sexta, 26 de outubro de 2007
Mercado e Eventos
Sob o tema "Turismo - As previsões da indústria", as principais entidades do setor apresentaram ontem (25/10) em painel para os agentes de viagens suas visões sobre o futuro do turismo no país. Estiveram presentes, o diretor comercial da Tam, Klaus Kühnast ; o vice-presidente da Gol, Tarcísio Gargioni; o presidente da Abremar, Eduardo Nascimento, o secretário de políticas do turismo, Airton Pereira, a presidente da ABIH Nacional, o presidente da Braztoa, José Eduardo Barbosa, o pressidente da Associação Brasileira de Resorts, Alexandre Zubaran, a presidente da Abeoc, Simone Sacomann e o presidente da Abla, José Adriano Donzelli.
Eles tiveram três minutos para comentar sobre a questão e foram comandadas pelo presidente da Abav Nacional, João Martins. Apesar de apontarem como principais entraves a pouca infra-estrutura aeroportuária e das rodovias e o aspecto da segurança, o tom dos discursos foi de otimisto e esperança. "Só tivemos estimativas otimistas e demonstra que o Brasil não vive um crise de mercado e sim problemas de operacionalização no segmento de aviação. Acredito que os próximo dois anos seguirão nessa tendência", afirmou Martins.
Para Tarcísio Gargioni, o crescimento do mercado de aviação no Brasil está crescendo a taxas asiáticas e nossa expectativa é um fechamento superior de 10%. O diretor da Tam complementou que o mercado de aviação cresce duas a três vezes mais que o PIB. "Apesar dos investimentos previstos para os próximos anos ser de US$ 1,5 bilhão e ampliarmos a oferta em 50% de passageiros, devemos ter atenção de que não será suficiente para atender o crescimento do setor", afirmou Kühnast.
Alexandre Zubaran chegou a criticar a redução da malha aérea imposta pelo ministro da defesa, Nelson Jobim. "O ministério da defesa devria regular o que lhe cabe, a oferta de malha aérea e não na frota. Somente no último mês, a cidade de Salvador perdeu 390 vôos, o que significou 45 mil vôos eliminados", comentou Zubaran. Sobre a indústria do turismo, o executivo ressaltou que é preciso ficar atentos as mudanças no perfil do consumidor e em novos modelos de negócios como o comércio online.
Para os agentes de viagens a mensagem mais contudente foi do presidente da Abla, José Adriano Donzelli. "A grande chave para o crescimento do turismo é a profissionalização do setor". De acordo com ele, no último ano, cerca de 500 locadoras fecharam suas portas, o que corresponde a 205 do mercado. Ele disse ainda que os agentes devem estar atentos para o produto de locação de carros e colocar nas prateleiras de vendas. "Vocês perderam 130 milhões em comissionamento", enfatizou.