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quinta, 26 de agosto de 2010

Convention & Visitors Bureau

A idéia original de se criarem Conventions & Visitors Bureaus nasceu nos Estados Unidos, no início do século XIX em Detroit, na época em que a cidade prosperava com uma forte rede industrial e experimentava um período de mobilidade social e econômica. O fortalecimento da cidade criou também uma grande movimentação de investimentos e investidores em busca de bons negócios e novas oportunidades, o que se refletiu na construção de uma nova economia formada por produtos e serviços destinados aos visitantes. Meios de hospedagem, transporte, gastronomia, casas noturnas e espaços para reuniões foram criados e adaptados de acordo com as necessidades desse novo público. A cidade prosperava em todos os sentidos e em pouco tempo possuía uma infra-estrutura forte na área de turismo de eventos e, aos poucos os empresários perceberam que era necessário um posicionamento diferenciado de vendas. Afinal, outras cidades também começaram a se destacar como novos destinos de eventos – tanto pelas estruturas de serviços como pelo posicionamento geográfico e desenvolvimento econômico e financeiro.

A solução encontrada pelos empresários de Detroit foi associarem-se em torno de uma espécie de escritório de negócios, cujo objetivo era divulgar a cidade e, mais do que isso, dar um posicionamento diferente ao destino. A meta era não mais esperar a procura, mas sim fomentar a venda, buscar os interessados, seduzir o mercado e oferecer o produto. O escritório de negócios recebeu o nome de Detroit Convention & Tourists Bureau e passou a atuar em 1907.

Quase cem anos depois, a idéia ficou mais elaborada e atravessou fronteiras. O Brasil conta hoje com a Federação Brasileira dos Conventions & Visitors Bureaux que já congrega mais de 45 Conventions, o que evidencia um grande amadurecimento empresarial. Digo amadurecimento porque afinal pressupõe que os empresários pensem seu negócio como uma célula de uma estrutura maior, sendo que, para que consigam êxito econômico é preciso trabalhar em conjunto com outras células e sistemas.  Em Mato Grosso do Sul existem apenas três Conventions, o de Campo Grande, de Dourados  e outro em Bonito.

O Bonito Convention & Visitors Bureau – BCVB, nasceu em março de 2005, criado por empresários locais que visam inserir o Destino Bonito no mercado nacional e internacional de eventos, diminuindo a sazonalidade turística e seus impactos negativos na economia local e regional. Uma entidade bastante nova, mas que já tem algumas conquistas importantes a serem destacadas como a participação profissional em feiras segmentadas da área de eventos e criação e impressão do Show-Case de Bonito – e, mais do que isso, a entidade conseguiu unir diferentes segmentos econômicos do município em prol de uma idéia de desenvolvimento integrado.

O foco principal de um convention é o ambiente propício para a realização de negócios – sejam eles ligados a área de turismo ou não. A intenção é otimizar recursos dos mantenedores, direcionando-os para mercados específicos através de ferramentas de marketing eficazes. O posicionamento pró-ativo e a preocupação com o crescimento de economias locais e regionais é o objetivo final destes escritórios.

Falo em amadurecimento porque é a compreensão da sociedade de que a união dos setores produtivos é fundamental para solidificar um efetivo desenvolvimento econômico e social. Em tempos difíceis de violência, crises financeiras e globalização é importante a consciência de que não podem existir ilhas de prosperidade (pelos menos não a longo prazo) em um oceano de dificuldades.

Fonte: www.fbcvb.com.br – Artigo: “Convention Bureaux - Mais de um Século de Sucesso!” Por Rui Carvalho, Gerente Executivo do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau e Diretor Adjunto de Comunicação e Marketing da Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux

COLUNISTA

Ana Cristina Trevelin

ana@portalbonito.com.br

Administradora, pós-graduada em Gestão e Manejo Ambiental, com cursos extra-curriculares nas áreas de turismo, meio ambiente e empreendedorismo. Consultora para Gestão e Planejamento em Turismo através da Bionúcleo – Gestão Ambiental e Empresarial e membro docente do IESF/UNIGRAN, nos Cursos de Administração Rural e Turismo.

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