Representantes do Projeto GEF Rio Formoso participaram nesta quinta-feira (28/2) da III Conferência Municipal do Meio Ambiente em Bonito. A reunião contou com a participação de diferentes segmentos da sociedade. O tema da reunião é a mudança climática que vem ocorrendo em nosso planeta.

"Para nós do GEF, o tema está intimamente ligado porque uma das conseqüências destas mudanças relaciona-se com o uso de recursos naturais. A conferência é um ótimo espaço para a sociedade participar dos rumos que o município e o país irão tomar na área ambiental", disse o engenheiro agrônomo da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e coordenador do técnico local do projeto, Airton Garcez.

Foram criados três grupos de estudo sobre o tema. Cada conjunto discutiu os vários aspectos relacionados ao município e ao estado, como desmatamento, recursos hídricos, turismo, pecuária, entre outros.

Para o pescador Pedro Jovem, sua atividade e o turismo são duas áreas que podem caminhar lado a lado. "O turismo pode muito bem se beneficiar da pesca e vice-versa. A pesca quando feita com responsabilidade não é nenhum ato predatório da natureza. É uma atividade de produção como qualquer outra", afirmou.

A articuladora da III conferência do meio ambiente para a região do Centro Oeste, Lucia Aragão informou que o objetivo da conferência é agregar propostas que permitam a criação de políticas públicas visando minimizar os efeitos da produção humana no clima.

"Temos que iniciar o mais rápido possível ações que permitam a sobrevivência humana na Terra em longo prazo. Para isso, devemos mudar nosso paradigma de produção, pois percebemos que o atual não é sustentável", disse a articuladora.

Foram elaboradas mais de 30 propostas que serão enviadas para a conferência estadual, a ser realizada nos dias 13 e 14 de março em Campo Grande. O secretário de meio ambiente de Bonito, Edmundo Costa Filho destacou duas preocupações dos grupos de estudo.

"Percebi que todos estão preocupados que se cumpra a legislação existente e não que se crie mais, e também com a regularização do Parque Nacional da Serra da Bodoquena", disse o secretário.

GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).

Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.