Mais uma vez, a biodiversidade de Mato Grosso do Sul ganhou destaque no noticiário nacional. Essa semana uma revista de circulação nacional publicou reportagem sobre projetos de conservação da onça pintada no Estado.

No primeiro dia do ano foi publicada uma reportagem no The New York Times, tradicional jornal dos Estados Unidos, sobre um projeto de conservação de onças-pintadas desenvolvido nas fazendas San Francisco e São Bento, no pantanal de Miranda.Dessa vez a reportagem relata a história de um caçador de onças, Carlos Roberto Platero, de 61 anos, que nos idos de 1980 abatia onças contratado por pecuaristas cansados de terem o gado predado pelos felinos. Porém, atualmente, ele é contratado por pesquisadores para localizar o animal e disparar-lhe um tiro não-letal, mas de tranqüilizante.

Dessa forma o animal fica sedado por algumas horas, tempo necessário para que biólogos e veterinários possam realizar coletas de amostras e estudar o comportamento do animal, com o objetivo de preservá-lo.

A onça-pintada figura na lista oficial de animais em risco de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e é considerada o maior felino das Américas e o terceiro mais rápido do mundo.

De acordo com a World Conservation Union (União Mundial de Conservação), maior e mais importante rede de conservação do planeta, a população mundial de onças pintadas contabiliza aproximadamente 50 mil indivíduos e está prestes a traçar a mesma trajetória dos tigres da China e dos leões da África, que têm uma população bem menor do que as onças, com altíssimo risco de se extinguirem.

Tais projetos de conservação de onças no Estado são iniciativas de organizações não-governamentais como o Instituto Pró-Carnívoros, as quais incentivam o turismo na região, aliando pesquisa científica ao ecoturismo, agregando valor ao turismo sustentável, que vem se despontando em Mato Grosso do Sul.