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quinta, 26 de agosto de 2010

Inundação, Deslizamento, Desmoronamento

A inundação ocorre quando uma grande quantidade de água, por exemplo, proveniente da chuva ou de um acúmulo, não é suficientemente absorvida pelo solo por causa da impermeabilização ou em áreas ocupadas que anteriormente formavam várzeas por extravasamento de rios, ou impedimento de escoamento em bocas de lobo, etc., causando transbordamento.
           
Áreas cobertas por vegetação ou com extensão de solo permeável são capazes de absorver, segurar e dirigir a massa d’água sob a superfície, regulando e evitando seu escoamento excessivo sobre a camada de solo.

Isso não ocorre em áreas devastadas, desmatadas, calçadas, asfaltadas, impermeabilizadas, etc, erroneamente ocupadas pelo ser humano, como construções irregulares, presença de lixo, de resíduos e formas sólidas, obstruindo bueiros e impedindo que as águas escoem pelas galerias pluviais.
 
Cuidado: toda ocupação de encosta é precedida por desmatamento e aí o solo fica exposto advindo a erosão. Nos períodos em que o índice de chuvas aumenta, o solo torna-se mais pesado, tendendo ao deslizamento e desmoronamento em áreas de declive mais acentuado. Para impedir que isso aconteça, deve-se evitar o desmatamento e a ocupação dessas encostas. É necessário um planejamento antes da ocupação de terrenos (para construção de fábricas, casas, rodovias, etc.).

Desmatamento e Ocupação de Encosta X Ciclo Via Permeável

O deslizamento de terra é um fenômeno geológico que inclui um largo espectro de movimentos do solo, tais como quedas de rochas, falência de encostas em profundidade e fluxos superficiais de detritos. 

Embora a ação da gravidade sobre encostas demasiadamente inclinadas seja a principal causa dos deslizamentos, existem outros fatores em ação, como por exemplo, a erosão causada pelo movimento das águas dos rios, das massas glaciais ou das ondas oceânicas que também criam encostas muito inclinadas. 

Essas encostas são enfraquecidas por via da saturação pela água proveniente do degelo ou de grandes chuvas e sismos, criando tensões que levam à falência de encostas mais frágeis, isso sem contar com as erupções vulcânicas e mesmo os trovões. As primeiras produzindo depósitos de cinzas soltas, chuvas fortes e fluxos de detritos. Já os trovões causam vibrações e falhas. Além disso, o homem contribui com os seus vários tipos de maquinarias, tráfegos e explosões.
Basicamente o deslizamento ocorre quando materiais sólidos (solos, rochas, vegetação, etc) se movimentam pela ação da gravidade, “encosta abaixo”.

Durante e após os períodos de chuvas fortes e prolongadas, as águas encharcam os solos, pela infiltração e acúmulo das mesmas. Isso é e deve ser evitado com a presença e manutenção de plantas com raízes capazes de segurar a camada do terreno e absorver parte da água.
 
Isso mesmo, a água primeira encharca a superfície do solo, porém logo abaixo, tende a se concentrar e se não houve meios de escoá-la e ser absorvida, vai se acumulando e sob a ação da gravidade e por estar em área inclinada, vai “morro abaixo”. Parece bem simples!
 
O excesso de peso por acumulação de água da chuva (ou neve), deposição de rochas ou minérios, pilhas de resíduos ou criado por estruturas feitas pelo homem, pode também acumular tensões sobre encostas frágeis.

Atenção: - O deslizamento de terra ocorre com ou sem chuva - basta ter uma área inclinada com um solo frágil ou fragilizado em área inclinada.

“O deslizamento de terra é na verdade apenas uma categoria dos chamados” movimentos de massa “, processo que envolve o desprendimento e transporte de solo ou material rochoso encosta abaixo”.

Repor ou manter a vegetação para que a água desça pelas encostas das montanhas, com menor velocidade, dando tempo para infiltra-se no solo é mais prático, barato e bonito.

Caso não se tenha esse equilíbrio, mesmo em áreas pouco inclinadas tem-se a presença ou formação de “voçorocas”.

- Voçoroca
Outro tipo de prevenção é construir terraços em forma de degraus a fim de proteger o solo da ação das águas pluviais pelo seu peso e velocidade.
   
(a) Incas – (ruínas) em curva de nível              (b) Praia do Canto, em Barra de Guaratiba (Zona Oeste do Rio-2003).
Os “incas” já sabiam disso instalando sua agricultura em planos inclinados, mas com a formação de degraus no solo, as “curvas de nível”.

Deslizamento

Por serem eventos altamente localizados, os deslizamentos de terra recebem menos atenção que outros desastres, tanto da parte do público, dos órgãos oficiais e até de alguns dos cientistas. São vistos como riscos secundários, subprodutos de catástrofes maiores tais como terremotos, incêndios ou tempestades e por ocorrerem muitas vezes em regiões remotas e subdesenvolvidas. Outras vezes podem causar confusão na interpretação, assim: - uma encosta desliza durante uma tempestade enquanto a colina vizinha se mantém intacta.

Já o desmoronamento é a queda de edifícios, casas, barrancos, morros, vias em encostas ou outros tipos de construção humana ou mesmo da natureza. Tanto as inundações, quanto os deslizamentos, ocasionam desmoronamentos.
   
Obs: os três eventos acima podem produzir vítimas fatais por afogamento, soterramento e marcas acidentais, sem contar as famílias desabrigadas e as perdas dos seus bens materiais.
Helcias Bernardo de Pádua
Dez.2010 - spsp

Consultar - clicar

aimore.net/placas/placa305.html
g1.globo.com/.../Mundo/0,,MUL873174-5602,00.html
olhares.aeiou.pt/desmoronamento_foto2326675.html
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090615154257AAVQsXE
http://centraldenoticias.wordpress.com/2007/04/15/a-foto-da-semana-inundacao/
http://www.defesacivil.gov.br/desastres/recomendacoes/deslizamento.asp
http://www.flickr.com/photos/dudufigueiredo/290726168/in/set-72157594431587894/
http://www.ecopop.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=31&infoid=15&sid=5
http://www.3ciabm.mg.gov.br/upload/arquivos/232.pdf
http://360graus.terra.com.br/extremoss/default.asp?did=10555&action=galeria
www.agr.feis.unesp.br/jregional25022005.phpwww.clicrbs.com.br/pioneiro/jsp/default.jsp?u...
apeouvoando.blogspot.com
lamaligna.blogspot.com
www.recantodasletras.uol.com.br/rondel/872833

COLUNISTA

Helcias de Pádua

helcias@portalbonito.com.br

Professor Helcias Bernardo de Pádua, Biólogo-C.F.Bio 00683-01/D; Conferencista em "Qualidade das águas"; Especialista em Biotecnologia-C.R.Bio 01; Analista Clínico - Hosp.Clínicas SP; Professor de Biologia e Ciências-L-94.718-DR 5 - MEC, desde 1975; Consultor, professor e colunista; Memorista-AGMIB/Assoc. Grupo de Mem. do Itaim Bibi/SP; Graduando em Jornalismo/FaPCom

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