O turismo em Mato Grosso do Sul passou da pesca predatória no rio Paraguai para um serviço de qualidade e profissional. "Não havia a concepção de que o turismo servia como gerador de renda", afirma a diretora-presidente da Fundação de Turismo (Fundtur), Nilde Brun. Ela atribui a divulgação dos destinos turísticos sul-mato-grossenses, entre outros fatores, à criação de leis, à ações da antiga MSTur, que era a empresa de turismo do Estado, e à divulgação do Pantanal pela novela com o mesmo nome da rede Manchete na década de 90.

Os números relativos ao turismo mostram essa realidade. Cadastrados no Ministério do Turismo existem 373 agências de viagens no Estado; 308 meios de hospedagem; 294 guias de turismo; 167 transportadoras turísticas e 154 empreendimentos gastronômicos de interesse turístico.

Os dados estatísticos com relação a movimentação de pessoas mostram que houve um aumento de mais de 340 mil pessoas que chegam de avião ao Estado, comparando números de 2000 e 2006. Por transporte rodoviário esse aumento é de 975 mil pessoas. O Estado registrou a entrada de 23 mil estrangeiros a mais, comparando os anos de 2003 e 2006.

"Hoje não perdemos para nenhum Estado brasileiro. Temos produtos diferenciados voltados para sustentação econômica, social, ambiental e cultural", diz Nilde. A profissionalização do setor contribuiu para essa evolução. "A primeira turma de guias de Bonito foi formada pelo Sebrae, o Senac contribuiu com a hotelaria e também os cursos superiores proporcionaram esse avanço". Para a diretora-presidente, a Feira Internacional e 1º Salão de Turismo de Mato Grosso do Sul vai reunir todo o trabalho realizado nos últimos anos. "Teremos 63% de participação dos municípios. Serão divulgadas as sete regiões turísticas do Estado, sua gastronomia, cultura, roteiros", destaca.