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sexta, 21 de dezembro de 2007

Estado estrutura um programa de biodiversidade para MS

MS Notícias

O governo do Estado, por meio da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sucitec), estruturou um programa de biodiversidade para Mato Grosso do Sul. O principal objetivo deste programa é caracterizar a biodiversidade do Cerrado e Pantanal Sul-Mato-Grossense e dar suporte científico para sua conservação, potencial econômico e utilização sustentável. O nome escolhido foi o Programa Biota - MS.

O Biota - MS é um programa de pesquisas em caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade sul-mato-grossense. Ele tem a finalidade de sistematizar a coleta, organizar e disseminar informações sobre a biodiversidade do Estado. "A metodologia do programa compreende duas etapas. A primeira refere-se ao tratamento de dados detalhada e a segunda aos inventários específicos, a ser detalhada na fase de implementação de cada projeto temático", explicou o superintendente de ciência e tecnologia, José Sabino. O Programa está contemplado no PPA-2008/2011 e no Orçamento do Governo de Mato Grosso do Sul.

Espera-se com o Programa Biota - MS os seguintes resultados:

· Consolidação da infra-estrutura de coleções e acervos em museus, herbários, jardins botânicos, zoológicos, bancos de germoplasma etc., equiparando-os a padrões internacionais quanto a tamanho de acervo; qualidade da manutenção e organização; informatização; curadoria; realização de exposições; divulgação e produção de publicações; designação de pelo menos uma coleção de referência para cada grupo de organismos.

· Informatização de todos os acervos e coleções científicas do Estado, e estabelecimento de uma rede de informação em biodiversidade entre todas as instituições envolvidas com a pesquisa e conservação de biodiversidade no Estado.

· Adequação e disponibilização de bases cartográficas e imagens para subsidiar pesquisas em biodiversidade.

· Consolidação da infra-estrutura e serviços de apoio para pesquisa das Unidades de Conservação.

· Dotar as Unidades de Conservação do Estado do conhecimento sobre a biodiversidade necessário para seu manejo adequado.

· Produção e divulgação de check-lists de toda a biota conhecida do Estado.

· Produção de chaves de identificação, catálogos e monografias de revisão, e sua publicação impressa e/ou eletrônico para os grupos taxonômicos melhor conhecidos.

· Avaliação da representatividade das Unidades de Conservação existentes no Estado e identificação de áreas prioritárias para a ampliação ou o estabelecimento de novas Unidades de Conservação.

· Desenvolvimento de inventários e estudos para preencher lacunas de conhecimento, taxonômicas e geográficas, sobre a diversidade biológica do Estado.

· Desenvolvimento de projetos de pesquisa para o entendimento da organização espacial e temporal da diversidade biológica, e dos processos que afetam sua manutenção.

· Desenvolvimento de estudos comparativos e retrospectivos para estimar perdas de biodiversidade no Estado, tanto de espécies como de hábitats e ecossistemas.

· Desenvolvimento de projetos especiais sobre problemas ostensivos que afetam a conservação da biodiversidade no Estado, tais como os efeitos e conseqüências da fragmentação ambiental sobre a biodiversidade.

· Desenvolvimento de projetos experimentais e comparativos sobre impacto ambiental, tais como estudos no padrão antes e depois, controle e impacto; utilizando-os para monitorar as conseqüências de obras e projetos ambientais e para estabelecer padrões de referência para avaliação de impacto ambiental no tocante à diversidade biológica.

· Desenvolvimento de projetos piloto de bioprospecção, com facilidades de interação com outros programas com interesses semelhantes ou correlatos.

· Desenvolvimento de padrões, rotinas e infra-estrutura para atender a demandas de depósito legal.

· Aumento do número de taxonomistas no Estado de acordo com a extensão da biota do Estado e com a crescente demanda de serviços.

· Formação de recursos humanos - nível médio e superior - em áreas básicas para subsidiar o estudo da biodiversidade.

· Promoção de cursos especiais intensivos em taxonomia; em métodos de coleta e inventários; em métodos de análise etc.

· Incentivo ao desenvolvimento de profissionais em novas áreas de conhecimento ou em novas interfaces, tais como bioinformática ou como a aplicação de sistemas geográficos de informação à biologia.

· Aumento do número e adequação da duração de bolsas, especialmente as de apoio técnico, de recém-doutor e de jovem pesquisador, conforme a demanda específica do programa.

· Aumento do contingente de profissionais contratados em todos os níveis nos órgãos de pesquisa e ensino e Unidades de Conservação.

· Firmar acordos e compromissos institucionais que garantam o engajamento e a continuidade de projetos de pesquisa, organização e manutenção de acervos.

· Criação e montagem de exposições didáticas sobre biodiversidade.

Produção de materiais de divulgação e apoio ao ensino, tais como guias de campo e guias de identificação.

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