segunda, 24 de março de 2008
Assessoria de Imprensa Projeto GEF Rio Formoso
A equipe do projeto GEF Rio Formoso iniciou nesta quarta-feira (19) os trabalhos em mais uma área. A propriedade localiza-se a doze quilômetros de Bonito e pertence ao produtor Candido Flores.
O espaço a ser utilizado pelo projeto possui cerca de oito hectares, utilizados para o consórcio de cultura de mandioca, abacaxi, frutas rasteiras (abóbora e melancia, por exemplo) e árvores. Esta técnica é conhecida com arborização de pastagens e lavouras (sistemas agrosilvipastoril).
O local foi escolhido pelas condições geográficas e estado de degradação que possui. "Temos aqui uma pequena inclinação topográfica e condições propícias para o aparecimento de grandes erosões, que já estava em início de processo", explicou o responsável técnico do GEF em Bonito Airton Garcez.
Para o início do plantio e contenção da água de chuva, a equipe marcou curvas de nível onde já foram construídos os terraços para esta finalidade. Neles serão plantadas em linha, as mudas de Cumbaru.
Durante dois anos as culturas formarão a paisagem local, quando então serão substituídas por pastagem. As árvores e o feijão guandu permanecerão. A espécie arbórea escolhida possui fruto que serve de alimentação bovina, suas castanhas podem ser exploradas economicamente e depois de adulto sua madeira tem alto valor de mercado, além de ser leguminosa, fixando o nitrogênio no solo.
Este processo é cíclico e pode ser estendido para toda a propriedade. Após alguns anos de utilização pecuária é possível e até recomendado, que no lote seja reutilizada a agricultura. Enquanto se faz a agricultura em uma demarcação usa-se outra para pastagem.
O proprietário afirmou que aceitou o convite de participar devido à preocupação ambiental que possui e o efeito do manejo nesta área. "Poderei associar conservação ambiental com fonte de renda. Com o manejo minha área também terá a produtividade aumentada e mais valorizada", disse Flores.
GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).
Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.
Bruno Ribeiro Costa
DRT/MS - 306