quarta, 11 de junho de 2008
MS Notícias
Equipes do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac) e ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) estão realizando solturas de animais silvestres que passaram pela reabilitação e agora estão prontos para retornar ao meio ambiente.
Localizado em Campo Grande, o Cras realiza a recepção, triagem e destinação de animais silvestres apreendidos durante operações de fiscalização efetuadas pela PMA, Ibama e Corpo de Bombeiros. Desde sua criação, em 1988, já recebeu mais de 22 mil animais oriundos do tráfico, de doações da população, de casos de atropelamentos e acidentes nas estradas.
Esta semana, 20 papagaios, 13 maritacas, cinco tucanos, duas araras e um tamanduá bandeira estão sendo libertos em uma fazenda em pleno Pantanal.
Solturas
Apesar de muitos pesquisadores serem contrários à soltura dos animais, a legislação brasileira diz que a prioridade é o retorno dos animais à natureza. "As solturas são feitas com o maior rigor técnico e estamos provando, através de intensas pesquisas, que a soltura tem resultados positivos", explica o coordenador do Cras, Vinicius Andrade. As solturas se dão em fazendas no pantanal ou em áreas de proteção ambiental. São 150 pontos cadastrados, sendo que 20 desses lugares são efetivamente destinados a alguns animais.
As destinações seguem princípios básicos pré-estabelecidos com os consultores de manejo e gerenciamento de vida selvagem: espécies raras devem atender a projetos de conservação, realizados por instituições ou pesquisadores idôneos, previamente identificados e devidamente autorizados pelo Ibama, Imasul e comitês das espécies; espécimes comuns, recém capturadas na natureza, são preferencialmente soltas em habitat natural após pequeno período de tempo no Cras; já os animais comuns oriundos de cativeiros são encaminhados a instituições ou utilizados em casos de repovoamentos, de acordo com as condições do animal.
Desde 1992, muitas solturas são realizadas em hotéis-fazenda no Pantanal, onde o repovoamento revela grande sucesso na sobrevivência dos indivíduos. Os empreendimentos turísticos costumam atender todas as normas e exigências pré-estabelecidas pelo Cras, de olho no exigente público, em boa parte turistas nacionais e estrangeiros ávidos pela fauna pantaneira.
Visitas
Os interessados em conhecer o Cras devem se inscrever no Parque Estadual do Prosa para formar grupos. As visitas acontecem as terças, quintas e sábados. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3326 1370.