O Presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Junior disse após participar da abertura da Feapan(Feira Agropecuária do Pantanal) que o grande desafio do produtor da região é alcançar a sustentabilidade econômica. Segundo ele, a pecuária pantaneira tem características específicas, diferentes da do planalto "seus custos são maiores, o produto tem melhor aceitação e precisa ser valorizado", destacou.

Ademar defendeu políticas públicas que levem em conta todas estas especifidades. O pecuarista lembrou que já estão realizados alguns projetos neste sentido como é o caso do novilho pantaneiro, mas muita coisa ainda tem que ser feita. Um dos pontos levantados por ele é a falta de escala e o marketing do produto, "o mundo está buscando esta carne ecológica, precisamos de um programa que possa de fato levar o assunto aos principais mercados, tenho viajado e o que vejo é que os europeus em especial os italianos e ingleses(que têm um poder aquisitivo muito maior) não quer um boi que fazemos no planalto, esse ele já tem, ele quer o animal que vive solto na natureza", declarou.

Em relação a esta questão Ferreira afirmou que no pantanal há a preocupação com bem estar dos animais que vivem solto na natureza e se alimentam de pasto, "percebemos a harmonia com o meio ambiente, precisamos transformar isso em renda", apontou.

O presidente não esqueceu de mencionar o cavalo pantaneiro, espécie única no Brasil, para não dizer no mundo "uma raça extremamente resistente adaptada às condições do pantanal, e que também precisa ter o seu retorno econômico".