imagem do onda

Notícias de Bonito MS

Uma pesquisa sobre grupos sociais de ariranhas que vivem no Pantanal sul-mato-grossense está conseguindo descobertas interessantes sobre o comportamento desse mamífero, ameaçado de extinção. O trabalho é desenvolvido pela Embrapa Pantanal, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), e enfoca grupos de ariranhas no rio Vermelho.

Até a década de 1970 e início dos anos 80, a ariranha foi vítima de exploração ilegal de peles. Hoje, no Brasil, a espécie vive apenas no Pantanal e região amazônica.

Orientada pelo pesquisador da Embrapa Pantanal Guilherme Mourão, a bióloga Caroline Leuchtenberger está coletando informações preciosas no rio. Ela é estagiária do Laboratório de Vida Selvagem da Unidade e aluna do programa de pós-graduação.

Em 2002, outra estagiária do mesmo laboratório, Carolina Ribas - também aluna da pós-graduação - monitorou na mesma área de estudo cinco grupos sociais de ariranhas.

Ao realizar pesquisa de campo no ano passado, Caroline já conseguiu observar seis grupos. "Dos cinco que a pesquisadora anterior monitorou, consegui encontrar dois", disse. A permanência no mesmo espaço, segundo ela, pode significar que o ambiente é ideal e oferece os recursos que as ariranhas precisam.

Os monitoramentos da bióloga serão intensificados no período de seca, porque durante a cheia os animais se dispersam. "Trabalhamos com a hipótese de que, na seca, os grupos retornam ao mesmo território", explica a estudante.

A pesquisadora consegue identificar os grupos por meio de manchas que os animais apresentam na área do pescoço. "São únicas, como se fossem suas digitais", afirma. Cada grupo tem um casal dominante. Podem haver ainda filhotes e indivíduos adultos que ajudam a cuidar dos pequenos.

NOVIDADES

Caroline observou uma mudança importante em um dos grupos. Um mesmo macho dominante monitorado em 2002 e reencontrado até agosto do ano passado [2006] deixou o grupo em setembro. Outro macho dominante ocupou seu lugar. Ainda não se sabe o que teria acontecido com o primeiro.

Em relação aos casais, outra surpresa. A estudante observou num mesmo grupo duas fêmeas que aparentam estar amamentando.

As ariranhas são animais sociais e vivem em grupos de até 20 indivíduos. Neste estudo foram encontrados 13 (incluindo seis filhotes). "Pode acontecer de encontrarmos indivíduos solitários, que deixam seu grupo para formar um próprio", diz Caroline.

As ariranhas se alimentam de peixes. Machos podem chegar a até 2 metros (comprimento da cabeça à cauda) e fêmeas chegam a até 1,70 metro. A bióloga deve concluir a pesquisa de campo em outubro e entregar os resultados da pesquisa em março.

MÓDULOS

O pesquisador Guilherme Mourão, orientador de Caroline, disse que a idéia é promover um estudo de longo prazo para conhecer o comportamento e os padrões territoriais das ariranhas. "Os alunos do mestrado desenvolvem estudos modulares e assim vamos desvendando esse quebra-cabeça", explicou.

Essa estratégia ajudou a Embrapa Pantanal a desvendar detalhes sobre o comportamento dos tamanduás.

O orientador afirma que a pesquisa de Caroline vai apontar se os animais estão voltando à mesma área após a cheia, "se são fiéis ao território".

A Embrapa Pantanal, em Corumbá (MS), está iniciando uma pesquisa na área de sociologia que vai traçar o perfil do pescador artesanal profissional que vive na Bacia do Alto Paraguai, que engloba o Pantanal. O objetivo é identificar esse público (estimado em 2,5 mil pescadores), auxiliar sua organização e valorizar as comunidades tradicionais e sua cultura.

Três pesquisadores da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA) estão envolvidos com o projeto "Levantamento socioeconômico da pesca profissional artesanal do Pantanal sul-mato-grossense para a construção de alternativas para o setor": Cristhiane Amâncio, Agostinho Catella e Emiko Resende.

Líder da pesquisa, Cristhiane disse que se interessou pelo tema quando, em 2006, começou a visitar colônias de pescadores e percebeu a falta de informações sobre o setor. Bióloga com mestrado e doutorado em ciências sociais, a pesquisadora também notou a falta de diálogo dessas comunidades com cientistas.

O projeto vai durar três anos e tem quatro planos de ação: a gestão da pesquisa e dos recursos, o diagnóstico, a co-relação de dados quantitativos existentes no sistema de controle de pesca| com os dados qualitativos que serão levantados e a introdução de novos mecanismos gerenciais nos grupos de pescadores. A idéia central é melhorar, por meio da adoção de algumas técnicas gerenciais, a eficiência e eficácia dos negócios formais e informais ligados à cadeia da pesca a qual as famílias pescadoras estão inseridas.

"Uma inovação apontada pelos gestores do macroprograma que aprovaram o projeto na Embrapa em Brasília é que todas as ações serão simultâneas", disse Cristhiane.

Isso significa que, à medida que o diagnóstico for elaborado, ações para a organização do setor já poderão ser indicadas, sempre de maneira participativa. Já foi feito um pré-diagnóstico com determinados grupos e alguns problemas são elementares, segundo a pesquisadora.

Em Corumbá os pesquisadores já mantiveram contato com pescadores da Barra do São Lourenço, do Paraguai-Mirim e do Amolar. Faltam outras comunidades, além de grupos de Ladário, Miranda, Porto Murtinho, Aquidauana e Coxim.

Segundo a bióloga, a pesquisa será desenvolvida por meio de visitas in loco e reuniões nas colônias, pontos de acampamentos e comunidades ribeirinhas.

HISTÓRICO

A pesca artesanal vem sendo desestimulada na região do Pantanal, por meio de políticas públicas que proibiram, ao longo dos anos, o uso de petrechos. Primeiro foi a tarrafa e a rede. Depois o anzol de galho, a bóia fixa ou flutuante e o espinhel.

Entre 1979 e 1983, cada pescador pegava 121 quilos de peixes por dia. Com as restrições à atividade, esse volume passou para 11,5 quilos por dia. Ou seja, a produção caiu para menos de 10% da quantidade anterior em 11 anos. Esses dados mais recentes referem-se ao período entre 1994 e 1999 e foram levantados por meio de diversos estudos pelo pesquisador Agostinho Catella.

Cristhiane disse ainda que os pescadores são chamados de "artesanais" porque confeccionam seus instrumentos de trabalho de forma rústica. "Existe toda uma reprodução cultural envolvendo essa profissão e seu sistema de mercado. Não adianta trazê-los para a cidade porque eles não têm vínculos com o espaço urbano. Suas formas de reprodução e estilo de vida estão vinculadas ao espaço rural", afirmou.

A pesquisadora disse também que existem três tipos de pescadores: os totalmente legalizados, que têm a carteirinha da Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca), emitida pelo governo federal, e a licença ambiental, disponibilizada pelo governo estadual; aqueles que têm apenas a carteira da Seap (profissão regulamentada); e aqueles que não têm nenhuma das duas.

Cristhiane explicou que há quatro anos o governo do Estado do Mato Grosso do Sul parou de emitir novas licenças ambientais. "Mas hoje existe uma tendência ao diálogo."

O projeto de pesquisa vai permitir que os dados subsidiem políticas públicas e estimulem um diálogo mais harmonioso com os órgãos de fiscalização. Conflitos entre policiais militares ambientais e pescadores são comuns na região.

PARCERIAS

O projeto de pesquisa tem como parceiros o professor Álvaro Banducci, da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), hoje diretor científico da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), Francisca Albuquerque, mestre em desenvolvimento pela UnB (Universidade de Brasília) e coordenadora de recursos pesqueiros e fauna do Imasul (Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), dois pesquisadores deste instituto, o professor Robson Amâncio, da UFLA (Universidade Federal de Lavras), o Ibama-Corumbá e a ACN (Área de Comunicação e Negócios) da Embrapa Pantanal.

Serão lançados na segunda-feira, dia 24, a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul. O lançamento será às 19 horas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, pela Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul). Os eventos acontecem entre 18 e 22 de outubro no Pavilhão Albano Franco, em Campo Grande. Durante os eventos acontecem o festival de gastronomia, apresentações de música e dança, mostra e comercialização de artesanato e produtos típicos, além da rodada de negócios.

A feira e salão devem contar com a presença de expositores do Paraguai, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Peru. Representantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal também devem comparecer.

Nos cinco dias de programação, o evento vai apoiar a comercialização dos roteiros turísticos do Estado; selecionar os roteiros e produtos a serem apresentados no 3º Salão Nacional de Turismo, em São Paulo; fortalecer os roteiros turísticos já existentes e apoiar a formatação de novos; promover a integração entre os municípios participantes; contribuir para a difusão histórico-cultural do Estado; realizar ações de qualificação; divulgar os produtos turísticos no cenário nacional e internacional. O objetivo é fortalecer a imagem do Estado.

Termina na terça-feira (25) a consultoria que orientou a bares e restaurantes de Jardim a utilizar e implementar ingredientes regionais no cardápio. Iniciado no dia 21 de agosto, a ação foi coordenada pelo chef de cozinha Oscar Góis, que também mostrou receitas regionais e orientou os profissionais sobre o uso correto dos alimentos.

A consultoria faz parte do projeto Gastronomia de Bonito e Região, desenvolvido com base nos resultados de uma pesquisa feita pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul. Segundo a consultora do Sebrae em Bonito, Vanessa Leite, a pesquisa identificou que a principal reclamação dos turistas que visitam o Estado é a falta de uma gastronomia regional.

Os tópicos trabalhados no curso foram: melhoria do posicionamento dos alimentos, padronização de pratos; receitas clássicas e exclusivas, apresentação de pratos; acompanhamentos para a produção; produção de pratos do dia; formação de cardápios para eventos; elaboração e padronização de fichas técnicas; padronização para lista de compras; boas práticas na manipulação de alimentos entre outros.

O projeto Gastronomia de Bonito e Região começou em novembro de 2005 e tem como parceira a Prefeitura Municipal de Jardim.

Empresários do turismo rural de Mato Grosso do Sul já começam a sentir os resultados da promoção internacional do turismo, como a Press Trip realizada pela Fundação de Turismo do Estado e Grupo de Operadoras de Turismo (Gopan), com seis jornalistas portugueses. O evento fez parte do plano de promoção internacional realizado pelo Brasil Central (MS, MT, GO e DF). Os jornalistas vieram ao Brasil no mês de maio, para o lançamento do vôo direto da TAP Lisboa/Brasília e passaram por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e pela Capital Federal para conhecer o turismo do Brasil Central.

Em Mato Grosso do Sul, os jornalistas conheceram o Pantanal, se encantaram com a fauna e flora da região e produziram matérias que foram veiculadas em sites e revistas da Europa. E o resultado da promoção já pode ser sentido pelos empresários sul-mato-grossenses. Alexandre Costa Marques, da Fazenda Baía Grande, diz que já recebeu mais de cinco casais portugueses que resolveram conhecer de perto as belezas do Pantanal. "É fantástico como a visita dos jornalistas repercutiu de maneira positiva para o setor. A Baía Grande, por exemplo, já recebeu vários turistas portugueses que mencionaram as matérias que foram veiculadas depois da Press Trip", diz o empresário.

Participaram também da recepção aos jornalistas portugueses empresários da Fazenda Cacimba de Pedra, Fazenda Xaraés e Recanto Ecológico Caiman, que se dizem entusiasmados com os novos vôos diretos da Europa para o Centro-Oeste. "Um novo leque se abriu para que os europeus fiquem mais perto das nossas belezas, o que deve impulsionar o turismo de Mato Grosso do Sul para este público", diz José Romeu, da Cacimba de Pedra. Outros empresários, mesmo sem participar da Press Trip, também já estão recebendo turistas europeus que vieram após o lançamento do vôo. É o caso da Pousada Aguapé, que teve um aumento no número de visitantes estrangeiros no mês de agosto, principalmente portugueses. "Ações de promoção, como a que foi realizada, são boas para todo o setor turístico do nosso Estado", salienta Joana, da Pousada Aguapé.

Segundo a presidente do Gopan, Kassilene Carneiro, que também representa o Estado no Brasil Central através da Febractur (Federação Brasil Central de Turismo Receptivo), essas ações de promoção estão sendo muito importantes. "Já estamos sentindo os resultados do Press Trip com a imprensa portuguesa. O Estado foi tema de divulgação em sete reportagens veiculadas na mídia de Portugal. A oportunidade que a Fundação de Turismo está proporcionando à iniciativa privada através do Gopan em realizar juntos a promoção de Mato Grosso do Sul é sem duvida um grande feito. Atuando nas duas frentes, o Estado recebe os jornalistas e operadores e também os visita através dos Road Shows e Feiras Internacionais, fazendo-se presente no cenário do turismo internacional. O último evento que participamos fazendo a divulgação de Mato Grosso do Sul e do bloco Brasil Central foi a La Cumbre, realizada no começo de setembro nos Estados Unidos. A feira foi representada por técnicos da Fundação de Turismo, empresários e Gopan/Febractur. São ações como essas que ajudam a consolidar o nosso destino turístico no mercado internacional", diz a presidente do Gopan.

A diretora-presidente da Fundação de Turismo do Estado, Nilde Brun, acredita que a parceria entre os empresários do setor turístico e a Fundação de Turismo é primordial para o crescimento do turismo no Estado. "Tenho certeza que esta parceria entre a Fundação de Turismo, com seu papel institucional e promocional, e o trade, com seu papel de comercialização, vai fazer com que Mato Grosso do Sul seja um dos dez maiores destinos turísticos do Brasil e um dos melhores do mundo para se conhecer", finaliza Nilde.

A Feira das Américas/Abav 2007 já conta com 4.900 inscrições de agentes de viagens, na sua grande maioria (três mil) do Rio de Janeiro, seguido de São Paulo com 300 inscrições.

Os outros estados com mais inscrições para o evento, que decorre no Rio de Janeiro, de 24 a 26 de outubro para profissionais, e no dia 27 para o público, tem ainda são Bahia, Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, noticia o "Panrotas".

A expectativa é que o número de paulistas aumente com a proximidade do evento e cerca de 900 dos paulistas serão transportados pela CVC, em programas de ida-e-volta, o que eleva o número para mais de 1.200.

O seminário "Agências de Turismo - Força Renovadora do Turismo", que marcará o lançamento do Portal Abav e mostrará as perspectivas para a actividade das agências já conta com mais de 2.400 inscrições.

Outros seminários com muita procura são ainda o "Novas Alternativas de Receitas para as Agências de Viagens", e "Responsabilidade Civil nos Serviços Turísticos", com o consultor jurídico da Abav, Paulo Wiedmann, que representará as agências na assinatura do acordo com a Tam sobre a remuneração das agências.

Sob a presidência da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) deu início, nesta quinta-feira, a audiência pública para instruir a votação do projeto de lei da Câmara 22/03, que dispõe sobre as atividades das agências de turismo.

Participam do debate representantes do Ministério do Turismo e do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, além de João PereiraMartins Neto, presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) e de Paulo Wiedmann, assessor jurídico da Abav.