Foi lançado na tarde de ontem (24), no gabinete da Governadoria, o 1º Congresso Florestal do Mato Grosso do Sul - MS Florestal - que acontece nos dias 2 e 3 de junho, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. A expectativa de público aproximada é de mil pessoas, com a presença palestrantes de renome internacional.

Na solenidade estiveram presentes a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias; o secretário de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros; do comandante geral da Polícia Militar, coronel Geraldo Garcia Orti; do comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ociel Ortiz Elias; do comandante da Polícia Militar Ambiental, tenente coronel José Augusto Castro Bernardes.

Estiveram presentes também representantes da superintendência do Banco do Brasil, MS Gás, Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Organização das Cooperativas Brasileiras em MS e a Associação dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantas de MS (Reflore), além de autoridades do Legislativo estadual.

O objetivo do congresso é a discussão das mudanças implantadas no Estado para adaptação das áreas rurais ao novo modelo do Sistema de Reserva Legal (Sisrel), instituído pelo governo desde março de 2008, bem como licenciamento ambiental e os aspectos econômicos e florestais de Mato Grosso do Sul.

Na solenidade de lançamento, o governador André Puccinelli explanou a satisfação de lançar o evento, afirmando que o mesmo se pauta na certeza de que o segmento florestal irá fundamentar a economia do Estado. "Através da silvicultura planejada, traçamos uma política de governo que age pelo Macro Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), destinando as áreas mais apropriadas, pelo custo-benefício, à silvicultura, de forma que tenhamos um melhor plantio, e consequentemente uma melhor produção, sem que se enseje a substituição dessas áreas por outras culturas."

O governador destacou ainda o esforço conjunto das pastas envolvidas no ZEE:"A soma das ações da Semac e da Seprotur tem feito com que atentemos à importância deste setor para a economia do estado. A silvicultura tem vários fatores positivos, como a melhoria da qualidade do ar, a preservação do bioma cerrado, entre outros, fazendo com que Mato Grosso do Sul seja copiado por todos os estados brasileiros."

Importações

"Estamos zelando pelo meio ambiente e por uma produção de qualidade, para que os países importadores de nossos produtos vejam e saibam que prezamos pela sanidade animal, pela preservação do meio ambiente e pela qualidade de vida dos sul-mato-grossenses, de tal forma que este conjunto de fatores torne nossos produtos, incluindo os florestais, da melhor qualidade."

Cenário

Atualmente, Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 200 mil hectares com florestas plantadas, cuja produção é voltada para a produção de papel, celulose e carvão vegetal. Ao mesmo tempo em que grandes empresas desses setores já estão em fase de consolidação, outros grupos estão atentos ao potencial do Estado e avaliam a possibilidade de aqui se instalarem.

As indústrias mundiais de florestas comerciais assinalam investimentos da ordem de U$ 14 bilhões, com foco na aquisição de terras consideradas adequadas para o plantio.

A área prioritária para a atividade no Estado compreende 4,5 milhões de hectares, nas regiões leste e nordeste do Estado, e na região de fronteira com o Paraguai, onde a atividade recebe incentivo fiscal para ser desenvolvida em 500 mil hectares.

Investimentos

O governador destacou ainda que Mato Grosso do Sul liderou em 2007, na região Centro-Oeste, as contratações no Fundo Constitucional de Financiamento (FCO) dentro do Programa Pronatureza, com financiamentos na ordem de R$ 38 milhões: "Foi o Estado que mais adquiriu recursos no FCO", concluiu.