Notícias de Bonito MS
O nome "parque" é uma denominação que chama atenção e, também preocupação, principalmente porque a ele está associada outra palavra temida: desapropriação.
Essa preocupação é maior ainda no Estado de Mato Grosso do Sul, onde a palavra parque foi empregada para o Parque Natural do Pantanal e a Estrada-Parque.
É natural, portanto, esperar reações ambíguas ao se colocar uma proposta de Geoparque para a Serra da Bodoquena, ainda mais porque lá já não existe o Parque Nacional da Serra da Bodoquena?
O conceito de geoparque (geopark), no entanto é diferente e foi desenvolvido na Europa com cooperação da UNESCO, e tem sido grande o número de pedidos que essa organização vem recebendo no mundo inteiro para sua criação.
Na concepção da UNESCO, um geoparque é uma área com limites definidos que engloba áreas de grande interesse geológico e paleontológicos, interesse esse não somente científico, mas também pela beleza e valor histórico e cultural, com grande potencial de uso como atividade turística.
Necessariamente a proposta de sua criação deve ter articulação entre as instituições públicas as privadas e fará parte de uma rede global, sob assistência da UNESCO.
A experiência que se tem obtido da criação de geoparques é imediata, no sentido de reforçar a identidade cultural da população local ao promover o resnascimento cultural, e tem também estimulado a criação de empreendimentos locais inovadores, pequenos negócios ligados ao turismo e novos empregos, com ganhos suplementares para a população local e atração de capital privado, além do desenvolvimento científico da região.
No Brasil, ou melhor, no Hemisfério Sul, o único geoparque já criado é do Araripe, frente às excepcionais concentrações de fósseis que apresenta, conhecidos pelos fósseis de peixes em pedras arredondadas, e o órgão responsável pelos geoparques é o Serviço Geológico do Brasil, mais conhecido pela sigla CPRM juntamente com a Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos - SIGEP.
Para discutir essa proposta, acontecerá seminário em Bonito, de 19 a 21 de setembro com o título "SERRA DA BODOQUENA-MS - PAISAGEM CULTURAL E PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE GEOPARQUE", organizado pelo IPHAN (Superintendência de Mato Grosso do Sul), o qual contará com a participação das instituições envolvidas e será oportunidade única para saber sobre as vantagens para região da criação de um Geoparque, inclusive com a possibilidade de ampliação para a Corumbá, onde há fósseis dos animais mais antigos da América do Sul, um com o nome da cidade (Corumbella), e de incluir áreas do Pantanal, com suas incríveis lagoas salinas.
Programação do Seminário:
Mais informações em:
http://www.unb.br/ig/sigep/destaques/PROJETO_GEOPARQUES.pdf
Sobre o SIGEP e propostas de Sítios Geológicos e Paleontológicos para Mato Grosso do Sul ver:
http://www.unb.br/ig/sigep
Sobre o seminário em Bonito: 18sr@iphan.gov.br (67) 3382-5921
SEMINÁRIO
SERRA DA BODOQUENA-MS - PAISAGEM CULTURAL E PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE GEOPARQUE
Local: BONITO/MS, de 19 a 21 de setembro de 2007
A Serra da Bodoquena reúne conjunto impar de feições geológicas e paleontológicas de grande interesse científico e de rara beleza natural o que lhe confere condições para vir a ser um Geoparque, uma nova e muito solicitada categoria criada pela UNESCO que tem por objetivo a sua preservação.
A fim de apresentar e discutir a futura proposição da área como GEOPARQUE, o IPHAN e Prefeitura Municipal de Bonito organizaram o presente seminário, aberto a todos interessados.
Programação
Dia 19/09/2007:
MANHÃ
08:00h: abertura do seminário
Recepção pela Superintendente do IPHAN em Mato Grosso do Sul Maria Margareth Escobar Ribas de Lima. e Prefeito Municipal de Bonito Sr. José Artur Soares de Figueiredo e formação de mesa com autoridades convidadas.
09:00hs. O Patrimônio do Futuro
Palestrante: Luiz Fernando de Almeida - Presidente do IPHAN
10:00hs. intervalo
Coordenador da mesa: Luiz Fernando de Almeida
10:15hs. - O IPHAN e a Paisagem Cultural
Palestrante: Dalmo Vieira Filho- Diretor do DEPAM - IPHAN
11:00hs. - O Patrimônio Geológico e Paleontológico do Brasil: o papel da SIGEP e da CPRM
Palestrante - Carlos Schobbenhaus- Presidente da SIGEP e geólogo da CPRM-Serviço Geológico do Brasil.
11:40hs. -Debate
TARDE
Coordenador da mesa: Carlos Fernando de Moura Delphim
14:30hs. - Paisagem Cultural
Palestrante: Carlos Fernando de Moura Delphim-DEPAM-IPHAN
15:30hs. -Paisagem Rural
Palestrante: José Vergílio Bernardes Lima
16:30hs. intervalo
16:45hs. -Debate
Dia 20/09/2007:
MANHÃ
07:00h: Roteiro Geológico pela Serra da Bodoquena
Coordenado por Paulo César Boggiani - Instituto de Geociências - USP
TARDE
Coordenador da mesa: Olga Paiva - 4º SR/IPHAN
14:30hs. - Um olhar sobre a Serra da Bodoquena
Palestrante: Jose Saia Neto 9ª SR/IPHAN
15:30hs. - A Paisagem Histórica de Mato Grosso do Sul
Palestrante: Gilson Rodolfo Martins - Museu de Arqueologia da UFMS
16:00hs. A Paisagem Histórica da Retirada da Laguna
Palestrante: Capitão Mattos- 10º Regimento de Cavalaria mecanizado "Regimento Antônio João" - Bela Vista-MS
16:30hs. intervalo
17:00hs. -Debate
NOITE
Coordenador da mesa: Alexandre Feitosa - Membro SIGEP/UNB, Membro CPRM/MME
19h30min. - Geologia da serra da Bodoquena
Palestrante: Paulo César Boggiani - Instituto de Geociências - USP
20h30min.- Sítios geológicos e paleontológicos do geoparque do Cariri
Palestrante: Alexandre Feitosa - Membro SIGEP/UNB, Membro CPRM/MME
21h30min - Debate
Dia 21/09/2007:
MANHÃ
Coordenador da mesa: Maria Margareth Escobar Ribas Lima
08hs - Patrimônio Intangível
Palestrante: Olga Paiva - 4. ª SR/ IPHAN.
09hs. - A experiência da 4ª SR com o geoparque do Cariri-CE
Palestrante: Romeu Santana Sup. da 4ª SR
10hs.- Geoparque UNESCO: Mecanismo de reconhecimento e proteção
Palestrante: André Herzog - Químico
10hs. -Debate
TARDE
14hs. - Mesa Redonda e Encerramento
Coordenadores da mesa: Luiz Fernando de Almeida, Dalmo Viera Filho, Olga Paiva, André Herzog, Carlos Fernando de Moura Delphim, Maria Margareth Escobar Ribas Lima.
Após anos de espera, a Serra Verde Express e o governo do Estado anunciaram que o Trem do Pantanal deve voltar aos trilhos a partir de janeiro de 2008.
A princípio, conforme a empresa, o trajeto inicial será de Campo Grande a Aquidauana, uma distância de 132 quilômetros que será percorrida por uma locomotiva e dois vagões, sendo um vagão panorâmico para que os turistas apreciem a paisagem e outro vagão com restaurante.
De acordo com a Serra Verde Express, serão disponibilizados 192 lugares e a viagem terá quatro horas de duração, já que a locomotiva vai se deslocar a 30 km/h.
Nos próximos meses, a estrada de ferro será adaptada para o transporte de passageiros, sendo que o objetivo é, até o fim do próximo ano, chegar até Corumbá, possibilitando aos turistas conhecerem de perto o explendor do Pantanal.
O Centro de Atendimento ao Turista (CAT) José Maria Tortorelli foi construído pelo Governo Estadual, por meio de uma parceria com o Município, onde este se responsabiliza por sua administração. A obra custou cerca de R$ 141 mil e foi feita com recursos federais (Ministério do Turismo e CEF) e estaduais. O local com 84,06 m² conta com sala de atendimento e espera, copa, sanitários, sala de projeção e espaço para loja de artesanato. A construção abrangeu, ainda, um novo projeto paisagístico com o plantio de grama e árvores, construção de calçada, estacionamento e iluminação.
O CAT terá uma ampla infra-estrutura e funcionários devidamente capacitados para atender às dúvidas de moradores de Campo Grande ou pessoas que passam pela cidade a caminho de outros destinos, como as cidades turísticas de Bonito e Corumbá. O CAT foi construído em uma área pública municipal, entre as ruas Evaristo da Veiga, Bruxelas e BR 262, na saída para Três Lagoas. O ponto é estratégico, pelo fato de a rodovia ser uma dos acessos de entrada de maior movimento da Capital.
Com a implantação deste Centro, a Prefeitura avança para o quinto CAT construído na cidade. Os outros quatro estão instalados no Aeroporto Internacional, Shopping Campo Grande, Estação Rodoviária Heitor Laburu e na Feira Central.
Em todos os locais onde estão alojados, os centros funcionam com apoio de parceiros, como o Governo do Estado e estagiários de cursos de Turismo das universidades locais.
O fortalecimento da atividade turística como indutora do desenvolvimento regional está sendo discutido ontem, durante reunião do Fórum da Região do Pantanal, que está sendo realizada na Associação Comercial de Aquidauana.
Durante o encontro, secretários de turismo dos municípios participantes discutem assuntos de interesse do setor, como a atualização do anuário turístico e o 1º Salão de Turismo, que será realizado entre os dias 18 e 22 de outubro, no Pavilhão Albano Franco, em Campo Grande.
Participam do grupo Corumbá, Ladário, Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti. Segundo o secretário-executivo de Turismo e de Relações Institucionais de Corumbá, Carlos Porto, que é coordenador-executivo do Fórum, o objetivo do grupo de trabalho é atuar na integração dos roteiros turísticos e na valorização do Pantanal. Para tanto, deve ser viabilizada nos municípios uma estrutura organizada e planejada para receber o turista, oferecer informações, opções de atrativos e roteiros variados.
Uma das medidas que devem ser implementadas em breve, juntamente com o apoio de parceiros, é a construção de centros de apoio ao turista em três locais da Estrada Parque Pantanal (EPP), em Corumbá: Lampião Aceso, Buraco das Piranhas e Porto da Manga.
Mato Grosso do Sul foi representado pela Fundação de Turismo (Fundtur) numa das maiores exposições de turismo das Américas, a La Cumbre. Em sua 18º edição, a Exposição da Indústria de Viagens das Américas reuniu 403 compradores, 230 expositores e cerca de 1.100 participantes, que puderam agendar rodadas de negócios. Foram estimadas 3.900 rodadas até o final da feira.
O evento aconteceu de 5 a 7 de setembro, no complexo hoteleiro The Westin Diplomat, em Great Fort Lauderdale, na Flórida. Este ano, a La Cumbre trouxe dezenas de novos destinos e promoveu apresentações especiais do Brasil, de Hollywood e Bahamas. O Brasil foi um dos 25 paises participantes.
Brasil Central
O Brasil Central também esteve presente na Feira, representado pelo Grupo de Operadoras de Turismo de Mato Grosso do Sul (Gopan/MS), por meio da Federação Brasil Central de Turismo Receptivo (Febractur). A região é co-expositora no estande da Embratur/Ministério do Turismo.
Este é o segundo ano em que o Brasil participou da exposição, que acontece sempre nos Estados Unidos. São 14 co-expositores brasileiros, como Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Amazonas, Pernambuco, entre outros.
A La Cumbre é uma das mais importantes feiras de turismo das Américas no segmento lazer e a partir deste ano traz, como novidade, o mercado de eventos e negócios. Para os organizadores, como a feira possibilita a participação em espaços de promoção para negócios diretos, é alto o retorno do investimento.
Segundo o diretor da administradora do evento Reed Exhibitions Brasil, Eduardo Sanovicz, a abertura da La Cumbre para os novos segmentos é de extrema importância para o Brasil Central. Isso possibilita a negociação dos compradores não só com Mato Grosso do Sul, que oferece o ecoturismo do Pantanal e Bonito, mas também com Brasília, que pode mostrar sua estrutura para negócios e eventos, por exemplo. Ele vai mais além e cita o fortalecimento dos quatro Estados que compõem a região. "Foi importante a formação do Brasil Central para a promoção dos produtos turísticos da região. Essa união dos Estados é gerencialmente eficaz no Mercado Internacional de lazer, negócios e eventos", salienta.
Campo Grande (MS) - O Festival de Inverno de Bonito e as belezas naturais da região da Serra da Bodoquena viraram palco de aventuras e mistérios no livro "O Mistério do Festival de Bonito", último lançamento do advogado e escritor Jair Buchara Justiniano.
Nascido em Campo Grande, descendente de uma tradicional família síria, Buchara advoga na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e escreve crônicas e poesias para jornais da capital. Seu primeiro livro, "As Bruxas de Campo Grande e o Lobisomem do Pantanal", teve a primeira edição esgotada. Seu próximo lançamento deverá ser "Campo Grande Mitos e Lendas", previsto para o início do ano que vem.
"Mais interessado na vida do que nos estudos, nas poucas horas vagas que tinha como estudante e desportista preferia passá-las em companhia de um bom livro", contou o escritor a respeito de sua iniciação nas letras. Quando universitário, escrevia para vários jornais e panfletos engajados, tendo muitas de suas poesias e de seus textos de cunho político distribuídos por diversos centros acadêmicos da América Latina. Graduado em Engenharia Mecânica pela FEI, Buchara se pós-graduou em Segurança do Trabalho e trabalhou como analista de sistemas, tendo sido um dos fundadores, diretor e presidente do Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados. Sindicalista combativo, ajudou a organizar várias associações profissionais e comunitárias do Estado.
"Mistério no Festival de Bonito" ressalta a miscigenação de povos, culturas e idéias que fervilham em Bonito, trazidas pelos visitante. Pessoas que chegam com suas distintas origens e sonhos que são somados aos sonhos e ao modo de vida dos moradores locais", comentou Ramona Fátima Casanova do Prado, que já foi Secretária de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito (2004-2006).
O livro pode ser encontrado em à venda na livraria e loja virtual Asabeça, através do site www.asabeca.com.br, e, dentro de alguns dias, nas bancas e livrarias da Capital.
O projeto GEF Rio Formoso (Projeto de Gestão Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso) promove desde ontem (10) e termina hoje (11) em Bonito, um ciclo de palestras e reuniões para discussão de assuntos ligados à questão ambiental que envolve o projeto. Um dos principais assuntos discutidos será o destino do lixo orgânico no município.
Ontem o engenheiro agrônomo da Embrapa Solos, Vinícius Benites abre o evento com a palestra "Produção de Insumos Agrícolas a partir de Resíduos Orgânicos - Transformar Lixo em Cidadania". O principal objetivo da palestra é fazer com que os participantes conheçam um pouco sobre o sistema de transição dos sistemas produtivos comuns para os sistemas de produção agroecológicos. "Esperamos com esse evento, sensibilizar as autoridades de Bonito para a importância de se reciclar o lixo orgânico", diz Benites.
O pesquisador explica que uma das metas do Projeto GEF Rio Formoso é implantar no município, um sistema de reciclagem de lixo semelhante ao existente no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, onde os resíduos de manutenção de gramados, encontrados em abundância na cidade, são transformados em fertilizantes e substratos, por meio do processo de compostagem.
No município de Bonito são produzidos diariamente cerca de 20 toneladas de lixo. Nas épocas do ano em que a quantidade de turistas aumenta, esse número triplica, chegando a 60 toneladas/dia. Segundo Benites, a instalação de uma usina de compostagem no município, nos moldes da que foi instalada no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro possibilitaria a transformação de 5 quilos de lixo orgânico em um quilo de adubo. "Todo o trabalho desenvolvido na cidade carioca, fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Infraero, tem como resultado produtos orgânicos de baixo custo, isentos de contaminantes, de qualidade agronômica certificada por meio de pesquisas científicas, e de acordo com as especificações dos fertilizantes orgânicos exigidas pelo Ministério da Agricultura", comenta o pesquisador.
A palestra "Produção de Insumos Agrícolas a partir de Resíduos Orgânicos - Transformar Lixo em Cidadania" acontece às 19h30, no Instituto de Ensino Superior da Funlec em Bonito.
A expectativa é de que o evento reúna 50 participantes, entre autoridades e pessoas ligadas às instituições participantes do projeto.
