quarta, 25 de junho de 2008
Turisver
Em entrevista concedida à REVISTA APAVT, o presidente do World Travel and Tourism Council (WTTC), Jean-Claude Baumgarten, afirma que, apesar da escalada do preço dos combustíveis e do aumento de alguns bens de primeira necessidade, 2008 será "um ano de abrandamento mas não de catástrofe".
Na referida entrevista a que gentilmente nos foi dado acesso, Baumgarten, que é um dos oradores confirmados para o próximo Congresso da APAVT, adianta que o WTTC não vê ainda razões para alterar as suas estimativas para este ano, que apontavam para um crescimento de 3% do turismo mundial. "Tomámos em consideração (nas estimativas do início do ano) o aumento do preço do petróleo e algum aumento do custo de bens básicos, mas não tanto como se observa agora. Mas não estamos ainda convencidos de que teremos de mudar as estimativas", afirma o responsável do WTTC.
Ainda sobre esta temática, o presidente do WTTC adianta alguns factos já ponderados por este organismo: "no mercado dos Estados Unidos vamos assistir a um abrandamento das viagens e turismo a nível doméstico e internacional mas, nos mercados europeus, em termos de reservas para o Verão e das primeiras reservas para o Inverno, não se verificam para já grandes alterações e, nos mercados emergentes, a procura continua a crescer".
No entanto, Baumgartem admite que "se a situação se alterar na Europa, então aí teremos provavelmente de rever as previsões, mas não temos indicações de que a evolução seja mais lenta da que já esperávamos", salientando no entanto que, mesmo neste caso, 2008 "será um ano de abrandamento mas não de catástrofe".
Quanto a Portugal, o presidente do WTTC defende, na mesma entrevista, que o nosso país terá de fazer conviver o turismo massificado com o de alta qualidade. "Turismo de massas não é compatível com turismo de nicho mas pode ser confinado a áreas específicas", explica. Entre os vários temas abordados na entrevista à REVISTA APAVT, esteve o Aeroporto de Lisboa. Sobre este tema, o presidente do WTTC afirmou que "o Aeroporto de Lisboa também não está entre os melhores e Graças a Deus que vão construir um novo. Um que seja suficientemente grande para o tráfego previsível daqui a 20 anos", defende.