terça, 24 de junho de 2008
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A Organização Mundial do Turismo estima que, até 2020, cerca de 1,6 bilhão de pessoas estejam viajando pelo mundo todos os anos. Isso representa mais que o dobro da estimativa de cerca de 700 milhões de turistas que viajaram durante o ano de 2002. A aposta é de que os maiores emissores de turistas serão a China e a Índia. Por isso, o Brasil precisa correr, disse o secretário nacional de Turismo, Airton Pereira. "O momento do turismo nacional se mostra propício pela robustez do mercado. O setor teve um aumento médio de 15% ao ano no faturamento global, desempenho três vezes maior do que o alcançado pelo PIB (Produto Interno Bruto). As atividades características do turismo já representam 7,15% da economia nacional e 11% do setor de serviços, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística", informou o site InfoMoney.
Meta e gargalos
Segundo informações da Agência Sebrae, Pereira afirmou, na quinta-feira (19), durante a terceira edição do Salão do Turismo em São Paulo, que a meta do Ministério do Turismo é promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno, criar 1,7 milhão de novos empregos e ocupações e gerar US$ 7,7 bilhões em divisas.
O problema é que, para isso, o governo terá de reverter os gargalos existentes. Um Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento - Relatório Brasil, elaborado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), a pedido do Ministério do Turismo, mostra que um dos maiores entraves dos roteiros turísticos está relacionado às ações de marketing e monitoramento.
No Brasil, as capitais e as não-capitais avaliadas se encontram no nível 3 de desenvolvimento, numa escala de 1 a 5. Os temas avaliados referem-se à infra-estrutura, turismo, políticas públicas, economia e sustentabilidade. As capitais lideram, com 58,7 pontos. Na média nacional, o Brasil ficou com 52,7 pontos. As cidades que não são capitais ficaram com menor índice: 48,3 pontos.
"Uma parte desses roteiros não tem capacidade de promoção suficientemente estruturada para atender ao mercado interno e muito menos ao externo. Faltam planejamento de marketing, material promocional e website bilíngüe", finalizou o secretário.