sexta, 28 de dezembro de 2007
Mercado e Eventos
Com o fim do imposto da CPMF, o Ministério do Turismo, que estimava ter em 2008 um orçamento de R$2,5 bilhão, deve ser uma das áreas mais atingidas do governo nas análises preliminares feitas pelos técnicos da Comissão de Orçamento.
A equipe da ministra Marta Suplicy trabalhava inicialmente com uma previsão de investimentos de R$6,7 bilhões - R$700 milhões em emendas individuais e R$6 bilhões em emendas de bancadas - para a Pasta em 2008. A estimativa inicial era de que mesmo com os ajustes o volume total pudesse chegar próximo à faixa dos R$2,5 bilhões. Com o fim do imposto do cheque, as verbas do Turismo devem girar em torno de R$1,5 bilhão para o próximo ano.
Desde que foi criada, em 2003, durante o primeiro ano da gestão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pasta é uma das mais bem contempladas pelos parlamentares. Mais de dois terços do orçamento do ministério provêm das emendas de congressistas. Embora o assunto ainda esteja em estudos, a própria ministra Marta Suplicy já admitiu que seria praticamente impossível manter as previsões iniciais, em função do fim do imposto sobre o cheque.
"Vários setores serão atingidos e o orçamento do Ministério do Turismo não é diferente. Temos que nos adequar, e neste momento o mais importante será a participação dos secretários e governadores junto ao Congresso no sentido de encaminhar emendas de bancada e individuais", destacou ela.
No exercício de 2007, o orçamento do ministério do Turismo, de R$400 milhões, foi beneficiado com R$1,4 bilhão proveniente de emendas de parlamentares. O relator do Orçamento de 2008, deputado José Pimentel (CE), estimou em R$30 bilhões os cortes que terão de ser feitos nas despesas do governo em 2008.