custos sem precisar que as tarifas subam. É uma solução consensual entre toda a cadeia produtiva do turismo", completou o presidente do Fohb, Rafael Guaspari. A extinção d faturamento de extras já havia sido extinta há cerca de dois anos.

*Wilson Bento

Quantas vezes você já ouviu uma pessoa lhe dizer que precisa tirar férias pra se isolar, esquecer do mundo? Certamente algumas vezes. Mas já percebeu que isso está ficando cada vez mais distante? As facilidades de comunicação e de acesso à informação permitem hoje que o cidadão viaje mais e, mesmo ausente de sua base, continue encaminhando questões e resolvendo pendências profissionais e particulares. Esta possibilidade confere mais tranqüilidade e permite que o indivíduo prolongue mais suas férias ou mesmo seu fim de semana, sem comprometer vários dos compromissos assumidos e em execução.

Pesquisa divulgada no ano passado pelo Ministério do Turismo mostra, por exemplo, que o brasileiro está viajando mais pelo seu país e buscando cada vez mais conforto. Um detalhe: conforto não é luxo; é acesso - dentre outras coisas - a recursos que lhe confiram tranqüilidade e paz para se ausentar de casa e do trabalho; é dispor de condições para se comunicar, ordenar, decidir e resolver problemas quando isso for necessário. Assim ele continuará sua viagem sem se angustiar com "o que deve estar acontecendo lá".

A mesma pesquisa aponta que quatro entre 10 brasileiros fazem, pelo menos, uma viagem ao ano. Isso quer dizer que 74 milhões de brasileiros viajam anualmente. Outro detalhe: o carro próprio é o principal meio de viagem, preferido por 48,5% dos entrevistados. E por último: a procura por hotéis e pousadas cresceu 5% em relação a 2002.

Estes números nos levam a um setor da economia brasileira que vem despontando com grande potencial: o turismo rural. Em várias regiões brasileiras cresce o número de pousadas e hotéis-fazenda em propriedades rurais, uma atividade também classificada como diversificação do agronegócio convencional.

No entanto, em várias situações, o empreendedor não investe em recursos para que o hóspede possa viver o seu lazer sem se desplugar do mundo. A tecnologia disponível hoje permite que qualquer pousada ou hotel instalado no interior de Santa Catarina, em pleno Pantanal ou na Amazônia possa oferecer recursos básicos de comunicação e informação, como telefonia, televisão e Internet.

E não só oferecer isso durante sua viagem, mas também antes do momento dele se decidir para onde vai. O destino turístico rural que se antecipa e disponibiliza ao cidadão informações sobre condições de estradas de acesso, mapas dinâmicos, tempo, recursos hospitalares na região e recursos de comunicação que ele encontrará ao se hospedar, certamente sai na frente. E para as propriedades rurais que trabalham com turistas estrangeiros - a maioria dentro do Pantanal, por exemplo - este cuidado tem de ser redobrado. Quem não disponibilizar, ao hóspede, recursos tecnológicos para sua comunicação e informação será engolido pela concorrência.

E mais: o empreendedor do turismo rural que ainda tem certa ojeriza pela tecnologia, sobretudo pela informática e Internet, deve começar, de forma urgente, a rever seus conceitos. Sem conhecer a praticidade, a funcionalidade e a conveniência destes recursos, dificilmente ele compreenderá as necessidades de comunicação de sua clientela. É hora do empreendedor do também chamado agroturismo investir neste aprimoramento - pessoal e em sua propriedade. Empresas aptas para prestar este serviço de assessoramento tecnológico existem nas principais regiões e cidades brasileiras.

No período de 01 a 03 de agosto, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, sediará a 5ª. Feria Nacional de Turismo Rural - a Feiratur 2008 - que deverá ser um painel para esclarecer ao turista sobre quem está mais apto a recebê-lo. E nos painéis e palestras, certamente o assunto será abordado. A ligação do turismo com os processos de comunicação e informação é cada vez mais estreita em todo o mundo e mais necessária no turismo rural. O eventual isolamento geográfico deve ser compensado pela aproximação tecnológica. Torço para que a Feiratur 2008 consiga deixar isso patente e que sirva de alerta para todos os agentes envolvidos no setor.

* Empresário, sócio-proprietário da Master Case Digital Business em Campo Grande/MS: wilson@mastercase.com.br - (67) 3326-2100

Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento estão utilizando uma metodologia conhecida como "grade" para fazer coleta de material nos mesmos pontos de fazendas do Pantanal. Essa padronização vai facilitar a integração de dados, a definição de indicadores para estabelecer critérios de manejo e a comparação de padrões ecológicos entre áreas distintas ao longo do tempo.

O projeto começou a ser implantado na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, em 2007. Inicialmente os recursos eram do projeto da Rede de Sustentabilidade da Pecuária no Pantanal, mantida pelo CPP (Centro de Pesquisa do Pantanal) e MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).

Desde abril deste ano, a Embrapa também passou a financiar o projeto, por meio do Macroprograma 2, que contempla a sustentabilidade e a competitividade, com recursos do Agrofuturo. Suzana Salis é a coordenadora do projeto na Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ela disse que o projeto tem a participação de 12 pesquisadores da Unidade, além de pós-graduandos e representantes de entidades parceiras. Com a pesquisa, vão surgir informações integradas sobre vegetação herbácea, vegetação arbórea, fauna (répteis, anfíbios, aves, mamíferos de médio e grande porte, morcegos, roedores), microbiologia de solos e características hidroclimáticas.

O pesquisador Walfrido Tomás, da Embrapa Pantanal, coordenou a implantação da grade permanente da fazenda Nhumirim em 2007. Ele disse que módulos de grades serão implantados também em outras propriedades da planície pantaneira. "Quanto maior a área de abrangência, melhor para entendermos as variações regionais daquilo que estamos medindo", afirmou.

Como as coletas serão realizadas nos mesmos pontos (mesma altitude), a pesquisa vai favorecer o entendimento dos efeitos dos pulsos de inundação do Pantanal. "Só na Nhumirim são 30 pontos de coleta em praticamente todas as situações da paisagem", explicou Walfrido.

Segundo ele, ao comparar padrões ecológicos ao longo dos anos, será possível avaliar inclusive efeitos das mudanças climáticas. Na fazenda Nhumirim existe uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) de 870 hectares, onde há 20 anos não entra boi. Com essas coletas, será possível comparar áreas manejadas e não manejadas da biodiversidade."

O suplemento do jornal La Nación, La Nación Revista, publicou no dia 29 de junho uma matéria de seis páginas sobre o Pantanal, intitulada "Pantanal, la marca del agua". A jornalista Alejandra Herren foi a enviada especial da publicação.

A reportagem começa com a descrição da chegada do grupo de nove pessoas, do qual a jornalista fazia parte, na pousada Xaraés - a 340 Km da Capital e a 130 Km de Corumbá. O dia seguinte começou com uma caminhada e em seguida uma pesca, onde os turistas puderam ver o momento em que um jacaré comeu uma piranha. O grupo ainda fez um passeio a cavalo.

No final da visita, a jornalista afirmou que descrever o Pantanal é uma tarefa impossível. "É muito mais que um lugar: é uma vibração, é assombro, é intensidade, é cor, é silêncio, é canto de pássaros, noite de diamante, animais ao alcance da mão", ressaltou.

Para Nilde Brun, diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, a matéria captou a alma pantaneira e o espírito de hospitalidade do sul-mato-grossense. "Isso traduz que o mercado está pronto a atender, a receber os turistas; os nossos pousadeiros e profissionais do turismo estão cada vez mais preparados", afirma.

Prestes a completar três meses de lançamento, o programa Viaja Mais Melhor Idade Hospedagem já registra 1.600 meios de hospedagem cadastrados - números do último dia 12 - e com 19 mil intenções de reservas, sendo que 9.500 só entre os meses de abril e junho. Criado pelo Ministério do Turismo para estimular o turismo interno e da terceira idade, o programa conta hoje com participação de todas as regiões do Brasil.

De acordo com o secretário Nacional de Políticas do Ministério do Turismo, Airton Pereira, participar do projeto é uma maneira de conquistar esse segmento de mercado e manter um melhor equilíbrio da ocupação hoteleira. E, de acordo com ele, uma das grandes vantagens do programa é que cabe ao hoteleiro definir o período de baixa ocupação e quantos apartamentos quer disponibilizar.

Os bons números do programa também são comemorados pelos hoteleiros. Segundo Rosa Sena, do Paraíso do Atlântico, hotel localizado no Estado do Pará, participar do projeto é importante. "É fundamental pois temos mais períodos de baixa temporada do que de alta. E para nós esse público da Melhor Idade é muito importante", disse.

De acordo com o Instituto Marca Brasil, um dos parceiros do programa, as adesões vão de pousadas mais simples até resorts e spas extremamente sofisticados. A maior parte dos estabelecimentos participantes está na região Sudeste (36,09%) e Nordeste (34,47%), seguidas pelo Sul (21,54%), Centro Oeste (5,58%) e pela região Norte (2,32%). Fortaleza foi a cidade com o maior número de adesões - 69 meios de hospedagem - seguida de Natal, com 62, e Gramado, com 57. "O interessante é ver que tanto as regiões como os destinos que têm uma grande variação sazonal compreenderam rapidamente as vantagens do programa", comenta José Zuquim, presidente do Conselho Deliberativo do IMB.

Para a diretora do Instituto Marca Brasil, Daniela Bitencourt, o projeto reúne três grandes vantagens para o turismo nacional. A primeira é a inclusão digital, pois o portal de hospedagem é uma ferramenta gratuita. Uma segunda vantagem é a política estabelecida pelo Ministério do Turismo para melhorar o equilíbrio de mercado e incentivar o turismo interno. E, por fim, a inclusão social, que permitirá o acesso a todos os benefícios que o turismo pode viabilizar a uma maior parcela da população. "Isso significa que o público da terceira idade pode comprar sua passagem de ônibus ou aérea aproveitando promoções das companhias e viajar a um custo muito acessível, já que terá 50% de desconto no hotel. Assim, eles poderão realizar o sonho de visitar diversos destinos", completa.

Para participar do projeto basta acessar o site do Portal www.portaldehospedagem.com.br e fazer o cadastro do hotel gratuitamente, que é rápido e simples, com dados da empresa, características, números de quartos e possíveis restrições para o período. A divulgação do projeto para o público final é feita pelo site e pelo Ministério do Turismo, que investe em uma forte campanha de mobilização nacional, com ações publicitárias nos principais meios de comunicação.