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segunda, 24 de março de 2008

De 100 grutas turísticas do país, só 10 têm manejo, 3 em MS

Folha de São Paulo

Um levantamento feito pela Folha junto ao Cecav (Centro de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), órgão do Ministério do Meio Ambiente, revela que apenas dez cavernas em todo o país possuem plano de manejo aprovado.

Três dessas grutas ficam em Bonito (MS): Lagoa Azul, Abismo Anhumas e São Miguel. No Paraná, as cavernas Bacaetava e Lancinha já concluíram os estudos. No Amazonas, há outras duas: Maroaga e Batismo.

Goiás, Santa Catarina e Bahia têm uma gruta cada um com plano de manejo --respectivamente, a caverna dos Ecos, a Botuverá e a Poço Encantado. No país, o Cecav avalia que existam entre 100 e 120 cavernas exploradas turisticamente.

Alexandre Fortuna, chefe-substituto do Cecav, diz que o plano de manejo é um instrumento para ordenar a visitação, proteger o turista e evitar grande impacto ao ambiente.

Segundo ele, várias cavernas são exploradas turisticamente desde os anos 1960, porém nunca houve uma regulamentação ambiental. "Desde a fundação do Cecav, há 11 anos, tentamos mudar essa situação. Cobramos desde 2002 estudos dos três parques de São Paulo."

De acordo com Fortuna, as cavernas têm um ecossistema muito peculiar e, se ocorrem acidentes, é difícil prestar socorro. "É preciso analisar, por exemplo, as aranhas, escorpiões e fungos patológicos que podem existir nesses locais."

No núcleo Santana do Petar, por exemplo, não há sequer telefone --é preciso percorrer cinco quilômetros, até o Bairro da Serra, para usar o aparelho. Funcionários do parque, entretanto, têm radiocomunicador.

Medidas de correção

Além de exigir o plano de manejo, o Ibama fez solicitações específicas, emergenciais, para algumas grutas. No caso da caverna do Diabo, no parque Jacupiranga, quer a desativação imediata da iluminação no local, feita com lâmpadas incandescentes, que aquecem demais e provocam alterações no ambiente.

Já em relação à caverna de Santana, a mais visitada do Petar (foram 25 mil visitantes no ano passado), o instituto exige que seja elaborado um mapa de riscos para o visitante, que avise sobre abismos, teto baixo, piso escorregadio etc.

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