quinta, 20 de dezembro de 2007
Mercado e Eventos
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, anunciou nos resultados da pesquisa Demanda Turística Internacional 2006, que "o turista estrangeiro é peça fundamental para o crescimento econômico no Brasil. Pela pesquisa vimos que houve um crescimento na permanência dos visitantes no país. Em 2005, por exemplo, a permanência média era de 17 dias, em 2006 subiu para 18". afirma.
A pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), é um retrato minucioso dos visitantes estrangeiros no Brasil em 2006. Ela mostra que o turista de Negócios e Eventos é responsável pelo maior desembolso diário na viagem. Foram US$165 gastos por dia, em 2006, contra US$147, em 2005. O turista de lazer também passou a gastar mais. De US$71, há dois anos, para US$73, no ano passado.
Do acordo com a pesquisa, mais de cinco milhões de pessoas visitaram o Brasil no período, sendo os principais emissores, nesta ordem, a Argentina, Estados Unidos, Portugal, Itália e Uruguai. Quando a viagem foi a lazer, os destinos mais procurados foram: Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Para negócios, as cidades principais foram: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG).
"O Brasil ocupa hoje a 7ª posição no ranking de turismo de eventos. Quando o presidente Lula criou o Ministério do Turismo, em 2003, estávamos na 21ª colocação. Tivemos um grande salto. O mais importante, no entanto, é que esse crescimento foi descentralizado. São Paulo e Rio de Janeiro cresceram, mas também apareceram Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte", ressaltou a ministra
Foi constatado também que o turista que mais gasta no Brasil, tanto a negócios quanto a lazer, é o norte-americano: em média US$202 e US$145, respectivamente. O turista que mais permanece no país é o italiano, ficando em média 27 dias, seguido pelo português, 25 e pelo Suíço, 24.
A pesquisa também constatou que 96% dos visitantes têm intenção de voltar ao Brasil. Deste percentual 65,8% já haviam estado país. Segundo a ministra, "a intenção de retorno ao Brasil é muito alta. Isso é muito importante, porque a pessoa que veio para um evento e gostou, pode retornar trazendo a família".
"Os turistas voltam ao Brasil porque é grande e diverso. Fazemos também um trabalho de divulgação no qual, além dos grandes ícones do turismo brasileiro, mostramos outros segmentos, outras oportunidades. Tudo para atrair um número cada vez maior de turistas", disse a presidente da Embratur, Jeanine Pires.
MTur e Inclusão social - "O Ministério do Turismo acaba o ano muito bem. Podemos destacar o volume de recursos investidos, o número de divisas que entraram no país e o trabalho realizado visando a inclusão social", afirmou a ministra. Ela fez ainda uma análise da conjuntura econômica: "temos hoje um número muito grande de brasileiros que aumentaram o seu poder aquisitivo. Foram 20 milhões de pessoas que entraram na classe C e ainda não têm o hábito de viajar. O esforço do MTur, este ano, foi levar a cultura de viajar a essa população", completou.
A pesquisa "Demanda Turística Internacional" foi encomendada pelo Ministério do Turismo, por meio do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Foram entrevistados 27 mil turistas estrangeiros, em 27 pontos de saídas do país (15 aeroportos internacionais e 12 fronteiras terrestres). Participaram da apresentação a presidente da Embratur, Jeanine Pires, e o diretor de estudos e Pesquisas da Embratur, José Francisco de Salles.