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sábado, 17 de novembro de 2007

Obra de dragagem do Taquari prevista para julho de 2008

MS Notícias

O rio Taquari, na parte que compreende a planície, passará a ser desassoreado a partir do segundo semestre do ano que vem. A previsão é do superintendente da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar), Fermiano Yarzon, e foi apresentada na noite de terça-feira (13), durante reunião no Sindicato Rural de Corumbá.

Participaram do encontro representantes do grupo interministerial que discute estratégias para a recuperação do rio, de sindicatos, da Câmara Municipal e do governo estadual.

Na semana passada houve a abertura das propostas apresentadas pelas empresas que participaram de um processo licitatório. A licitação prevê a elaboração de estudos e a conseqüente apresentação de um projeto executivo destinado à recuperação do Taquari. De acordo com o superintendente, até o início de dezembro será possível conhecer a empresa vencedora da licitação.

"A partir disso decorrem os prazos previstos no cronograma. Acredito que até abril ou maio o projeto executivo já tenha sido aprovado pela Ahipar e a partir disso começa o processo de emissão do Eia/Rima. Assim, até julho do ano que vem já devemos começar a mexer no rio Taquari", explicou Yarzon se referindo ao Estudo de Impacto Ambiental e ao Relatório de Impacto Ambiental que devem ser emitidos ou pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou por algum órgão
delegado por ele.

Durante o mesmo encontro, o gerente de aplicações da Tencate, empresa holandesa que trabalha com contenção de rios, Léo César Melo, apresentou uma proposta para dragar o rio e utilizar os resíduos que forem retirados do fundo do Taquari como "paredes" de contenção no leito do rio.

"Retiramos a areia, a envolvemos em uma material de plástico e devolvemos ao fundo do rio. Dessa forma os sedimentos não retornarão e o canal continuará trafegável e mais rápido", explicou o especialista. A técnica é conhecida como geomembrana.

Esse mesmo projeto, segundo Melo, já foi aplicado no Rio Mississipi nos Estados Unidos, e o Rio São Francisco, na região nordeste do Brasil. De acordo com o secretário-executivo de Meio Ambiente, Ricardo Eboli Gonçalves Ferreira, que é membro do grupo interministerial, não há uma definição sobre a tecnologia que será utilizada para a recuperação do Taquari. "Tanto pode ser a geomembrana como outra que será apresentada durante a elaboração do projeto executivo. Nada está certo ainda", reforçou Ricardo Eboli.

As discussões sobre a recuperação do Rio Taquari iniciaram por esse grupo interministerial há cerca de um ano e meio. Na noite de terça-feira, o governo do Estado sinalizou apoio à proposta. O superintendente estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Ricardo Machado Gonçalves, garantiu que o governo do Estado dará sustentação política às decisões do grupo.

Também participaram das discussões o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável Cássio Augusto da Costa Marques, o secretário-executivo de Relações Institucionais e de Turismo, Carlos Porto, pesquisadores, fazendeiros e representantes de movimentos sociais. Uma próxima reunião do grupo está prevista para o dia 20 de novembro em local e horário a serem definidos.

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