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terça, 15 de abril de 2008

Alternativa de produção agrossilvipastoril em Bonito

Último Segundo

A consorciação do feijão guandu com capim é uma alternativa viável para o pecuarista que deseja aumentar a produtividade e melhorar a fertilidade e conservação do solo. Isso é possível com a implantação do sistema agrossilvipastoril, que combina em uma mesma área árvores, pastagem e animais.Segundo especialistas na área, o sistema ainda é pouco conhecido e pouco adotado pelos produtores, mas a adesão a ele tem crescido no Brasil.

O sistema agrossilvipastoril é uma das alternativas para a produção de gado no município de Bonito (MS), proposta pelo Projeto GEF Rio Formoso, cujo objetivo principal é a conservação da biodiversidade da bacia hidrográfica do rio Formoso, por meio do manejo sustentável da água e do solo.

De acordo com o engenheiro-agrônomo Marcílio Antônio Rodrigues, que arrendou uma propriedade no município há um ano, além de aumentar a produtividade, o guandu fica mais agradável ao paladar animal justamente no inverno, quando o capim está seco e mais pobre em nutrientes. A leguminosa ainda ajuda a proteger o pasto durante o período seco, sem o guandu, com uma semana de sol o capim começa a secar, afirma Rodrigues.

No sistema agrossilvipastoril podem ser utilizadas árvores para extração de madeira, frutíferas ou forrageiras. Elas formam barreiras que servem de quebra-vento, evitam a erosão e sombreiam o pasto, proporcionando maior conforto aos animais.

O GEF Rio Formoso: Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica e Proteção da Biodiversidade visa a orientar a comunidade da região de Bonito a trabalhar na agropecuária com responsabilidade ambiental, baseada nos conceitos da agroecologia.

O Projeto tem como coordenador adjunto o pesquisador Rodiney de Arruda Mauro, da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para Mauro, o GEF Rio Formoso leva ao município de Bonito as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa para a produção agropecuária. Estamos buscando inserir na região métodos conservacionistas para a produção de gado de corte, afirma.

O Projeto GEF Rio Formoso é financiado pelo Banco Mundial e coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e Embrapa Pantanal (Corumbá-MS). Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural - Agraer, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia - Semac, Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Conservação Internacional - CI Brasil e Fundação Cândido Rondon.

No período de 1 a 4 de abril, profissionais de comunicação da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Pantanal, Conservação Internacional, Fundação Cândido Rondon e do próprio Projeto estiveram reunidos em Bonito para conhecer de perto as atividades realizadas e em fase de implantação, entre elas o sistema agrossilvipastoril, o sistema agroflorestal e a usina de processamento de lixo. As informações são da assessoria de Imprensa da Embrapa Gado de Corte.

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