A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) realizou estudo geofísico em Bonito a fim de localizar a área mais propícia para a perfuração de dois poços. A intenção é incrementar a produção de água no município. Os trabalhos foram realizados entre os dias 8 e 11 de fevereiro.

De acordo com o gestor de Hidrogeologia da Sanesul, Antônio Carlos Benatte, os serviços consistiram na realização de quatro linhas geofísicas de tomografia elétrica 2D, com extensão de 800 metros para cada ponto. Foram estudados quatro locais, previamente demarcados por meio da interpretação de fotos áreas e da definição da geologia estrutural da região urbana de Bonito.

Benatte explica que a cidade de Bonito está assentada sobre rochas pré-cambrianas do Grupo Cuiabá, o qual, no local, é constituído essencialmente por dois tipos de rochas: calcárias e filíticas. Estas rochas possuem armazenamento de água subterrânea em regiões de falhas e fraturas da rocha. “Por isso, para que o poço seja produtivo, há a necessidade de se localizar com precisão estas regiões de fragilidade da rocha”.

Os estudos de fotointerpretação, com a realização de um mapa geológicoestrutural de detalhe, forneceram a base técnica para a realização dos estudos geofísicos. “Através da injeção de uma corrente elétrica no solo, conseguimos discretizar o subsolo em regiões onde a resistividade da rocha é menor e, consequentemente, portadora de água subterrânea”.

O gestor informa que, até a próxima semana, a Sanesul terá o resultado do estudo geofísico e a definição dos melhores pontos para a perfuração dos poços. Após a apresentação do relatório, a equipe do Patrimônio da Sanesul dará início ao processo de aquisição dos lotes onde serão perfurados os dois novos poços em Bonito. As vazões estimadas são da ordem de 30 metros cúbicos por hora em cada poço. O investimento para a análise geofísica foi de R$ 14,8 mil, de recursos próprios.