sábado, 27 de outubro de 2007
Campo Grande News
Está bem avançado o trabalho de desobstrução do rio Formoso, em Bonito, no trecho em que ele foi bloqueado por funcionários da Fazenda América, pertencente a Luiz Lemos de Souza Brito. A determinação foi dada pela Justiça, que estabeleceu ainda multas pesadas se a decisão for descumprida.
A desobstrução do rio, que chegou a secar no trecho fechado, começou a ser feita manualmente, na segunda-feira, e desde quarta-feira o trabalho passou a ter a ajuda de duas máquinas. Ontem à tarde, uma terceira máquina se juntou ao trabalho. Com isso, os procedimentos se aceleraram e a previsão de fossem concluídos só na semana que vem foi antecipada.
O crime - A obstrução do rio, com o uso de cascalho, foi descoberta por funcionários da fazenda São Geraldo, vizinha à América, depois que uma cachoeira secou na propriedade, usada como atrativo turístico da região. Peixes morreram por causa da falta de água no trecho.
O MPE (Ministério Público Estadual) foi acionado e entrou na Justiça contra o fazendeiro, conseguindo a decisão que determinou a desobstrução e ainda uma série de medidas de proteção à natureza. A fazenda América está no entorno de 10 km do Parque Nacional da Serra da Bodoquena considerado borda de proteção da reserva.
O administrador do Parque, Adílio Valadão de Miranda, informou ontem ao Campo Grande News que com o que já foi retirado de cascalho, a vazão de água já está quase normalizada e no fim de semana o rio volta ao que era antes, ou pelos próximo disso.