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quinta, 04 de outubro de 2007

Área de turismo exige sensibilidade para fazer negócios

G1

Viajar e ainda ganhar dinheiro: a combinação parece tentadora para um jovem a um passo de ingressar no mercado de trabalho. Esse é o lado glamoroso do mercado para quem faz a faculdade de turismo. Mas nem tudo é tão perfeito. No Brasil, por exemplo, muitas vezes a falta de infra-estrutura ofusca um pouco o brilho do cotidiano da carreira. O profissional de turismo é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (2).

Aí é que entram as habilidades do bacharel em turismo: é ele que tem de aliar o conhecimento à capacidade de planejamento e ao jogo de cintura para oferecer alternativas viáveis - e por que não dizer, rentáveis - de viagens, eventos, atrações, transportes, acomodações.

"O que a gente fala é que gostar de viajar é fundamental para quem vai fazer a faculdade. Mas não é o mais importante", afirma a professora do curso de turismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mariana de Oliveira Lacerda. "É necessário ter sensibilidade para perceber a potencialidade do território e das pessoas, perceber as características e as limitações."

Pareceu difícil? Bom, em termos práticos, o profissional de turismo deve saber que criar um parque aquático gigante em uma região pobre pode ser uma má idéia. Primeiro, o negócio pode ir por água abaixo economicamente e ficar sem clientes; e segundo, o empreendimento deve procurar ficar de acordo com características locais que podem gerar renda.

O que se espera de alguém que vai para a área é facilidade de comunicação para lidar com o público, conhecimento de idiomas e dinamismo. "O perfil do curso é para pessoas abertas e que não tenham problema de trabalhar nas férias, pois quando os outros estão de férias é que surgem as melhores oportunidades", diz o coordenador do curso da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aguinaldo César Fratucci.

O curso

De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC) há cerca de 700 cursos superiores que levam turismo no nome. Alguns são turismo e hotelaria, outros são gestão de turismo e há ainda os que são turismo e ponto. Por isso, vale conferir a grade horária e o currículo da instituição que oferece o curso.

Basicamente, quatro grandes áreas devem ser abordadas na formação: os processos de agenciamento, o transporte turístico, hospedagem e o planejamento de eventos. As ênfases variam conforme a faculdade e a região em que está instalada. Um ponto a ser observado, segundo os especialistas ouvidos pelo G1, é se o curso oferece trabalhos de campo e atividades práticas.

Outra diferença acontece na modalidade dos cursos: alguns são de bacharelado e outros são tecnológicos. O bacharelado é um curso mais longo e, segundo as regras do MEC, deve ter tempo mínimo de três a quatro anos para conclusão, porque nele é oferecida a visão global de planejamento do turismo. Já o tecnológico, mais curto, aborda principalmente as aplicações e pode tratar das particularidades da hotelaria, por exemplo.

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