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Notícias de Bonito MS

As agências interessadas em comercializar o programa Viaja Mais Melhor Idade vão poder se cadastrar durante o 35º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas - Abav 2007.

Durante o evento, que acontecerá de 24 a 27 de outubro, no Riocentro, Rio de Janeiro, o Ministério do Turismo terá um estande do Viaja Mais na feira para cadastramento das agências. Os agentes ainda receberão treinamento dentro do próprio estande do ministério.

Voltado para a terceira idade, o Viaja Mais tem por objetivo principal promover a inclusão social por meio do turismo. O programa incentiva o turista interno com idade superior a 60 anos, aposentado e pensionistas a utilizar o tempo livre em viagens pelo Brasil. Ao todo são 14 destinos com as primeiras saídas programadas já partir do dia 13 de setembro.

O governador André Puccinelli, durante a solenidade de lançamento da Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, segunda-feira (24), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, destacou a importância do evento e pediu ousadia para levar o Estado ao conhecimento do mundo.

O governador André Puccinelli falou da importância da divulgação do potencial turístico de Mato Grosso do Sul por intermédio dos municípios. Disse que quer levar o Estado ao conhecimento do mundo por meio das embaixadas, das agências de turismo, das operadoras e de todos aqueles que queiram, de forma criativa, divulgar o potencial turístico de cada cidade do interior. "É hora de Mato Grosso do Sul. Temos belezas naturais inigualáveis. Devemos multiplicar a divulgação para outros. E assim poder dizer que nosso Estado terá como fator financeiro um importante aporte através do turismo".

Segundo o governador, o Estado irá patrocinar folders, dvds, vídeos, para que os municípios, em conjunto, possam atravessar fronteiras do Estado e do Brasil e divulgar Mato Grosso do Sul ao mundo. "Temos na Serra da Bodoquena, na Bacia do Prata e em Bonito, a possibilidade de divulgarmos cada vez mais as belezas naturais. Na costa leste, há a possibilidade do setor turístico na área da piscicultura, da pesca. Teremos a oportunidade de divulgar nossas regiões, e cada uma mostrando as suas oportunidades".

Puccinelli lembrou que o evento será realizado bienalmente, até que se tenha grande volume suficiente de expositores para fazê-lo anualmente. Disse que o Estado e as instituições de apoio à Feira Internacional irão se unir para apoiar os municípios na realização do evento, para que cada região possa levar ao conhecimento do mundo suas belezas naturais (como a fauna e flora). E ainda, não deixou de enfatizar a soma, o conjunto de esforços, de todos, para alavancar o potencial turístico do Estado.

O governador agradeceu aos municípios que participarão do evento, lembrando que Mato Grosso do Sul é verdadeiramente o Estado do Pantanal, um Estado que ousa e conclama àqueles que querem se unir com o governo e pensar na atividade turística como um verdadeiro alicerce da cultura sul-mato-grossense. Também destacou o trabalho dos secretários estaduais, dizendo que eles devem ser criativos, ousar e fazer acontecer.

A Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul são considerados eventos de grande porte, inéditos no Estado, e vão acontecer de 18 a 22 de outubro de 2007, no Pavilhão Albano Franco, em Campo Grande (MS). A Feira conta com a presença de expositores de seis países da América do Sul (Brasil, Paraguai, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai) e, ainda, dos estados brasileiros parceiros de Mato Grosso do Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal).

Participaram da solenidade a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa; a diretora presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Clara de Souza Benites Brun; e demais secretários estaduais, municipais, prefeitos, secretários de turismo do interior e da Capital, além de representantes das agências de turismo de Mato Grosso do Sul.

No dia 27 de setembro o país todo comemora o Dia da Pessoa Idosa, ocasião oportuna para uma reflexão a respeito do papel que o idoso ocupa na sociedade atual.

A Prefeitura Municipal de Bonito através da Secretaria Municipal de Ação Social trabalha, continuamente, para promover inclusão e o bem estar da pessoa idosa. Trabalho que nesse mês de setembro foi intensificado, havendo realização de ações especificas junto aos programas e projetos sociais, motivando a valorização da melhor idade por parte das crianças, adolescentes, bem como dos próprios idosos e seus familiares.

No dia 15 , sábado, no salão da maçonaria, integrando o calendário de comemorações do mês do idoso, houve uma grande festividade, alusiva ao DIA NACIONAL DA PESSOA IDOSA, organizada e executada pela Gestora de Ação Social Izabel Aivi de Figueiredo e toda sua equipe, onde com muita alegria homens e mulheres com idade superior a 60 anos da zona urbana e rural, dançaram, almoçaram, participaram de sorteios e foram homenageados através de apresentações culturais feitas por crianças e adolescentes do PETI, Programa Ambiental Municipal Mirim, Guarda Municipal Mirim e Projeto Arte para Todos. Os integrantes do Programa Conviver Idosos apresentaram o Tai Chi Chuam e uma coreografia ensaiada nos encontros de Arte Terapia, demonstrando que vitalidade não tem idade.

A Secretaria Municipal de Saúde, participou do evento disponibilizando, durante todo o período de festa, no salão da maçonaria, serviços rápidos de saúde voltado ao idoso, como verificação da pressão arterial e outros. Havendo, também, a contribuição dos comerciantes locais que doaram brindes para sorteio.

O Prefeito Municipal José Arthur em seu pronunciamento lembrou que o sucesso de um povo está diretamente relacionado à sua história e conquistas feitas por aqueles que, hoje, encontram-se na melhor idade, pessoas que contribuíram e ainda contribuem para construção de um mundo melhor. Sendo homenageados, na oportunidade, o Sr. Thedorico de Góes Falcão, Sr. José da Costa Alves e a Srª Nadir Ancel Alves que representam todos aqueles que fizeram e fazem a história de Bonito.

Aproveitando o clima quente os idosos dos Assentamentos Guaicurus, Santa Lucia e do Distrito Águas do Mirando foram levados ao Balneário Municipal, encerrando o dia de comemoração com muita descontração, ficando a certeza de que vale a pena envelhecer com dignidade.

O projeto GEF Rio Formoso (Projeto de Gestão Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso) promove desde ontem (25), e termina na próxima quinta-feira (27) no município de Bonito, um curso de atualização técnica em arborização de pastagens e cultivos. O evento reúne cerca de 30 pessoas entre produtores rurais e técnicos da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Embrapa, organizações não-governamentais, entre outras instituições.

O evento tem como objetivo, divulgar experiências em sistemas silvipastoris, capacitando os participantes para a transformação de pastagens e cultivos convencionais desprovidos de biodiversidade e proteção florestal, em sistemas arborizados.

De acordo com o engenheiro-agrônomo da Agraer e coordenador do componente "Desenvolvimento de Atividades Sustentáveis" do projeto GEF Rio Formoso, Sandro Cardoso o fato de o município de Bonito ter a pecuária de corte e a pecuária leiteira como atividades relevantes justifica um curso desta natureza. "O curso vai ao encontro dos objetivos e das metas do projeto, que são a melhoria da qualidade das pastagens e do rebanho, com aumento da produtividade e consequentemente da renda do produtor, que passa a diversificá-la de forma sustentável sem agredir o meio ambiente", comenta Cardoso.

Diante disso, o projeto GEF Rio Formoso já iniciou em Bonito, a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF's) em algumas pequenas propriedades.Um dos sistemas implantados foi o silvipastoril, que permite o cultivo simultâneo de forrageiras, lavouras de grãos, animais e árvores em uma mesma área.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Agraer e coordenador técnico local do GEF Rio Formoso, Airton Garcez, a iniciativa permite recuperar áreas degradadas sem deixar de lado a geração de renda do produtor. "Com a implantação dos SAF's é possível verificar que o uso racional do espaço e dos recursos naturais pode garantir a melhoria de renda nas propriedades", observa Garcez.

O curso de arborização é mais uma etapa da fase de capacitação dos técnicos que atuam no projeto. A previsão é de que até 2008, sistemas de arborização de pastagens e lavouras sejam implantados nas áreas de intervenção do projeto e técnicos estejam capacitados para implantá-los em outros lugares.

A iniciativa, que prevê também arborização em faixas nas áreas agrícolas, pretende ainda incentivar o plantio de árvores no meio de pastagens, o que garante madeira para uso local e para comercialização, podendo também servir como forma de contenção e infiltração de água no solo, evitando os processos erosivos que afetam atualmente muitas bacias hidrográficas dos Cerrados brasileiros, entre as quais a Bacia do Rio Formoso.

O curso de atualização técnica em arborização de pastagens e cultivos está sendo realizado no Instituto de Ensino Superior da Funlec, em Bonito das 8:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 18:00 horas e está sendo ministrado pelos técnicos da Embrapa Florestas (PR), Vanderley Porfírio (engenheiro agrônomo) e Amilton Baggio (engenheiro florestal).

Projeto - O GEF Rio Formoso foi iniciado oficialmente em 2005 e atua em prol da conservação da biodiversidade da bacia hidrográfica do Rio Formoso, por meio do manejo sustentável do solo e da água.

O projeto, financiado pelo Banco Mundial, é coordenado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro) e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande), Agropecuária Oeste (Dourados) e Pantanal (Corumbá). Também são executoras do projeto a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (FCR).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores como a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), Instituto de Ensino Superior da Funlec (IESF) e Ibama.

Bonito recebeu no último dia 03 de setembro, a visita da Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária, Sra. Tânia Garib acompanhada por Larissa Orro, coordenadora de Trabalho e Renda, da Fundação do Trabalho e Qualificação Profissional.

A visita teve como objetivo discutir a implantação do projeto ACONCHEGO no Assentamento Guaicurus. Tal projeto viabilizará a profissionalização e inserção das mulheres no mercado de trabalho informal, tratando-se um conjunto de ações fundamentais, que além de gerar renda, valoriza o trabalhador rural.

A Prefeitura Municipal de Bonito vem buscando soluções para a reversão da pobreza, de forma compartilhada com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul que viu no ACONCHEGO uma alternativa para elevar a qualidade de vida da população a ser atendida. Esse interesse reuniu a Secretária Estadual Tânia Garib, o Prefeito de Bonito, José Artur Soares de Figueiredo, a Gestora Municipal de Ação Social, Isabel Aivi de Figueiredo, a ONG ANIMA, responsável pelo projeto Aconchego e o gerente do Banco do Brasil de Bonito, Sr. Nobu, que demonstrou grande interesse pela implantação do projeto por meio do programa de Desenvolvimento Regional Sustentável.
Um novo projeto nasce em Bonito e vem contribuir para desenvolvimento da autonomia das famílias bonitenses, resultado do olhar cuidadoso e atento da Gestora Municipal de Ação Social Isabel e do Prefeito, José Artur que encontra forte apoio do Governador André Puccineli e toda sua equipe.

"Mato Grosso do Sul terá o maior evento turístico da América Latina". Estas foram as palavras da diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Brun, ao lançar, na noite de segunda-feira (24), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, na Capital, a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul.

A solenidade foi aberta ao som do hino do Estado de Mato Grosso do Sul e contou com apresentações do grupo de dança da Uniderp e degustação da gastronomia sul-mato-grossense. Estiveram presentes o governador André Puccinelli; o secretário de Estado do Governo (Segov), Osmar Domingues Jeronymo; a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa; o diretor-presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros; além de prefeitos e secretários de turismo de Coxim, Bonito, Bodoquena, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Porto Murtinho, Iguatemi, Corumbá, Costa Rica, Rochedo, Sidrolândia, Anastácio, Aquidauana, Naviraí, Sonora, entre outros municípios.

Turismo e desenvolvimento

Em seu discurso, Nilde Brun justificou a realização da Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, alegando que "nosso Estado não perde para nenhum outro destino turístico, pois temos pessoal capacitado, belezas naturais, rede hoteleira e estrutura suficiente para atender a demanda nacional e internacional".

Ela explicou que o evento tem por objetivo promover o turismo interno e externo: "Queremos que o sul-mato-grossense conheça o próprio Estado. É preciso conhecer para gostar. Além disso, operadores de turismo e jornalistas europeus, norte-americanos e sul-americanos virão ao nosso encontro para vivenciar nossas potencialidades e comercializar o turismo de nosso Estado lá fora", relatou Nilde.

"Desta forma, o turismo, além de promover o lazer e o bem-estar, contribui imensamente para a economia e o desenvolvimento do Estado", finalizou a diretora-presidente da Fundtur.

Estiveram presentes, também, representantes dos parceiros da Fundtur na realização do evento: Sebrae, Senac, Senai, Fiems, Embratur, Ministério do Esporte e do Turismo, Abav, ABIH, Abrasel, Copan, Company Rent a Car, universidades, entre outros.

Entrada franca

A Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul acontecem de 18 a 22 de outubro, no Pavilhão Albano Franco, na Capital e terão entrada franca. Haverá shows de música regional, apresentações de dança, exposição e comercialização de artesanato, festividades, entrega do troféu Turismo, discussão de temas relacionados ao segmento, palestras, rodada internacional de negócios, comercialização de roteiros turísticos de Mato Grosso do Sul e lançamento do Selo de Qualidade Turismo e Guia Turístico Rodoviário.

Ariosto Mesquita (*)

Há pelo menos 20 anos tenho ouvido falar (e garanto que muitos dos leitores também) de que o turismo é o "futuro do Mato Grosso do Sul" além de chavões clássicos como "é a indústria sem chaminés" e a "redenção econômica de nosso estado". Muito bonito não fosse pela veia demagógica e insossa de pelo menos 90% destas declarações. O futuro continua distante uma vez que quase nada ou muito pouca coisa mudou de lá pra cá: o setor insiste no amadorismo e na improvisação, mesmo com os inúmeros cursos superiores de turismo, administração, marketing e comunicação que se multiplicaram neste período e por algumas evoluções na parte oficial de fomento.

Além disso, a infra-estrutura aumentou minimamente e a visão estratégica permanece quase inexistente. Algumas alternativas criadas e desenvolvidas - corredores, sistemática de capacitação, programas de financiamento, etc. - são dignas de registro, mas ainda pontuais, sem uma continuidade ou amplitude maior. Quem conhece o turismo no litoral do Nordeste sabe bem a diferença.

Os mais tradicionalistas vão me contestar sob o argumento de que hoje temos destinos consolidados como Pantanal e Bonito, este último com acesso por rodovia asfaltada e aeroporto (sic). Opa, aeroporto, não! Pista de pouso, sim! E mesmo uma infra-estrutura aeroportuária não resolve por si só. Corumbá, por exemplo, tem o seu aeroporto, mas seu turismo não decola. É verdade que há 20 anos chegar a Bonito era uma aventura recheada de buracos e pó, sobre uma estrada de terra batida. Mas acesso por asfalto quase todas as cidades do Mato Grosso do Sul já possuem. Se Bonito não o tivesse seria o fim da picada. Era fechar a porta, pegar o boné e ir embora!

Mas nem tudo está perdido. No turismo oficial do Mato Grosso do Sul a visão parece ter deixado de ser míope. Até meados dos anos 90 os poucos cargos disponíveis eram, em sua maioria, acomodações políticas. Seus ocupantes, com algumas exceções, se esbaldavam em viagens. Faziam turismo e não trabalhavam para o fomento ao turismo. Hoje já se prioriza a visão técnica e os primeiros frutos começam a ser colhidos pela forma profissional como passou a ser tratado o turismo oficial. Restam os municípios seguirem o mesmo caminho.

Alguns estão mais adiantados, como Campo Grande, Bonito e Corumbá (que trabalha a duras penas pra manter um fluxo turístico em um município ainda estagnado economicamente); outros começam a focar a atividade profissionalmente como Costa Rica, mas a maioria ainda insiste em deixar o setor, administrativamente, em segundo ou terceiro planos.

Uma das boas expectativas de consolidações de resultados práticos é a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de MS, que acontece de 18 a 22 de outubro, em Campo Grande. Será uma oportunidade única para os empresários e municípios efetivamente mostrarem ao público, ao segmento turístico e à imprensa nacional e internacional (jornalistas brasileiros e estrangeiros já confirmaram presença) seu potencial de operação, logística, atendimento e satisfação ao turista. Entendo que, potencialmente, o turismo rural ou agroturismo (como prefere o governador André Pucinelli) pode ser um dos mais beneficiados com o evento. Mas quem não se preparar através de uma estrutura de marketing e comunicação vai ficar a ver navios.

Lembro de quando ministrei o workshop "Comunicação para o Turismo" durante o IV Festival de Inverno de Bonito e uma empresária recente no ramo comentava da ineficiência de seu material de folheteria. Indaguei sobre como ele foi concebido, com que estratégia e quem cuidava de sua distribuição. Em resumo, ela e seu filho resolviam tudo. A distribuição? Bom, o material só era deixado na recepção de seu empreendimento. Uma visão pra derrubar qualquer negócio. Afinal, em uma atividade profissional, cada um deve responder pela sua área dentro de uma harmonia administrativa estratégica.

Infelizmente vários empresários ainda pecam por uma visão amadora do turismo. Teimam em empregar sobrinhos, filhos, netos e primos em suas agências, operadoras, hotéis e destinos turísticos em detrimento de profissionais com capacitação comprovada, como os bacharéis em turismo, em hotelaria, administradores, guias, profissionais de marketing e de comunicação. Os cursos de turismo, por exemplo, eram a grande sensação em Campo Grande no início dos anos 90. Hoje amargam uma demanda muito pequena diante do que se esperava.

E essa visão ainda amadora sobre o turismo está longe de ser uma exceção. Durante o lançamento do 1º Salão de Turismo de MS, o secretário municipal de Fomento ao Agronegócio, Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia (ufa!), Rodolfo Vaz de Carvalho, fez um apelo ao governador: "por favor, interceda junto aos nossos deputados e senadores, pois nossa bancada federal é a campeã negativa no Brasil em número de emendas voltadas para o turismo". Fecha a cortina!

E pelo amor de Deus! Vamos parar com esta história de "indústria sem chaminés"! Graças às exigências nos processos de licenciamento ambiental, estes "charutões" em novas indústrias são tão raros quanto às chegadas de vôos charter de turistas europeus ao Mato Grosso do Sul.

De qualquer forma prefiro não generalizar e nem ser pessimista. Apenas realista dentro de uma perspectiva de que a coisa ainda vai andar.

(*) É jornalista, pós-graduado em administração de marketing e mestre em produção e gestão agroindustrial. ariostomesquita@globo.com - fone: 3341-7792