Notícias de Bonito MS
O Projeto científico/econômico Jacaré-do-Pantanal e a atividade turística ao seu redor serão destaque na Feira Internacional e 1º Salão de Turismo do Mato Grosso do Sul, a partir desta quinta-feira (18.10) às 19 horas, no Centro de Exposições Albano Franco, em Campo Grande/MS. Desenvolvendo pesquisas desde o final dos anos 80 e hoje cultivando um rebanho de mais de 12 mil animais (répteis), a fazenda Cacimba de Pedra-Reino Selvagem - localizada distante apenas 30 km de Miranda/MS -, vai expor pelo menos meia dúzia de jacarés vivos em diferentes fases de desenvolvimento. Também vai mostrar peles curtidas e curadas do animal e divulgar material explicativo sobre a atividade de cultivo dos répteis, a viabilidade econômica das peles, a gastronomia e a atividade turística na propriedade.
A fazenda hoje conta com receptivo, restaurante, parque aquático, pomar, rendário e atividades de acompanhamento da lida com o jacaré e com o gado de corte, potencializando o turismo rural em torno das atividades econômicas ainda consideradas principais (a pecuária bovina e a produção de jacarés em cultivo). "O turismo hoje já responde por 10% de nosso faturamento, contra 40% da exploração econômica do couro do jacaré e 50% da pecuária bovina de corte; no entanto, pelo ritmo crescente logo o turismo representará 30% de nossa receita", garante o empresário Gerson Bueno Zahdi, proprietário e responsável pelo desenvolvimento da tecnologia de reprodução dos jacarés em cultivo na fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem. O seu projeto, por sinal, é reconhecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia que lhe concedeu o Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica.
Na verdade, Zahdi é o único empreendedor rural que desenvolve atualmente o cultivo do jacaré-do-pantanal no Mato Grosso do Sul com devida autorização do Governo Federal. E o fruto de quase 20 anos de trabalho hoje rende projeção nacional e internacional. Recentemente, a Rede Globo gravou cenas para alguns capítulos da novela Alma Gêmea, com a atriz Priscila Fantin. Nestas cenas, a estrela global se inteirou e conviveu com os jacarés de forma muito próxima com a qual os turistas também podem fazer.
E a imagem de local paradisíaco, selvagem e de aventura atravessou as fronteiras brasileiras e ecoa praticamente em toda a Europa. "Posso dizer que hoje 80% do meu fluxo turístico são de europeus, principalmente de países como Holanda, Portugal, França e Bélgica", garante Zahdi.
Localização na Feira
Na Feira Internacional, os jacarés estarão expostos em pequeno ambiente que reproduzirá condições básicas naturais de cultivo, uma vez que são animais que desde o nascimento vivem e crescem em estufas ou células de desenvolvimento (sob proteção climática e de incidência da luz solar) até atingirem idade e tamanho adequado para o abate. Este sistema de produção - que prevê a coleta de ovos na natureza - chama-se "ranching" e é devidamente autorizado pelo Governo Federal.
Para melhor localização, os répteis poderão ser encontrados a partir de quinta-feira (18.10) na região "Pantanal" da feira - o potencial turístico do Mato Grosso do Sul foi dividido em sete regiões -, que envolve os municípios de Porto Murtinho, Aquidauana, Miranda, Corumbá e Anastácio. Eles estão sendo transportados com licenças expedidas pelo IBAMA e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e serão acompanhados durante todo o período da feira por médico veterinário responsável.
Além dos municípios pantaneiros, outras 44 cidades sul-mato-grossenses também estarão participando da Feira Internacional e do 1º Salão de Turismo do Mato Grosso do Sul. Isso sem contar mais quatro estados brasileiros (Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Distrito Federal) e delegações e operadoras de cinco países (Chile, Argentina, Paraguai, Peru e Bolívia). O encerramento da feira está previsto para segunda-feira (22/10).
A PMA (Polícia Militar Ambiental) autuou no último domingo o fazendeiro Luiz Lemos de Souza Brito, proprietário da Fazenda América, em Bonito, por construir aterro de cascalho impedindo o curso do rio Formoso em área de preservação permanente sem autorização ambiental. O fazendeiro foi multado em R$ 150 mil e responderá por crime ambiental.
Paraguai, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Peru terão espaços abertos na Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul, que acontece de 18 a 22 de outubro, no Pavilhão Albano Franco, na Capital. De acordo com Aline Verônica, secretária de relação internacional do evento, autoridades, operadores e empresários do trade turístico dos seis países estarão expondo as potencialidades de cada um dos convidados através de vídeos institucionais, banners, prospectos, artesanato, etc.
"A Bolívia, por exemplo, tem resorts e hotéis de nível internacional, além de belíssimos atrativos naturais, culturais e arqueológicos, em Santa Cruz de La Sierra, com vôos de segunda a sábado, saindo de Campo Grande. É um destino bem mais econômico e de fácil acesso em relação às praias do Nordeste brasileiro, por exemplo. É muito bom para o público sul-mato-grossense saber que os países vizinhos oferecem estrutura e qualidade a preços justos", diz Aline.
O Peru será representado por Cuzco, que divulgará Machu Picchu e outros belos e históricos destinos; o Paraguai terá representantes de Assunção, divulgando seus cassinos e atrativos naturais; a Argentina contará com representantes de Salta, importante região turística que faz parte da rota bioceânica; e o Chile trará pessoal das regiões de Calama e Antofagasta, este último importante porto marítimo do Pacífico.
A Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul terá entrada gratuita e contará ainda com festival de gastronomia, apresentações de música e dança, mostra e comercialização de artesanato e produtos típicos, palestras, oficinas e minicursos, além da rodada de negócios, da qual os países convidados participarão, oferecendo seus roteiros para operadores nacionais e internacionais.
Na BioFach/ExpoSustentat 2007, WWF-Brasil vai prospectar mercados para produtos de origem sustentável da Amazônia e Pantanal, promover palestras ministradas por técnicos que atuam nos projetos de campo e mostrar ações em prol do uso responsável dos recursos naturais
O WWF-Brasil terá um estande na BioFach América Latina /ExpoSustentat 2007, que acontece entre 16 e 18 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo. O evento tem como principal objetivo promover produtos, organizações, iniciativas e projetos comprometidos com a sustentabilidade social e ambiental. Esta é a primeira vez que a ONG ambiental participa da maior feira de produtos orgânicos e sustentáveis da América Latina.
De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, políticas de desenvolvimento sustentável têm grande importância na estratégia de trabalho da instituição. "É fundamental assegurar que as gerações atuais tenham alternativas de renda baseadas na utilização responsável dos recursos naturais. Nossa participação nesse evento busca mostrar a empresas e investidores que negócios ambientalmente sustentáveis também podem ser economicamente viáveis", afirma.
Durante os três dias da feira, o WWF-Brasil vai mostrar ao público projetos voltados para a promoção do desenvolvimento sustentável nos biomas Amazônia e Pantanal. Será apresentada uma série de produtos feitos por comunidades e instituições parceiras, que contam com o apoio do WWF-Brasil para estruturação da cadeia produtiva e prospecção de mercados.
Os visitantes do estande também vão conhecer parcerias entre a instituição e o setor privado, que têm o objetivo de influenciar sistemas produtivos e mercados a adotar boas práticas e a seguir critérios ambientais em suas atividades. Além disso, técnicos do WWF-Brasil, diretamente envolvidos nos projetos de campo do Pantanal e da Amazônia, estarão presentes.
O WWF-Brasil vai mostrar no evento projetos de apoio a cadeias produtivas comunitárias de artesanato em couro de peixe, artesanato em fibras, artesanato indígena, castanha-do-Brasil, couro vegetal, óleo de copaíba, óleos e essências vegetais. O público também conhecerá ações e parcerias voltadas para a pecuária orgânica e o manejo do pirarucu. As iniciativas mostradas estão distribuídas pelos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.
Um dos principais objetivos da instituição na feira é fomentar o estabelecimento de vínculos de mercado entre as comunidades e associações apoiadas pelo WWF-Brasil e empresas e entidades comprometidas com o manejo e consumo responsável.
Durante o evento, técnicos do WWF-Brasil farão ainda palestras e apresentações sobre os temas manejo florestal comunitário na Amazônia, cadeia da carne orgânica no Brasil, fortalecimento de cadeias produtivas de produtos florestais não-madeireiros, Pantanal: natureza, biodiversidade e produção sustentável e manejo do pirarucu na Amazônia.
Serão realizadas ainda demonstrações do processo produtivo de jóias a partir de sementes, cocos e outros ativos florestais, além de artesanato em fibras de palmeiras da Amazônia, realizadas por mulheres de comunidades amazônicas apoiadas pelo WWF-Brasil.
O Bonito Convention & Visitors Bureau (BCVB) realizou a captação de dois eventos nacionais de grande porte na primeira quinzena de outubro.
Nos dias 5 a 8 de outubro, a equipe do Bonito Convention Bureau foi até a cidade de Blumenau-SC para captar o Congresso Brasileiro de Eletrônica de Potência. Este evento será realizado em Bonito-MS em 2009 e espera-se um público de 800 pessoas.
O Congresso Nacional de Saúde Publica Veterinária foi captado dia 10 de outubro em Fortaleza-CE. O evento conta com 1.500 inscritos e, somados os acompanhantes, irá trazer mais de 2.200 pessoas para Bonito em 2009.
"Estes dois eventos significam um fluxo extra de três mil turistas em plena baixa temporada no ano de 2009. A renda gerada será de R$3,8 milhões e contribuirá para o desenvolvimento sustentável de Bonito, o mais premiado destino de ecoturismo brasileiro", diz o diretor de marketing do Bonito CVB - Rodrigo Coinete.
Com uma infra-estrutura de excelência, aeroporto em operação e um recém-inaugurado centro de convenções, a cidade de Bonito desponta como a grande novidade no mercado de eventos brasileiro.
Os agrônomos e fiscais federais agropecuários do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Cláudio Magalhães e Kleber dos Santos estiveram na semana passada na Embrapa Pantanal, em Corumbá (MS), para obter informações sobre as pesquisas desenvolvidas no rio Taquari. Na quarta-feira, dia 10, a pesquisadora Emiko Resende acompanhou os dois a uma visita in loco, onde puderam ver de perto a situação do Arrombado Zé da Costa.
O arrombado é por onde o rio rompe as margens e invade os campos laterais porque o leito do rio está entupido de areia e causa inundação permanente de extensas áreas, o que ainda faz o rio sofrer desvio de sua rota original. Esse fenômeno aconteceu a partir da década de 1980 e afetou muitas famílias ribeirinhas que viviam na região. A viagem ao arrombado, de barco, durou nove horas e meia.
O fiscal Cláudio Magalhães disse que o objetivo da viagem era observar impactos ambientais sofridos pela bacia do Taquari. Os dois atuam na Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo e fazem parte do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) da Bacia do Rio Taquari. Esse grupo reúne representantes de seis ministérios e é coordenado pela Casa Civil.
No retorno, Cláudio disse que foi muito bom ter conhecido a realidade in loco e sugeriu que todos os membros do GTI façam a viagem pelo rio. "Eu não tinha noção e trabalhava muito baseado na teoria. Após a viagem vi que estamos no caminho certo e que as medidas de recuperação da bacia são mais do que urgentes", afirmou.
No percurso o grupo parou para conversar com o morador ribeirinho Ivan Carvalho. Há cinco anos ele vive na área do Arrombado Zé da Costa e disse que vive da pecuária de corte. Tem cerca de 30 cabeças e as vende esporadicamente.
A família de Ivan mora em Corumbá e ele a visita a cada dois ou três meses. As condições de vida do ribeirinho são precárias: ele mora em uma casa aberta, de sapê, e cuida de sua saúde usando plantas medicinais da região.
Ações
O grupo de trabalho foi formado por decreto em setembro de 2006, com duração de um ano. Novo decreto prorrogou a atuação até dezembro deste ano. O objetivo é definir e implementar ações para a proteção e recuperação ambiental da bacia do rio Taquari.
Nesse ano de trabalho o grupo propôs várias ações para o alto, médio e baixo Taquari. O custo total das propostas chega a R$ 35 milhões, que será dividido entre os ministérios envolvidos.
O Mapa vai desenvolver três atividades: capacitação de técnicos, produtores e outros atores envolvidos com a bacia, apoio à pesquisa agropecuária e instrumentos de política pública, incluindo linhas de crédito diferenciadas para pagamento de bens e serviços ambientais.
Na Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Mapa) os fiscais conheceram as pesquisas desenvolvidas pela Unidade sobre a bacia e apresentaram o projeto "Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Microbacias Hidrográficas no Estado do Mato Grosso do Sul", que será desenvolvido em São Gabriel d'Oeste.
"A Embrapa Pantanal é parceira nesse projeto", disse Cláudio. A idéia, segundo ele, é reunir ainda a Embrapa Solos, Embrapa Florestas e Embrapa Gado de Corte para que todas informem como podem contribuir com a recuperação da bacia.
O rio Taquari é um dos mais comprometidos do Mato Grosso do Sul. Pela erosão ocorrida na região das cabeceiras ele sofreu assoreamento na planície, ficou com o leito entupido de areia, teve seu leito desviado e perdeu mata ciliar. Causou e vem causando enormes prejuízos sócio-econômicos aos pecuaristas, pequenos produtores assentados no baixo curso e aos pescadores profissionais dependentes da pesca no rio.
Desde o último dia 10, mais de 3,5 mil militares de diversos locais do País estão reunidos no Estado de Mato Grosso do Sul para participar da Operação Pantanal. Com duração aproximada de 10 dias, a Operação Pantanal é um exercício combinado entre a Marinha, o Exército e a Força Aérea, coordenado pelo Ministério da Defesa, que tem como objetivo a interoperabilidade nas atividades desenvolvidas pelas Forças Armadas.
A Operação Pantanal possui um comando único, exercido pelo Comandante Militar do Oeste, General-de-Exército José Carlos De Nardi, na função de Comandante do Comando Combinado Oeste.
Subordinadas a esse Comando estão as Forças Componentes responsáveis por objetivos específicos e posicionados em pontos estratégicos. Dentre elas destacam-se: a Força Terrestre Guaicurus, A Força Combinada Ladário, componente naval da Pantanal, e a Força Aérea Componente, elemento aéreo.
Como em todo exercício militar, existe um grupo encarregado de observar, avaliar e controlar a evolução da Operação Pantanal. Formada por militares da Marinha, do Exército, da Força Aérea e por integrantes do Ministério da Defesa, a Direx é esse elemento.
Para cumprir os objetivos acima, a Direx elabora e distribui aos participantes da Operação alguns problemas militares simulados, que são situações fictícias de guerra. Tais problemas devem ser solucionados pelos militares integrantes do Estado-Maior de forma que os conhecimentos doutrinários sejam aplicados da melhor maneira possível.