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quinta, 17 de abril de 2008

Estudo diz que turismo tem que ser monitorado em Bonito

Campo Grande News

Estudo realizado pelo professor universitário e fiscal ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) Paulino Medina Júnior revela que as belezas naturais de Bonito (247 km de Campo Grande) podem ser ameaçadas pelas atividades de turismo realizadas no rio Formoso, se não houver um monitoramento eficiente do impacto delas.

Todos os anos, Bonito recebe milhares de turistas e o Rio Formoso é o principal da região, com lagos, cachoeiras e grutas. Segundo o professor, os ecossistemas naturais de Bonito são muito sensíveis. "A demanda turística na região é grande e crescente, o que nem sempre vem acompanhada da devida gestão ambiental. Além disso, os impactos gerados não são tão evidentes como aqueles provocados pela poluição urbana, por exemplo. Assim, tem-se a falsa impressão de que não existem impactos", afirmou, conforme o Contas Abertas.

Na avaliação do estudioso, deve ser feito um maior monitoramento das atividades turísticas na região. Ele analisou 16 empreendimentos localizados ao longo do rio Formoso que oferecem atividades como passeios de bote, arvorismo, trilhas, mergulho, flutuação, banhos no rio, bóiacross. Ele coletou os dados em fevereiro de 2006, na alta temporada, mas a pesquisa de doutorado de Medina foi apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo) em dezembro de 2007.

Segundo ele, a maioria dos empreendimentos está operando sem se adequar às licenças ambientais. Em cada trecho do rio onde havia atividade turística, o biólogo recolheu material e analisou as características físicas e químicas da água, os sedimentos do fundo do rio, os organizamos que também vivem nas profundezas e os tufos (pedras porosas produzidas por sedimento ou incrustação, proveniente de matérias acumuladas pela água).

Medina Junior constatou que as atividades em que o visitante apresenta maior contato com o fundo do rio e com os tufos calcários são as que causam maior dano ao ambiente.

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