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quarta, 18 de junho de 2008

Cruze mais de setenta pontes para conhecer o Pantanal

UOL

Percurso da estrada Parque Pantanal começa em Corumbá e vai até o Buraco das Piranhas.

Visitar o Pantanal. Tarefa simples se a região não se estendesse por 230 mil quilômetros quadrados. Mas não há com o que se preocupar. Aventurar-se pela estrada Parque Pantanal, próxima a Corumbá, resume de maneira prática a região.

Durante todo o percurso - de terra, com muitas pontes e sempre cercado pelas águas - a mata de diferentes tons parece invadir a estrada.

É uma experiência diferente. Ao invés do roteiro clássico - nos barcos ou no lombo de um cavalo -,um veículo robusto com tração nas quatro rodas serve para se locomover.

Os cobiçados animais sempre dão o ar da graça. Eles param, observam os veículos e depois saem em disparada. É um verdadeiro safári à brasileira.

Jacarés nas margens dos lagos, tuiuiús com suas pernas compridas e, com um pouquinho mais de paciência, veados e sucuris. Difícil mesmo é cruzar com a temida onça-pintada.

Roteiro
A estrada foi aberta no fim do século 19 pelo Marechal Cândido Rondon. Apesar de não ser longa - 117 quilômetros -, o número de pontes impressiona: mais de setenta.

Pontes que às vezes assustam. É normal ver turistas olhando desconfiados para as estruturas de madeira sem saber se elas realmente agüentam o peso. As grandes tábuas dão a impressão de estarem soltas, e vão estalando e rangendo enquanto carros passam devagar.

O acesso é feito a partir da cidade de Corumbá. Não há como se perder. São nove quilômetros na BR-262 até o entroncamento chamado de Lampião Aceso.

Por conta da presença humana, no primeiro trecho não existem muitos bichos. Mas fique com os ouvidos atentos. Grupos de bugios costumam aparecer.

Depois de descer a serra, os animais começam a dar as caras. O tuiuiú - ave símbolo da região - pode ser observado em quantidade. O trecho seguinte, que vai do trevo de Albuquerque ao porto da Manga, é o melhor.

Jacarés, capivaras, tamanduás e até as cobiçadas onças aparecem. Pare na ponte do córrego Sará. É um dos melhores pontos para observar lontras se alimentando.

Seguindo em frente há a travessia de balsa rumo à Curva do Leque. No restante do percurso, trafegue atento e devagar. Muitos animais - até emas - passeiam tranquilamente no meio da pista.

Nesta região, que vai até o Buraco das Piranhas, a água é presença constante. Para não ter problemas com as cheias, a melhor época é de maio a outubro, quando chove menos e a água fica represada.

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